quinta-feira, 28 de julho de 2016

Sorrindo par o medo #7

(inspirado nos ensinamentos de Chogyam Trungpa Rinpoche) Continuando: Os casulos que criamos são muros que o Ego constrói para se defender das ameaças , dos medos, para se fechar aos outros; quando alguém se aproxima demais e ameaça os muros, a agressividade aparece. A atitude contraria e´AHIMSA, ou não violência. A atitude correta de lidar com as desculpas para nos mantermos nos casulos é sorrir para os medos e ser amigável com eles, ser não violento. Essa atitude amorosa é MAITRI, bondade amorosa; fazer amizade com as ameaças ou com quem nos sentimos ameaçados. Isso significa se envolver verdadeiramente com as situações. Existem 3 causas para os medos: ignorância, apego e aversão. Ignorância de não saber ou de saber equivocado, ou acreditar na opinião dos outros – medo de perceber a realidade pela própria experiência - não perceber a realidade. Apego ao que temos. Medo de perder. Aversão ao que queremos afastar. Medo do que não gostamos e se aproxima.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Sorrindo para o medo #6

(inspirado nos ensinamentos de Chogyam Trungpa Rinpoche) Continuando: Temos uma mente temerosa, como cita Trungpa, e muitas vezes parece confortável se encerrar num casulo de ilusoriamente confortável. Quando conseguimos abandonar esses casulos tratamos com amabilidade os que ainda se enclausuram ou constroem defesas: doenças, desculpas, tristezas, fraquezas e medos, muitos medos. Ao tira-los de lá delicadamente oferecemos o colo da amabilidade e não nos abalamos por terem,talvez, ficado perturbados. Quando não somos nós que os tiramos, ou que saímos, a própria vida se encarrega disso... um dia. Treinar sair pela confiança e coragem lentamente do casulo talvez seja mais inteligente, mas sair é vital. Essa liberdade conquistada pela coragem, é alegre e luminosa e a mente começa a relaxar. “O caminho da coragem começa pela descoberta do medo” Existem 3 ferramentas para descobrir sobre os medos: disciplina (força) meditação( espelho) e lucidez (compreensão). Comece o treino por um medo pequeno. Desperte disciplina e deseje querer renunciar a esse medo. Depois sente em silêncio e dê colo para esse medo. A seguir encare-o até que o compreenda e veja seu real tamanho: qual o nome desse medo? esse medo é teu mesmo? o que realmente pode acontecer? só você tem esse medo? Qual o final dele?

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Sorrindo para o medo #5

(inspirado nos ensinamentos de Chogyam Trungpa Rinpoche) Continuando: A coragem que surge quando cuidamos dos medos está diretamente ligada a nossa força de abandonar a preguiça. Pense nisso. A preguiça pode se manifestar de varias formas: não sou capaz, faz pra mim, estou muito ocupado ou ocupado em se distrair. “A busca pela distração para acalentar o tédio se legitima como preguiça. Essa preguiça na verdade envolve enorme esforço. Você tem que estar sempre agitando as coisas com que se ocupar.” Tudo de forma superficial para não entrar em contato com a fragilidade. Para o corajoso é importante desistir do prazer da distração; sejam elas frivolidades ou atitudes agressivas e medrosas. Essa coragem permite alcançar uma visão mais livre e mais vasta. Despertar a coragem que já existe e pode estar adormecida facilita ter a experiência do sagrado na vida: a energia do Sol com lucidez na cabeça e a energia da Lua com a amabilidade no coração. A verdadeira coragem é lucidez + amabilidade + determinação; e em primeiro lugar consigo mesmo. A verdadeira coragem nos torna guerreiros, guerreiros com bondade amorosa.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Sorrindo para o medo #4

(inspirado nos ensinamentos de Chogyam Trungpa Rinpoche) Continuando: Terminamos o texto anterior refletindo sobre “limpar o lixo” para ver a realidade como ela é e nos liberar dos medos. Às vezes dá preguiça de pensar nessa tarefa, mas continuar com os medos e seus disfarces também não é nada agradável. Trungpa alerta que um passo importante é aliviar a ideia da importância da privacidade; privacidade no sentido de se refugiar dentro de si mesmo para se esconder e esconder os medos que nos assustam não é um caminho que vai acabar bem. Mas essa fuga na privacidade vai bombardear com emoções aflitivas que não deixam relaxar. Por outro lado no caminho do guerreiro corajoso que vence a covardia e os medos também não há necessidade do aplauso dos outros. Outro passo importante é reconhecer a bondade que já possuímos. Essa bondade é sinônimo de coragem. ...... “A bondade está sempre lá. Sempre que vê uma cor reluzente e bela, você está testemunhando sua própria bondade intrínseca. Sempre que escuta um som belo e suave, você está escutando sua própria bondade fundamental. Sempre que prova algo doce ou amargo, você está experimentando a sua própria bondade fundamental. Se você está numa sala, abre a porta e sai ao ar livre, sente uma súbita brisa de ar fresco. Essa experiência pode durar apenas um segundo, mas esse aroma de ar fresco é o cheiro da bondade fundamental. Coisas assim sempre acontecem mas você costuma ignora-las, pensando que são coisas mundanas e sem importância, meras coincidências da natureza nada excepcional. No entanto vale a pena aproveitara qualquer coisa que lhe aconteça que tenha essa particular natureza da bondade.” Descobrir nossa bondade interna é descobrir ouro. E todos, todos mesmo, têm essa bondade não agressiva dentro, é apenas uma questão de descobri-la. Essa bondade é nossa verdadeira natureza búdica. Foi a tua natureza búdica, tua natureza primordial, que te trouxe até aqui. Mais uma vez: a meditação é a forma de descobrir nossa bondade, nossa verdadeira natureza primordial, nossa honestidade.