quarta-feira, 31 de março de 2010

Mania de perfeição

Perfeição é a mãe das neuroses.
Onde será que aprendemos que o objetivo é a perfeição?
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De exigência do pai ? da expectativa da mãe? Ou da obrigação das outras autoridades responsáveis pela nossa formação?
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Tudo começou com um professor de Ioga alertando para o reconhecimento de que a mania de perfeição é terrorismo que fazemos com quem convivemos e conosco mesmo.
Mania de perfeição é muiiiiiiiiiiiito chato!
E eu que pensava que era uma qualidade?
?????????????
Segundo passo (desista de procurar os culpados, é uma brincadeira inútil): o que está por trás dessa mania? o que você sente quando a necessidade da arrumação, da ordenação hipnotiza?
Em que circunstância esse hipnotismo acontece?na casa, nas roupas, com os funcionários, nas viagens, nos afetos,nos remédios, no trabalho, com a limpeza, com os animais,na alimentação e outras, inclusive nos desafetos.
Mania de perfeição é um vício como outro qualquer.
Os vícios são mecanismos de sobrevivência para conviver com os medos; medo de avaliação, medo da solidão, medo da punição, medo de abandonar crenças, medo das mudanças,ou seja, MEDO DO VAZIO. Medo de perder, per o que?

Parece que enquanto estamos lutando pela perfeição estamos conquistando importância e a garantia do lugar.
NÃO, isso é mais uma ilusão.

Estamos simplesmente nos escravizando e escravizando tudo em volta.
Para se sentir a liberdade é preciso desistir da utopia da perfeição e reconhecer que a imperfeição faz parte e que tudo bem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Tentar agir corretamente, com ordem e com respeito está longe dessa utopia de perfeição e é muito mais razoável, mais pacífico e mais amoroso.

A chave é:

ativar a valentia e abandonar o medo de ter medo de perder.

Pegue um pouco mais leve, fica bem mais fácil!



Como sempre, depende principalmente do nosso esforço pessoal fazer acontecer as mudanças na vida

quinta-feira, 25 de março de 2010

Os pequenos poderes

O mal humor do atendente no Banco.
O nariz empinado do bilheteiro(a) no teatro.
O guarda arrogante.
O zelador distante.
O síndico autoritário.
O faxineiro negligente com ares de comandante.
O garçon que larga o cardápio e a travessa na mesa.
O espectador do show que acredita no direito da falar mais alto que o artista.
O vizinho insone que compartilha o som da TV com a redondeza.
A professora egoísta especialista em notas baixas, gestos bruscos e outras grosserias.
A diretora da escola orgulhosamente corrupta.
O médico lacônico e frio.
O advogado desleal que defende torturadores.
O ciclista especialista em andar na contra mão.
Os engenheiros que, por economia, acabam com a segurança.
O recepcionista invejoso e fofoqueiro do chefe.
A recepcionista do escritório, do hospital, do Centro espiritualista ou da escola que dá falsas ou deformadas informações.
Pais regredidos que abandonam filhos pelo seu prazer autoritário e por suas preferências.
O marido que ameaça ou bate.
A esposa que acredita que engana.
Os mentirosos sorridentes.
Os culpados impassíveis.
Aquele que transgride e divulga orgulhosamente sua transgressão.
A porta que estoura.
O irmão preconceituoso que separa bons dos maus, meus dos teus.
O irresponsável oportunista que descansa na preguiça.
O conhecido que se regozija pelo trote.
O vetereno que bebe com o dinheiro do calouro machucado.
O justiceiro com o tapa-olho de suas crenças absolutas.
A credencial poderosa do intimidador.
O político eleito que luta incansávelmente e na cara de pau por suas próprias causas, seus parentes e seu patrimônio.
O pefeccionista que grita no terrorismo de suas manias.
O conspirador que anuncia diariamente a ameaça de mais uma tragédia.
O ameaçador que dramaticamente impõe seus medos.
O controlador ambiciosa que desconsidera seu amante.
O traficante que suborna.
O filósofo que vende obsessivamente sua ideologia.

.......e tantas outras prepotências especialistas em tentar impressionar .


Agressões do dia-a-dia.
Pequenos poderes.
Pobres poderes do auto-engano.

Pequenos poderes, medíocres poderes..... semelhantes aos do decadente, exilado e solitário Napoleão no ostracismo da ilha de Elba,
obrigando as pessoas o chamarem por Imperador – cargo que, em sua alienação, ele próprio se outorgara e se coroara.

Fazemos o mesmo triste papel quando incorporamos nos nossos pequenos poderes. E incorporamos vários!!!!!!!!!!!!
Honestamente: em que situação eles aparecem ?

Só o autconhecimento permite rever para não fazer mais uma ridícula figura exercendo um pequeno poder.
Como sempre, depende principalmente do nosso esforço pessoal fazer acontecer as mudanças na vida

quinta-feira, 18 de março de 2010

Encontros e escolhas...quantas escolhas!

Encontros e escolhas, quantas escolhas....


Antes as tentativas para diminuir o stress eram para descobrir os bloqueios que impediam alcançar os objetivos; hoje as tentativas para driblar o stress são como escolher entre tantas opções disponíveis, tantos encontros possíveis.

Encontros são verdadeiros casamentos, verdadeiros projetos de vida. Mas como torna-los mais duráveis?

Será que essa é a companhia adequada, esse é o trabalho mais rentável, essa é atividade que vai dar mais realização, essa é a melhor escola, esse é o caminho certo ?????????????

Começa pelo dilema que as escolhas são excludentes: escolho uma opção e tenho que abrir mão das outras.
Abraçar vários caminhos ao mesmo tempo, ou ir ficando em cima do muro, é garantia de fracasso; coragem é encarar o desafio e.... escolher valentemente.
Mesmo porque, tudo muda, sempre é possível recomeçar e tudo é experiência.

Uma “fórmula” é perceber as afinidades nos diferentes encontros – uma análise das reais possibilidades antes
de se deixar seqüestrar pelas idealizações do objeto querido seja ele qual for, amores, trabalho, grupos, amizades etc.

“Avaliar antes de se encantar” no caso de encontros amorosos– como diz o professor Gikovati.

Não é incomum que, para tentar provar que a escolha foi correta, sejam feitos encaixes forçados às afinidades reais – os difarces; mais cedo ou mais tarde a conta vai chegar, e vai sair caro.

Segundo esse mesmo professor , uma fórmula importante que auxilia escolhas rumo ao sucesso é reconhecer e avaliar as afinidades nos encontros amorosos ( e acrescento,nos outros encontros também) e podem ser divididas em 2 grupos:

De caráter :

Integridade
Idoneidade
Pontualidade (fazer o que promete)
Respeito e educação
Honestidade
Ciúmes moderado
Transparência
Não ser competitivo na intimidade
Empatia (cuidado com bem comum)
Atenção

De gostos:

Esportes
Horários
Leituras
Ambições materiais
Arranjos familiares
Interesses culturais
Passeios
Crenças
Estilo de vida

Listinha na mão ........mãos à obra e boa sorte !!!!!

obs: mas cuidado ! perfeição não existe.....! Existe o razoável!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Antes de perdoar

Para início: o que é perdoar ?
Existem inúmeras definições para o que é perdoar; na tradição judaica o perdão só é dado a quem se arrepende....

Arrependimento é o reconhecimento do engano e esse é o passo difícil: reconhecer a auto-responsabilidade no resultado indesejado.
E
Reconhecer a expectativa que foi além do possível.

O esforço deve ser na medida do possível. A cada vez que o possível é ultrapassado os enganos acontecem.

No arrependimento a proposta é tentar não repetir; arrependimento o lado positivo da culpa porque é fruto da compreensão e da piedade.
Culpa precisa ser espiada em punições, mentiras, disfarces, deformações: auto-enganos para justificar as bobagens feitas.

Culpa pertence ao campo da vaidade.
Arrependimento pertence ao mundo da naturalidade.


Cada um de nós é seu melhor instrumento de treinamento porque podemos avaliar silenciosa e honestamente os esforços.
Então... treinar perdoar a si mesmo é o primeiro passo antes de perdoar outros, perdoar a vida e receber perdão.

A melhor definição que encontrei para perdoar é libertar-se.

Me sinto perdoada quando já consigo olhar para meus enganos sem hostilidade a mim mesma.
A sensação de libertação não aparece sem o auto-perdão para pessoas responsáveis; é uma sensação que vem antes do perdão dos outros.

A vida e todos nós somos imperfeitos e seremos sempre enquanto estivermos por aqui já que tudo muda e tudo termina.
A felicidade na forma de não dificuldades é mais uma utopia; o possível é construir atitudes que criem a sensação de mais conforto apesar das imperfeições.

Perdão só é concedido para situações de passado.
A validade de olhar para o passado é reconsiderar as experiências para incentivar os acertos, modificar os enganos e PONTO; e sem dramatizar, em seguida largar essa “pasta” e voltar ao presente para preparar o futuro.

Perdoar-se é o passo essencial para se sentir perdoado e destravar o futuro. E é um alívio soltar o peso e recomeçar !

Daí ....perdoar os outros fica mais fácil porque entendemos que estamos todos treinando acertar.





Como sempre, depende principalmente do nosso esforço pessoal fazer acontecer as mudanças na vida

Paciência...muita paciência

Impermanência ou a realidade é que tudo - tudo mesmo - muda a cada segundo.
Ao mesmo tempo que isso é mágico porque devolve o entendimento que as dificuldades estão terminando, carrega a frustração que também
os prazeres estão passando.
Para conviver com as frustrações inerentes à impermanência é preciso paciência, muiiiiiiita paciência! Paciência é fundamental
para uma vida mais confortável.

É fácil receber essa sugestão, mas aplicar isso durante as experiências é um grande desafio.
Desejar não basta; o que resolve é DECISÃO.

A vida, trás surpresas mas não é mágica; DECISÃO é fazer acontecer, é escolher FIRMEMENTE mudar a direção da mente
para situações úteis e prazerosas para paralelamente conviver com as frustrações, decepções e perdas ......... enquanto o tempo passa.

Uma boa sugestão é marcar um tempo diariamente – 1 ou 2 horas – para refletir ou tentar resolver a dificuldade que está incomodando.
Terminado o tempo, quando “o despertador tocar”, largue tudo e retome outras atividades. Essa atitude devolve a sensação
de responsabilidade pelo que está ocorrendo de difícil e devolve também o direito a curtir as alegrias pequenas
e grandes do momento presente.

Como sempre, depende principalmente do nosso esforço pessoal fazer acontecer as mudanças na vida.