domingo, 24 de fevereiro de 2013

6º passo - Meditação na presença

1º passo – despertar a motivação ser útil e harmonizar relações 2º - aquietar a mente 3º - atenção na realidade em volta de forma descolada 4ª – meditação do grande coração para harmonizar relações difíceis 5º - aprender tirar o drama das dificuldades Neste passo o caminho ajuda a expandir a compreensão da nossa verdadeira natureza, da Sabedoria Primordial; um campo de criatividade onde se originam todos os fenômenos ( seres vivos, vegetais, estrelas, elementos, minerais, movimentos, ordens e outros materiais concretos e abstratos). A condição do que é chamado Presença, que está sempre disponível (sempre mesmo), independente do que aconteça, é a condição natural da liberdade de criar, de não precisar responder automaticamente por impulsos – a natureza de Buda, a natureza primordial que é nossa verdadeira natureza. Existe um imagem interessante para ilustrar essa condição: compreendendo as experiências que vivemos como um lago e suas ondas, os pensamentos, situações e escolhas vagueiam como ondas surgindo no lago – pensamentos e vivências que tentamos controlar. Conforme vamos compreendendo com os ensinamentos, observamos a inutilidade dessa tentativa, porque as ondas vão e vêm. No entanto o lago é permanente, as ondas podem variar de tamanho, podem durar minutos ou anos, podemos passar por dificuldades, mais fortes ou fracas, viver sucessos temporários, ansiar pelas próximas ondas.... mas o lago continua lá. Colocamos atenção e drama na ondas enquanto o lago segue , podemos até nem perceber a existência do lago. Importante é perceber que nesse lago há a condição aberta para todas as mudanças; você está aqui agora lendo o texto, a onda da hora e a qualquer momento pode parar e mudar de onda – e, a qualquer momento você pode perceber que o importante está mais além- você descobre a luminosidade da natureza primordial. A história da nossas vidas é como um oceano repleto de acontecimentos,ondas incessantes, que desaparecem mais cedo ou mais tarde, e o oceano continua sempre disponível. Acolher as ondas, surfar nelas, é a conquista da liberdade – a essência da Sabedoria Primordial, a superação da ignorância. Ignorância é sentir-se presos, reféns de medos e raivas, fixados nas ondas, lutando para não se afogar, sentindo-se esquecido na solidão dos problemas. Existem 4 aspectos dos ensinamentos que são originais do Buda, Sidarta Gautama ( muitos outros aspectos colocados no Budismo são heranças do hinduísmo e das culturas locais): 1.O surgimento condicionado dos fenômenos * encadeamento dos doze elos da Roda da Vida: visão deformada da realidade, fixações mentais, embriões de identidade, necessidade de um corpo, surgimento dos sentidos para interagir, contato com o mundo, sensação dos gosto – não gosto – indiferença, desejo ilimitado, sucessos temporários, nascimento da identidade, ação no mundo e morte. 2.percepção da atenção – importância de ter foco no momento presente 3.importância da auto-confiança ( autonomia) 4.4 nobres verdades: na vida há frustrações, neuroses e sofrimentos Esses sofrimentos têm causas A causa desses sofrimentos é a tentativa de ACREDITAR ter posse sobre as experiências – desejos, conquistas, crenças, emoções etc Existe a possibilidade de se liberar dessas prisões através do caminho óctuplo. O primeiro item do caminho óctuplo é VISÃO CORRETA. E a compreensão do caminho budista começa exatamente por aí; sem essa compreensão fica difícil seguir em frente. Visão correta é a compreensão da interdependência entre tudo e todos: a existência de todas as coisas torna possível a existência de cada coisa - daí a importância da motivação de ter interesse e cuidado com tudo. Você está lendo este texto porque teus pais permitiram teu nascimento, alguém produziu comidas e medicamentos para vc crescer, professores te ensinaram ler e interpretar, o sol te esquentou , a água te refrescou, o ventou movimentou as mudanças – ou seja, o Universo te permitiu estar lendo agora num computador que alguém criou e..... o universo vai precisar de você e todo o resto para continuar existindo. O Universo está em nós e nós estamos no Universo; na verdade, não somos em essência a identidade construída a partir do nosso nascimento, somos uma partícula em mudança no universo. Somos uma gota nadando no oceano do Universo, aprendendo a surfar nas suas ondas mas..... que às vezes pensa que pode ser uma gota especial, uma gota super-herói que, infantilmente, tenta controlar as ondas..... Aceitar a vida significa aceitar a impermanência e a ausência de um Eu separado

domingo, 17 de fevereiro de 2013

5º passo - Sorrindo para nossos "nós"

O 5º passo é a pratica de Prajna paramita = perfeição da sabedoria. Paramita também tem o sentido de atravessar para a outra margem do rio; isto é , como uma jangada ( ensinamento, filosofia) para atravessar o rio da ignorância e sofrimento para a felicidade e depois largar a embarcação na margem para que outra pessoa possa usá-lo. Por sabedoria se entende lucidez. Prajna paramita é um exercício para liberação de nossas prisões, através da percepção que essas prisões, esses “nós” são construídos por nossos conceitos, interpretações, preconceitos etc e podem ser desconstruídos e reconstruídos com um olhar positivo. É a conquista de circular por tudo com liberdade mantendo a alegria. Como os ensinamentos vão mostrando e acabamos por perceber, nada tem a concretude que aparenta, tudo está em movimento e mudança, sabedoria é tratar as experiências como bolhas prestes a estourar, é preferível sorrir para nossos “nós”, “ pegar leve”, tirar o drama. Dramatizamos nossas experiências para ganhar atenção, para dar peso às dificuldades e/ou conquistas para impressionar a nós mesmos e os outros numa tentativa de nos tornar vítimas ou heróis – ganhar uma platéia. Mas essa fama pesa e o preço dessa fama é a solidão. Porque cada um tem suas questões e na “hora H” temos resolver sozinhos ou nos submeter às decisões dos outros. Dramatizar, negativa ou positivamente, colorir demais as situações é auto-engano. Prajnaparamita é a pratica para: 1. olhar as várias coisas (darmas) em todas as direções – o que nos aprisiona positiva ou negativamente 2. ver surgir o fora inseparável do que surge dentro (coemergência) e como esse surgimento mexe com as nossas emoções. Trabalhar na superação da noção de que a realidade é externa e fixa. Diante das coisas podemos ver o surgimento da realidade sem a prisão que aquilo pode proporcionar. 3.perceber a vacuidade, a interdependência : nada existe de forma independente, nada é fixo - para tudo há causas e condições 4.Aprender a fazer despertar o encantamento, luminosidade e alegria de tirar o “drama” das situações. 5.olhar para situações o olhar de vacuidade( que nada existe independente e para sempre) mais o olhar de luminosidade e descobrir um olhar positivo e sereno nas situações. Sentir-se libertos da bolhas; interagir sem se sentir preso. 6. perceber como sentir-se preso à situações, opiniões e escolhas mexe com as energias que percorrem o corpo. 7.perceber que nosso olhar pode ser lúdico.É possível mudar o olhar através da compreensão; quando ascendemos as luzes as baratas vão embora. Manipular positivamente a situações. 8. Sorrir é uma liberação. “Diante da experiência (darma) , eu sorrio”. A liberação ocorre pelo riso e não pela seriedade. Um jogo bom é tentar se comunicar sem usar os termos: eu, meu, minha e adjetivos incluindo os diminutivos ( dinheirnho, continha, casinha, tempinho, remedinho, Mariazinha etc) e os aumentativos ( trabalhão, Ricardão etc); a idéia fica mais perto do que é real. O mantra da Prajnaparamita :”Gate,gate, paragate, parasangate, bodhi soha” No capítulo desta semana do livro que estamos lendo: “Como virar Buda em 5 semanas, o caminho mais curto para a serenidade” , Giacobbe comenta que o sofrimento que a filosofia budista denuncia é o que a psicologia chama de neurose – o afastamento da realidade – principalmente através da noção ilusória da sensação de posse: nos identificamos não só com nosso corpo, mas também com as coisas que vamos obtendo. Na verdade o que é realmente nosso, nem nosso corpo que vai perdendop a validade a cada dia independente de nossa vontade; só obtemos o direito de usá-las, até mesmo a convivência com outras pessoas. Um dia vamos nos separa de tudo, querendo ou não. Portanto a dica é viver bem cada dia, ser útil e amigável. O estado de budeidade possibilita alcançar a serenidade sem abrir mão do conforto, sem fazer voto de pobreza; na verdade é como, para que e para quem realizamos as conquistas. Aliás, quanto mais ricos formos de dinheiro e sabedoria, mais poderemos compartilhar. O engano que causa os sofrimentos é exatamente pensar que felicidade é ir realizando os desejos ilimitados. E assim... os enganos são resumidos em 8 desejos: Querer ser elogiado e temer ser criticado Querer ser feliz e temer ser infeliz Querer ganhar e temer perder Querer ter fama e temer ser ignorado A felicidade é essencialmente serenidade e , em conseqüência, a serenidade é o termômetro da nossa felicidade, e não o sucesso.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

4º-METABAVANA – A MEDITAÇÃO DA BONDADE AMOROSA

No 1º passo se motivar a cuidar do nosso mundo interno, dos outros, do meio ambiente e nutrir motivação solidaria. No 2º passo, treinar ter atenção ao momento presente. No 3º meditar sem julgamento nos ruídos do mundo. O 4º passo é a pratica de despertar o olhar da bondade amorosa. Este passo começa pela observação da coemergência: o mundo externo não possui exatamente atributos; os atributos acontecem dentro da gente, a realidade fora apenas “ cutuca” nossas lembranças - por isso, cada um prefere um tipo de comida, de ambientes, de tipos de pessoas, de ideologia etc.. cada um tem marcas e fixações e através delas vê e lida com o mundo. Quando algo incomoda, é o “nosso dentro” que está se sentindo incomodado; quando desejamos e nos apegamos a algo é o “nosso dentro” que está se apegando; quando fazemos sexo, é o nosso dentro que está sendo estimulado por outros ou por visões. Parece até que nossas relações são todas virtuais e solitárias. Essas relações são reais quando nos “misturamos” aos interesses dos outros. Não que a gente perca o discernimento, que certos sofrimentos não sejam justificados, que certas vitorias não sejam estimulantes; mas podemos viver com menos drama, com menos sofrimento – com mais estabilidade, conservando a energia saudável. Para isso é preciso mudar o olhar, mudar a paisagem. É nesse ponto da motivação que surge: Metabavana: Uma das práticas mais comoventes que o budismo nos oferece. O que vemos nos seres não é o que está ali, propriamente, mas sim as marcas da nossa própria mente. Metabavana altera nossa capacidade de olhar para o mundo ao redor, ela nos coloca positivos mesmo quando o outro está negativo. Não se trata de analisar se o que o outro está fazendo é negativo ou não, simplesmente aspiramos à liberação dele. Não basta apenas meditarmos, ainda que tenhamos a habilidade de shamata, quando saímos e andamos pelo mundo, as coisas vêm até nós, e nós então aspiramos à felicidade e à liberação de todos os seres. Fazemos uma listinha de seres que encontramos regularmente e recitamos para eles. A partir dessa prática geramos mundos nos quais as relações saudáveis e lúcidas são possíveis. A partir de ambientes sutis, descobrimos novos caminhos, novos modos de tecer as relações. Focamos cada pessoa, incluindo a nós mesmos, as árvores, os bichos… “Que meu filho seja feliz e ultrapasse o sofrimento. Que encontre as causas da felicidade e ultrapasse as causas do sofrimento. Que seus automatismos se dissolvam e surja nele um olho de lucidez instantânea diante de tudo e de todos. Que ele seja capaz de gerar benefícios aos outros e encontre nisso sua fonte de energia”. “Que meu filho seja feliz”. Parece incrível, mas raramente temos essa visão. Sentimos que amamos muito nosso filho, mas geralmente aspiramos que ele “se dê bem na vida”, que nos respeite, ou algo semelhante. De modo aparentemente “natural”, surgem em nossa mente algumas – ou muitas – condições que consideramos necessárias para seu bem-estar, vitórias, conquistas, etc. E se tais condições não se manifestam, a relação desanda, a comunicação fica comprometida e a lucidez nos falta. Olhar para o próprio filho a partir de outros referenciais pode transformar por completo uma rede de relações ligadas ao passado, presente e futuro. Descobrimos que nossas necessidades de controle, e todas as negociações e estratégias de controle podem cessar. A vida fica mais simples. As relações saudáveis vão surgindo aqui e ali, e um novo tecido humano se torna possível. A prática de Metabavana, aparentemente simples, tem restaurado relações de modo surpreendente. Funciona. Não porque usamos palavras mágicas, mas porque nosso olhar constrói. Revela a co-emergência operando. (pelos ensinamentos de Lama Padma Samten) No lugar dos pontos vai o nome da pessoa que queremos ajudar. Que ... encontre a felicidade ( serenidade) Se liberte do sofrimento ( aflições) Encontre as verdadeiras causas da felicidade Se liberte das causas ( origens) do sofrimento Se purifique de todos efeitos de suas intenções negativas, fixações Encontre a lucidez instantânea para tudo e para todos Possa de fato trazer bem-estar aos seres E veja nisso a fonte de toda alegria, motivação e energia Faço esse exercício também comigo, todas as manhãs; para que os condicionamentos indesejáveis que carrego sejam transformados. A sugestão é repetir varias vezes ( sem exagero...) até que a gente sinta a energia mudar. 1 – Que o “ser” seja feliz. 2 – Que ele se afaste do sofrimento. 3 – Que ele encontre as causas da felicidade. 4 – Que ele se afaste das causas do sofrimento. 5 – Que ele atinja a liberação de todo o carma, negatividade e ignorância. 6 – Que ele veja tudo com lucidez instantânea. 7 – Que ele verdadeiramente desenvolva a capacidade de trazer benefícios aos outros seres. 8 – E que encontre nisso as causas da sua energia e felicidade.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

3º - Encontro com o silêncio-Shamata pura

1º passo – como cultivar um bom coração, cuidar de si e dos outros como se fossem todos nossos filhos – amigos, inimigos, desconhecidos – todos, sem exceção. O mantra que, sutilmente, facilita o bom coração é o mantra mais conhecido do budismo, o mantra que motiva à compaixão: “om mani peme hum” 2ºpasso – aquietar a mente no momento presente No 3º passo, com a mente já aquietada, levar a atenção aos sons do mundo sem criar histórias, sem interpretação, na tentativa de se misturar ao mundo sem preconceito. Misturar-se ao som da britadeira, das buzinas, da tosse de outros, dos ruídos e movimentos de uma criança, dos palavrões vindos da vizinhança, dos comentários estranhos etc. Perceber silenciosamente a transitoriedade de tudo. Esse é o treino de acolher as opiniões dos outros com tranqüilidade, sem sentir necessidade de concordar ou discordar, nem se explicar, nem se desculpar. Aprender a manter o coração sereno apesar das dificuldades. Junto aqui o poema 8 versos que transformam a mente: 1-Com a determinação de alcançar O bem supremo em benefício de todos os seres sencientes Mais preciosos que uma jóia mágica que realiza desejos Vou aprender a prezá-los e estimá-los no mais alto-grau 2-sempre que estiver na presença de outras pessoas vou aprender A pensar na minha pessoa como a mais insignificante dentre elas, E, com todo o respeito,considerá-las supremas do fundo do meu coração, 3-em todos os meus atos, vou examinar minha mente E, sempre que surgir uma emoção negativa, Pondo em risco a mim mesmo e aos outros, Vou, com firmeza, evitá-la e enfrentá-la, 4- vou prezar os seres que têm natureza perversa, E aqueles sobre os quais pesam fortes negatividades e sofrimentos Como se eu tivesse encontrado um tesouro precioso muito difícil de achar. 5-quando os outros, por inveja, maltratarem a minha pessoa Ou a insultarem ou caluniarem, Vou aceitar a derrota E a eles oferecer a vitória 6-quando alguém a quem ajudei com grande esperança Magoar ou ferir a minha pessoa, mesmo sem motivo, Vou aprender a ver esta outra pessoa Como um excelente guia espiritual* 7-em suma, vou aprender a oferecer a todos sem exceção Toda a ajuda e felicidade, por meios diretos e indiretos, E a tomar sobre mim, em sigilo, Todos os males e sofrimentos daqueles que foram minhas mães** 8- vou aprender a manter estas praticas Isentas das máculas das 8 preocupações mundanas*** E, ao compreender, todas os fenômenos, como ilusórios, Serei libertado da escravidão do apego. *guia espiritual = mestre que aceleram aprendizados importantes ** que foram minha mães, ou meus filhos; já que a filosofia budista acredita que tantos foram os renascimentos que todos fomos mães e filhos, uns dos outros. Sugiro que repita a figura, mãe ou filho, que mais despertar compaixão no seu coração. ***8 preocupações mundanas : Gostar de ser elogiado, não gostar de ser criticado Gostar de ser feliz, não gostar de ser infeliz Gostar de ganhar, não gostar de perder Desejar ser famoso, não gostar de ser ignorado

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Brian, tashidelê, a gente se vê na Terra Pura !

Brian partiu inesperadamente na semana passada; ficou o sofrimento de sua família, seus amigos e aqueles que o conheceram como o menino que fazia sucesso com seu rosto de Harry Potter. São esses momentos que mostram a importância de nutrir um caminho espiritual. Para sorte de Brian, Lama Michel acabava de chegar ao Brasil e pode acompanhar sua despedida, o início de seu processo seguinte de existência e confortar o luto sua família. Na morte sofremos e choramos pelo que não vamos viver com quem partiu; choramos pelo que acreditamos que não fizemos. Mas assim que o choque e o sofrimento, justificado, vai suavizando no tempo, o caminho espiritual nos ajuda a sentir gratidão pelo que nos foi permitido viver e conviver, refletir sobre aos aprendizados dessa convivência e o que podemos levar adiante das belezas desse ser. Sua mãe, Brian, já está confortando com a dor que ficou, outras mães, outros pais e irmãos dedicando a eles,o esforço dessa passagem para que você receba em luminosidade; você partiu com muitas sementes espirituais que, com o apoio dos que te amam, vão desabrochar rapidamente. Teu pai, pelo que conheço, logo vai encabeçar uma campanha pelo trote solidário e inteligente. E tua irmã, com sabedoria antiga, guiará com bom humor a todos em volta. Que a gratidão que sinto nas lembranças dos momentos mágicos que vivi em Campos do Jordão se espalhe em todas as direções e seja útil na tua estrada. Que amor que surgir em quem estiver lendo esse texto te aconchegue com valentia. A sangha dos que caminham pela espiritualidade fará companhia aos que ficaram e.... até breve: Tashidelê ( boa sorte) A gente se vê na Terra Pura!