quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

A Beleza do inesperado

“Se as escolhas que fazemos na vida fossem sempre fáceis e confortáveis, a vida seria sempre fácil e confortável: uma existência banal, sem desafios, dominada pela rotina. Queria paixão, aventura, a incerteza e não saber o que a próxima página da vida traria.. ............................ É ao fazer que crescemos; é ao fazer que vivemos. Foi essa descoberta que mudou meu rumo: o sentido da vida é viver em busca de sentido. É no ato da busca, na experiência do novo e do inesperado, que damos sentido à nossa existência.” Marcelo Gleiser no seu livro A simples beleza do inesperado, um filósofo natural em busca de trutas e do sentido da vida

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Compulsão para compras e outros

O caminho budista pretende devolver a liberdade. Liberação das fixações, dos condicionamentos, das ignorâncias e das emoções aflitivas. Um dos passos é reconhecer os impulsos que dominam nossa vontade e transforma-los. A meditação é instrumento importante de controle da mente; no entanto, ás vezes é preciso reforços. Hoje existem vários grupos e caminhos para reforçar a disciplina. Os impulsos muitas vezes se transformam em compulsões: Compras, comida, exercícios, sexo, computador, drogas etc etc etc No entanto tudo depende de reconhecimento desse sofrimento, vontade de mudar, determinação e humildade para procurar ajuda. Paralelamente, conviver com alguém compulsivo, na confusão das aflições gera a codependência e um ciclo viciado. Se você se sente escravo da compulsão por compras ou tem alguém por perto que está se prejudicando com isso vale a pena olhar os links abaixo. http://www5.usp.br/96164/compra-compulsiva-e-problema-de-saude-e-tem-tratamento/ http://www.devedoresanonimos-sp.com.br/site/endividamento.php https://drauziovarella.com.br/drauzio/comportamentos-compulsivos/ Drauzio – Vamos falar um pouco sobre o tratamento para compulsões. Existe tratamento para uma pessoa compulsiva que faça compras ou que fique no computador 12, 14 horas por dia? André Malbergier – No que se refere às compras, há estudos sobre o assunto e uma experiência clínica maior. Em primeiro lugar, lida-se com a questão comportamental, restringido as oportunidades de acesso às compras como se faz com as drogas. Como medida inicial, procura-se reduzir e, às vezes, suspende-se totalmente o montante de dinheiro que chega às mãos dessas pessoas. Tenho uma paciente que, por causa disso, me chama de Collor e a sua mãe de Zélia, pois impedimos que tenha dinheiro à disposição, caso contrário, perderia o controle e sairia fazendo compras por aí. O objetivo dessa proposta de tratamento é fazer com que a pessoa aprenda a viver com o que ganha e a respeitar um orçamento. Pedimos que, nesse período, tente afastar-se dos shoppings e deixe de usar cartões de crédito e talões de cheque. Quanto mais pagar as compras com papel moeda, melhor. Se quiser comprar um sapato, por exemplo, pelo qual se dispõe a pagar R$ 50,00, sairá de casa levando essa quantia e talvez um pouquinho mais para tomar um lanche. O problema é que, em geral, as pessoas se sentem de certa forma humilhadas porque possuem médio ou alto poder aquisitivo, não lhes falta dinheiro, mas são tratadas como crianças. Existem alguns estudos com medicamentos antidepressivos para controle da compulsão por compras, mas sempre fica a dúvida sobre sua verdadeira eficácia. Uma das drogas é o Citalopran, um antidepressivo que vem sendo submetido a testes, inclusive comparando seu efeito com o do placebo, e que parece diminuir a compulsão pelas compras. Isso sugere que se pode associar medicação e terapia comportamental. Nos casos de uso abusivo do computador, não existem estudos – pelo menos que eu conheça – sobre a ação dos antidepressivos. Por isso, o tratamento é basicamente comportamental a fim de tentar impedir o acesso fácil e ilimitado do usuário.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Ouvir e ser ouvido

Varias vezes acontece que sei de alguma noticia ou acontece alguma coisa e tenho vontade de comentar com determinada pessoa e lembro que ela já “foi embora”; só “ela” ia entender aquela fofoca, aquele parente, aquela duvida, aquela dificuldade, aquele medo, aquele sucesso, aquela compra, aquela descoberta. Bem, como diz o ditado chinês: “o que não tem solução já está solucionado” Perder nossos interlocutores faz parte também de envelhecer. Então...é preciso encontrar uma saída. É dito que: O bom resultado das terapias acontece na medida em que a pessoa é ouvida com atenção e interesse. Nas outras relações também. As relações são tão mais íntimas quanto mais liberdade for dada no dialogo. Numa relação qualquer que seja em que há medo da espontaneidade, onde há uma ameaça de abandono caso o tema não agrade ...a situação está delicada e a solidão à vista. Acontece que se quisermos apenas nos relacionar com quem sabe ouvir...não vai dar. Então o que fazer? Plano B: * escolher outra pessoa e avisar que quer ser ouvido (a) *questionar-se de onde vem realmente a necessidade de ser ouvida: buscar aplauso, buscar apoio para julgamento, querer fama, cavar uma nova oportunidade, ou??? *guardar silêncio muitas vezes organiza porque apenas a própria pessoa conhece a história inteira. *refletir sobre que às vezes os comentários dos outros aborrecem mais do que a ausência de interesse. *há assuntos que só interessam a nós mesmos ..não aos outros... *procurar um terapeuta talvez seja uma boa sugestão Se tiver mais sugestões, mande por favor. Enquanto isso.... *abrir-se para ouvir outros.... para esperar alguém que te ouça...ajuda a levar o tempo com mais alegria