quinta-feira, 25 de março de 2010

Os pequenos poderes

O mal humor do atendente no Banco.
O nariz empinado do bilheteiro(a) no teatro.
O guarda arrogante.
O zelador distante.
O síndico autoritário.
O faxineiro negligente com ares de comandante.
O garçon que larga o cardápio e a travessa na mesa.
O espectador do show que acredita no direito da falar mais alto que o artista.
O vizinho insone que compartilha o som da TV com a redondeza.
A professora egoísta especialista em notas baixas, gestos bruscos e outras grosserias.
A diretora da escola orgulhosamente corrupta.
O médico lacônico e frio.
O advogado desleal que defende torturadores.
O ciclista especialista em andar na contra mão.
Os engenheiros que, por economia, acabam com a segurança.
O recepcionista invejoso e fofoqueiro do chefe.
A recepcionista do escritório, do hospital, do Centro espiritualista ou da escola que dá falsas ou deformadas informações.
Pais regredidos que abandonam filhos pelo seu prazer autoritário e por suas preferências.
O marido que ameaça ou bate.
A esposa que acredita que engana.
Os mentirosos sorridentes.
Os culpados impassíveis.
Aquele que transgride e divulga orgulhosamente sua transgressão.
A porta que estoura.
O irmão preconceituoso que separa bons dos maus, meus dos teus.
O irresponsável oportunista que descansa na preguiça.
O conhecido que se regozija pelo trote.
O vetereno que bebe com o dinheiro do calouro machucado.
O justiceiro com o tapa-olho de suas crenças absolutas.
A credencial poderosa do intimidador.
O político eleito que luta incansávelmente e na cara de pau por suas próprias causas, seus parentes e seu patrimônio.
O pefeccionista que grita no terrorismo de suas manias.
O conspirador que anuncia diariamente a ameaça de mais uma tragédia.
O ameaçador que dramaticamente impõe seus medos.
O controlador ambiciosa que desconsidera seu amante.
O traficante que suborna.
O filósofo que vende obsessivamente sua ideologia.

.......e tantas outras prepotências especialistas em tentar impressionar .


Agressões do dia-a-dia.
Pequenos poderes.
Pobres poderes do auto-engano.

Pequenos poderes, medíocres poderes..... semelhantes aos do decadente, exilado e solitário Napoleão no ostracismo da ilha de Elba,
obrigando as pessoas o chamarem por Imperador – cargo que, em sua alienação, ele próprio se outorgara e se coroara.

Fazemos o mesmo triste papel quando incorporamos nos nossos pequenos poderes. E incorporamos vários!!!!!!!!!!!!
Honestamente: em que situação eles aparecem ?

Só o autconhecimento permite rever para não fazer mais uma ridícula figura exercendo um pequeno poder.
Como sempre, depende principalmente do nosso esforço pessoal fazer acontecer as mudanças na vida

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