sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Para resumir 2019..




E ontem durante nosso último encontro do ano...
“Realizar a Visão, transforma o entendimento de tudo, sutil e completamente.
Mais e mais, tenho realizado como pensamentos e conceitos são todos (e sempre foram) os bloqueadores de nos sentirmos no Absoluto, simples assim...
Agora vejo como os Mestres sempre ensinam:
“tente não criar muita expectativa ou medo” porque eles criam muitas fakenews e fofocas na mente.
Quando a Visão acontece, pensamentos aparecem como eles são verdadeiramente: fugazes, transparentes e apenas relativos.
Você olha tudo através diretamente, como se você tivesse olhos de raio-X.
Você não se apega a pensamentos e emoções ou os rejeita.
Você simplesmente os acolhe num vasto abraço de Rigpa.
As coisas que você tomava tão seriamente antes – ambições, planos, expectativas, duvidas e paixões -  não têm mais o poder de ser um buraco profundo e ansioso, porque a Visão te ajudou ver a futilidade e inutilidade de todos eles; surge em você o espirito da verdadeira renúncia:
Ao controle do outro, das situações e de você mesmo.
Aos teus pontos de vista
À necessidade de ser importante para os outros.
À própria imagem.
Aos teus limites, muros, separações, julgamentos e mimo.
Que assim teus novos anos sejam serenos. Pelo poder da Verdade, Paz e alegria, agora e sempre!!!!”
Até 15 de janeiro de 2020!

sábado, 7 de dezembro de 2019

No pain, no gain




Sem dor, sem ganho.
Talvez não seja exatamente assim...
Talvez seja bem melhor: Sem dor, todo o ganho. No pain, all gain.
Lama Ganchen sempre aconselhava que em primeiro lugar a gente tenta tirar a dor, depois a gente conversa e o caminho segue.
Lama Michel comentava: antes, encontrar abrigo, trabalho, comida depois a gente conversa sobre o Dharma, talvez...
Onde será que foi plantada a ideia que o sucesso vem com dor, a vida é difícil, se matar de trabalhar, dar o sangue pelo sucesso etc
Você ainda deve ter ouvido outras máximas.
Como se as coisas conseguidas com mais leveza não tivessem o mesmo valor.
Parece que o drama e o sofrimento dão mais plateia.
Será que as realizações precisam tanto dos aplausos e atenção dos outros?
Tem também o outro lado: aquele que aparece nas redes; como se sucesso tivesse acontecido fácil, todos sorridentes, prósperos, resolvidos, unidos, bem vestidos, viagens, varandas floridas, taças de vinho etc
...um teatro apenas...
E dos dois lados..... causando invejas.
Porque a dor não valoriza, só atrapalha.
Esforço pode ser cansativo, mas quando dói é preciso mudar.
Realizações são esforço com sorrisos de satisfação.

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Por inspiração na carta do Gugu




Foi divulgada pela mídia após a morte do apresentador Gugu uma carta de autorização da doação de órgãos; uma quase premonição que sua morte ocorreria de uma forma em que seria ainda possível a utilização de órgãos.
Você pode ou não ter seguido a carreira dele, pode ter gostado ou não de suas apresentações, mas inegavelmente essa última vontade atribuída a ele traz uma reflexão importante:

Segundo informações da assessoria de imprensa, os parentes leram um texto escrito em primeira pessoa assinado pelo apresentador. Na mensagem, eles disseram: "Deus em sua infinita bondade nos dá a oportunidade da vida. Vivi minha jornada na Terra seguindo os ensinamentos que recebi de meus pais, Augusto e Maria do Céu. Com eles aprendi a importância de olhar para o próximo com amor e fraternidade"....
"Agora eu sigo adiante por um caminho que me levará mais próximo ao Pai. E neste momento quero praticar os ensinamentos do mestre Jesus. Assim como ele compartilhou o pão com os seus, eu compartilho meu corpo com aqueles que necessitam de uma nova oportunidade de viver.
Aos meus familiares eu agradeço por terem realizado a minha vontade. Tenham certeza de que, a partir de agora, eu estarei batendo em muitos outros corações e compartilhando minha vida com outros irmãos. Que eu seja um instrumento de amor, oportunidade e de luz. Gugu", diz a carta.
50 pessoas estão sendo beneficiadas.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Sobre alma Imoral

Dia 21 desta semana, o rabino Nilton Bonder apresentou no SESC Santos o documentário “Alma Imoral”*, inspirado no seu livro com o mesmo título.. Você pode encontrar também como série no NOW
.
A essência do tema é a dualidade ente ceder ou transgredir (no bom sentido). Imoral no sentido de transgressão, de buscar o novo.
Teus momentos de avanço no caminho, se você prestar atenção, foram fruto da transgressão; momentos em que você saiu do comodismo, da zona de conforto, da caixinha e arriscou uma nova escolha.
No mesmo olhar do historiador Yuval Harari**, Bonder comenta sobre a necessidade de aprofundar o autoconhecimento para tentar evitar ser manipulado pelas seduções e surpresas tecnológicas, algoritmos, redes, inteligência artificial e outros “jogos”.
Bonder usou até a ideia de ter o hábito de sermos auditores rigorosos de nós mesmos.
Auditores dos medos e das ameaças.
Auditores das raivas e das pessoas que nos provocam.
Auditores da baixa autoestima e das pessoas com quem nos sentimos traídos.
Auditores das máscaras que usamos, do que escondemos e para quem fazemos isso
Auditores dos preconceitos que nos isolam e nos deixam intolerantes.
Para que os impulsos sejam reconhecidos e não nos lancem a escolhas equivocadas.


*O documentário faz uma abordagem política do tema, o livro, a filosofia e a peça, a psicológica.

**escritor, entre outros,de “Sapiens”, “21 Lições para o século XXI”



quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Medo de perder




“Medo de perder é a melhor forma de não ganhar”
Ouvi essa frase da esgrimista brasileira Nathalie Moellhausen que ganhou este ano a primeira medalha de ouro no Campeonato Mundial de Esgrima na Hungria.
Porque o medo paralisa e depois vem o medo de sentir medo, e aí vêm as desculpas.
O medo de perder, de se decepcionar, de decepcionar outros.

Qual é o problema de perder?
Tente de novo.
No retiro de Kalachacra com Lama Gangchen depois de ter “jurado” vários votos, eu e as colegas começamos a ficar assustadas com tantas promessas que não conseguiríamos cumprir.
Qual seria o “castigo” ou penitência?.
No dia seguinte, com humildade e vergonha, fui perguntar o que iria acontecer.
Ele, rindo muito do meu nervosismo respondeu: quando não conseguir respeitar os votos, tente de novo. Simples assim.
Ganhar, perder, ganhar, perder...faz parte do jogo. Simples assim.


Esgrima é uma modalidade elegante de esporte em que o próprio perdedor, usando a expressão “touché”, se entrega avisando que foi atingido.
 Simples assim, sem vergonha de perder; sem medo de perder e até ganhar.

quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Como uma onda


Estava assistindo o documentário Nelson 70, na TV francesa e “ouvindo” essa letra lembrei total do tema impermanência.
E também lembrei da vacuidade, não existência independente dos fenômenos:
Dá para usar varias experiências como fontes de reflexão e ensinamento....basta manter o interesse e não se distrair.
Jorge Drexler fez uma linda e diferente gravação dessa música, sugiro.
Como Uma Onda
Nelson Mota e Lulu Santos
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas como um mar
Num indo e vindo infinito tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu a um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir nem mentir
Pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa, tudo sempre passará
A vida vem em ondas como um mar
Num indo…

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Coringa: uma carta que muda de valor


Coringa, curinga, joker, melé são a mesma figura; a carta que muda de função de acordo cm a necessidade do jogo. Mas na verdade, ela não é nada, ela tem o valor que querem que ela tenha.
Hesitei um pouco em escrever sobre essa figura; o filme está causando fortes impressões e vários tipos de reações e opiniões...até discussões políticas...
Tem aqueles que não querem nem ver...por medo ou falta de interesse....ou, os que acreditam em quase uma obrigação de assistir....????? ou aqueles que nem prestaram atenção ao que está acontecendo....
Por que será?
Porque de louco e palhaço todos temos um pouco.
O mundo às vezes, ou sempre, parece aquele ditado: se cobrir é um circo, se murar é um hospício.
Por vício de profissão, meu olhar é sempre para o sofrimento mental; não como uma desculpa para crimes, mas como a ausência de responsabilização familiar e social.
Somos ignorantes sobre a mente, a nossa e a dos outros.
Somos ignorantes sobre os limites das pessoas e sobre os nossos.
Não temos tempo de ouvir e ser ouvidos REALMENTE.
Sentir-se um curinga na vida, na família, no trabalho pode ser útil, mas também muito triste porque obriga usar sempre a mesma máscara do sorriso falso.
Sentir-se isolado, excluído, pressionado, . e humilhado é perigoso: pode levar ao suicídio ou à violência..... para ter um lugar na história.
Fazer alguém se sentir assim, ou deixa-lo se sentir assim é muito pior.
Se você conhece alguém nessa situação de vulnerabilidade sugira que procure ajuda já. Ou converse com a família.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Não consigo ajudar...




Quantas vezes pensei nisso...
Quantas vezes ouvi essa frase...
No Budismo o nome das ferramentas de ajuda é “meios hábeis”.
Na verdade, nem sempre é possível ajudar porque tudo começa pela auto-transformação, das decisões e das escolhas.
Mas o primeiro passo é não ter pressa.
Cabe a cada um o esforço de tentar sair da dificuldade, mas é possível ser um guia.
Como diz o Mestre Zen: “que o discípulo compreenda que por mais que o Mestre deseje ajudá-lo, o discípulo terá de cuidar de si mesmo. Nenhum de nós poderá salvar a consciência de outra pessoa, cada qual só é capaz de salvar a sua. O mais que o Mestre poderá fazer é representar o papel de um guia das montanhas.”
Apenas para relembrar o trajeto segue assim passo-a-passo:
Dó, pena, tolerância, paciência, compaixão, solidariedade, empatia, amor incondicional.
O valor do dó e da pena é perceber a presença do outro de longe. Mas ainda é uma visão de ego.
Tolerância é bom, mas ainda tem expectativa do resultado.
Paciência é melhor, aguardar o tempo do tempo.
Compaixão é pensar numa forma de encontrar uma saída para oferecer.
Solidariedade é uma das faces da simpatia, do estar junto.
Empatia é entrar realmente na história do outro e olhar a situação através dele.
Amor incondicional é ausência de julgamento e total acolhimento sem pressa, sem tempo, sem dualidade.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

São tantas dúvidas...




Aos poucos a gente vai desistindo das certezas e aprendendo a viver e conviver com as incertezas, descobertas, decepções e mais dúvidas.
Ouvi Fernanda Montenegro comentar sobre sua inquietude frente a morte: o que será que vem depois? Vou para um lugar que não sei onde é ou se existe...
De onde viemos, para onde vamos, qual o sentido da vida, qual o sentido do sofrimento, o porquê do que parece injusto, para que, por quês, qual a saída, qual a  escolha etc etc etc
Claro que existe uma ordem no Universo mas nosso cérebro não tem ferramentas suficientes para entender, ler e decifrar.
Só resta sorrir e continuar a caminhada...cada um à sua maneira.
No livro de Waldon Volpic Alves “Einstein: verdades e mentiras”, um texto para pensar.
Segundo o livro Einstein comentou:
“A questão (se Deus existe) é a questão mais difícil do mundo. Não é uma pergunta que posso responder com sim ou não.
O problema envolvido é demasiado vasto para nossas mentes limitadas. Posso responder com uma parábola? A mente humana, não importa quão altamente treinada, não pode compreender o universo.
Estamos na posição de uma criança pequena, entrando numa enorme biblioteca cujas paredes estão cobertas até o teto com livros em muitas línguas diferentes. A criança sabe que alguém deve ter escrito aqueles livros. Ela não sabe quem ou como. Ela não compreende as línguas em que estão escritos.
A criança observa um plano definido no arranjo dos livros, uma ordem misteriosa, que ela não compreende, mas apenas vagamente suspeita.
Isso, me parece, é uma atitude da mente humana, até a maior e mais culta, em direção (ao que chamamos) Deus.
Vemos um universo maravilhosamente organizado, obedecendo a certas leis, mas compreendemos as leis somente vagamente.
Nossas mentes limitadas não conseguem entender a força misteriosa que balança as constelações.”
...................................
Somos uma luz que habita um corpo limitado.
O brilho dessa luz é ilimitado e infinito, apenas ainda não a percebemos.
Um dia vamos encontrar a calma dessa luz....num momento de insight ou talvez depois da morte.
Por enquanto humildade, simplicidade,  lucidez e bondade.




quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Causas e condições do destino




Se você quiser saber sobre teu passado, veja o que está acontecendo hoje.
Se quiser saber sobre teu futuro, veja o que está acontecendo hoje.
Assim disse Sidarta Gautama, o Buda, quando perguntado sobre o Carma.
As escolhas que fazemos são simultâneas aos resultados. Escolhas determinam resultados.
Na verdade, o que determina o resultado é a motivação através da qual fazemos as escolhas.
Os resultados chegam quando as condições propiciam as causas.
Por isso é que o Budismo afirma: tudo depende de causas e condições.
Somos responsáveis pelos resultados, nós e as condições que vamos escolhendo e encontrando.
Ninguém escolhe por nós.
 Não existe alguém fazendo nosso futuro, até se delegamos nossos caminhos a alguém foi porque permitimos isso, por comodismo; mas..... a conta é individual e chega sempre.
A construção da nossa história funciona como aqueles aplicativos tipo, WASE, GPS:
*na hora da escolha reconhecemos nossas limitações.
*”ouvimos” nossas motivações e escolhemos onde ir.
*ao colocar o destino, ele vai perguntar: de ônibus, a pé ou carro.
* no aplicativo, ele vai oferecer várias rotas e para cada uma o tempo que vai levar até chegar ao destino, você escolhe.
*se no caminho acontecerem desvios, o aplicativo oferecerá alternativas, mas o destino continuará o mesmo.
*durante o percurso o aplicativo dará avisos: ligue os faróis, buraco à frente, carro parado no acostamento, acidente à frente etc.
*educadamente perguntará: podemos ir agora?
Importante é observar que, como no aplicativo, o futuro é resultado de muitas escolhas que seguem o mesmo itinerário: motivação, escolha, decisão, início, rota, desvios e destino acontecem ao mesmo tempo.
O futuro está nas nossas mãos.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Um guia para viagem




Uma viagem que se aproveita bem o tempo disponível é aquela que compramos um bom guia atualizado das atividades que estão acontecendo naquele momento na cidade a ser visitada, alertas sobre cuidados, telefones de emergência, onde comer, local de conveniências, hábitos locais, farmácias e atendimentos médicos, endereços e principais atrações. É uma forma de otimizar o tempo e investir bem o dinheiro gasto.
Outra forma é contratar um guia experiente com referências.
No caminho espiritual, um guia vai ser muito útil; com sua experiência e pela empatia que sentirmos por ele vai oferecer as mesmas condições que descrevi.
Por isso não é tão fácil encontrar um guia espiritual; mas guias também podem ser temporários, tudo bem.
Encontro pessoas que dizem que querem autonomia que não precisam de um guia para dizer o que fazer....orgulho, total orgulho. Precisamos de professores para aprender de forma mais adequada. Ele ensina; ouvimos, refletimos e escolhemos agir ou não ou adiar.
O guia nunca pode ser uma ameaça.
O guia nos inspira com alegria, senão não é o nosso guia.
“Os guias espirituais são como um guia quando viajamos por região desconhecida, uma escolta aos atravessarmos lugares perigosos e um barqueiro na cruzada de um grande rio.”
Gampopa, filósofo tibetano do século XI.
Citação encontrada no livro “Tibet, no coração do Himalaia” de Claudia Proushan
Você já encontrou teu guia, ou guias?

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Para que meditar?




Há vários motivos para meditar: relaxar, diminuir o stress, aumentar o foco, diminuir a ansiedade, encontrar serenidade, render mais, até aumentar a possibilidade de alcançar objetivos. Tudo isso é possível com o que hoje tem o nome de mindfulness
Tudo bem, tá valendo.
No entanto na visão mais ampla, o propósito da meditação é despertar em nós a natureza da mente ampla como o céu e nos introduzir ao que realmente somos: consciência imutável além de vida e morte.
Gosto muito da inspiração que sinto quando ouço Lama Padma Samten citar que os ensinamentos levam a encontrar a natureza que não muda enquanto tudo muda.
Na calma e no silêncio da meditação é possível vislumbrar e retornar a natureza interior profunda perdida há tanto tempo por causa das confusões e distrações da mente atarefada.
Somos escravos do tempo e das mudanças. Nada é garantido totalmente. Tudo é incerto.
É essa insegurança que nos “mata e cansaço”.
Mas existe uma forma de escapar. Sente-se em quietude, em silêncio e na confiança da amplidão.
Calma de tudo resolvido.
O silêncio dos intervalos da fala e dos pensamentos.
A amplidão da queda dos muros.
E finalmente....o encontro com o lugar que não muda enquanto tudo muda.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Nas quedas da vida




“Todas as perdas e decepções da vida ensinam sobre impermanência, elas nos levam mais perto da verdade.
Quando você cai de uma altura grande, há apenas um lugar para aterrissar: o solo – o solo da verdade.
Se você tiver o entendimento que chega com a prática espiritual, a queda não é mais um desastre, é a descoberta do REFÚGIO INTERNO.”
Glimpse after Glimpse, ensinamento de 30 de agosto.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Como tirar o poder do Ego




Ego pode ser entendido como uma figura neurológica que tem a função de preservar a vida nos situando nas histórias.
No entanto, ao criar tentáculos alargando seus domínios cria armadilhas e a ilusão de que temos coisas, pessoas, importância, poder, orgulho, culpas, vergonhas, máscaras, obrigações etc .....fontes de sofrimento ....porque tudo é incerto e tudo que é composto, termina.
“Ralar” o ego vai ajudando a se sentir mais liberto.
O Mestre Dzongsar Rinpoche sugere um método do Budismo Tibetano:
‘O propósito da prática do Darma é atingir a iluminação. Na verdade, atingir a iluminação é exatamente o mesmo que nos livrarmos da ignorância, e a raiz da ignorância é o ego. Seja qual for o caminho que tomarmos, seja a rota longa e disciplinada, ou a rota curta e selvagem, no final o ponto essencial é que eliminaremos o ego.
Há muitas, muitas diferentes formas de fazer isto, por exemplo, através da meditação shamatha [tranquilidade], e todas elas funcionam em maior ou menor grau. Entretanto, uma vez que temos convivido com nosso ego por tantas vidas e que estamos tão familiarizados com ele, a cada vez que entramos em um caminho em nossos esforços para eliminar o ego, esse mesmo caminho é assaltado pelo ego e manipulado de tal forma que ao invés de esmagar nosso ego, nosso caminho apenas ajuda a reforçá-lo. 
Esta é a razão pela qual no Vajrayana a devoção ao guru, ou Guru Yoga, é ensinada como uma prática vital e essencial. Como o guru é um ser humano vivo, que respira, ele ou ela é capaz de lidar diretamente com o seu ego.
Ler um livro sobre como eliminar o ego pode ser interessante, mas você nunca sentirá reverência por um livro, e de qualquer forma, os livros estão totalmente abertos à sua interpretação. Um livro não pode falar ou reagir a você, ao passo que o guru pode e irá chacoalhar o seu ego até que, finalmente, ele seja eliminado completamente.
Quer isto seja alcançado de forma irada ou gentil não importa, mas no final é isto que o guru precisa fazer, e é por isto que a devoção ao guru é tão importante.”

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Como será na verdade?




Existem relatos que impressionam; relatos, informações, notícias, mensagens....
Quando a energia interna se altera é bom se perguntar; como será na verdade?
Pra começar e acalmar é bom descontar 45%.
Depois investigar. Antes de repassar a história.
Você presenciou o fato? Ou ouviu de alguém que ouviu de alguém que soube de alguém que leu de alguém que viu....
Nem assim é possível chegar nas certezas.
Não é garantido nem se basear nos nossos sentidos já que até eles têm seus filtros...
E esses filtros foram “comprados” em experiências antigas que talvez nem sirvam mais.
E as fofocas?
Impressionou? desconfie!!!!!
Uma das histórias que ouvi: “As 3 peneiras”.
Parece que faz parte dos ensinamentos do filosofo Sócrates.
Um aluno chegou entusiasmado para contar um caso.
Ao que ele reagiu usando a teoria das 3 peneiras:
1-   Isso que você vai contar é um fato? Isso é real? Aconteceu mesmo?
2-  Supondo que seja real, vamos passar pela segunda peneira: esse fato serve para harmonizar, melhorar e vem com bondade?
3-  Se vem com motivação bondosa, passe pela terceira peneira: é necessário realmente repassar a história, é útil, vai ajudar a aliviar uma situação?
Se a história, informação, noticia passou pelas peneiras da verdade, da bondade e da utilidade então conte!

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Por falar em depressão


Por falar em depressão

Nos mais variados lugares a gente encontra alguém sofrendo com depressão.
Você já passou por esse sofrimento?
O final do ano é o momento do ano preferido para várias crises desse sofrimento; às vezes, também, nos aniversários.
Mal do século.....????
Fica sempre a questão: depressão, vai do corpo para mente ou da mente para o corpo?
Existem tantos quadros quantas pessoas com depressão.
Às vezes alguém que até parece alegre e animado é depressivo; nem sempre o depressivo segue a estereotipia dos ombros curvados, lábios inclinados para baixo, deitado, choroso etc
Depressão é um transtorno que não tem idade para surgir e há necessidade do acompanhamento de profissionais qualificados porque existem vários tipos de tratamento.
O sintoma mais comum é desânimo sem fim resultado de desequilíbrio bioquímico do cérebro, a diminuição de neurotransmissores como a Serotonina, responsável pela sensação de bem-estar e alegria. Mas também pode aparecer como cansaço extremo, irritabilidade, angústia, ansiedade, baixa autoestima, insônia, desinteresse por coisas que antes davam prazer, pensamentos pessimistas ou recorrentes sobre morte, suicídio, doenças, dificuldade para se concentrar, comportamentos compulsivos, dificuldades sexuais, sensação de incapacidade para realizar as tarefas diárias comuns.
Mas o sintoma também pode ser a preguiça. Preguiça de vários tipos. Tipo torpor, apatia.
Aliás a preguiça é irmã gêmea da depressão.
*Preguiça de deixar para amanhã e acumular tarefas, adiar arrumar a bagunça, guardar coisas desnecessárias para resolver depois.
*Preguiça de se desculpar com falta de competência pela idade, desconhecimento, força etc...desculpas, desculpas, desculpas. Uma eterna auto desconsideração.
*Preguiça tipo autoengano e esperar que outro faça as tarefas ou...fazer malfeito.
*Preguiça de buscar um “monte” de ocupações, se sentir sobrecarregado, estressado, usando o tempo para se distrair do essencial. Ou preenchendo o tempo com atividades, pensamentos e falas inúteis, tipo comer demais além da fome.
A preguiça é, principalmente, falta de generosidade.
A generosidade pode ser o primeiro passo para cura: pensar na necessidade do outro, ser útil, nem que seja ajudá-lo a levantar de um tombo.
Mas nem sempre é fácil fazer surgir essa vontade altruísta.
E isso é grave!
Não é tão simples escolher não ficar triste; não basta “um tanque de roupa para lavar” ou um “mundo” de gente passando mal, ou o meio ambiente sendo atacado mortalmente, ou um parente próximo precisando de atenção....
Não é tão simples escapar da infelicidade crônica.
A depressão também pode incitar modificações fisiológicas provocando a diminuição da imunidade e aumento de processos inflamatórios, fatores de riscos para outras doenças.
Sem contar que a companhia de uma pessoa sofrendo de depressão é bem difícil!!!!
Existem vários meios para tratar a depressão, mas o fundamental é que a pessoa reconheça seu estado.
A primeira Nobre Verdade ensinada por Sidarta Gautama, o Buda é que o sofrimento e as dificuldades fazem parte da vida.
A segunda Nobre Verdade é que o sofrimento tem causas.
A terceira Nobre Verdade avisa que isso pode ser mudado.
A quarta Nobre Verdade avisa que existe um caminho
Claro que melhorar o a forma de cuidar do corpo e procurar ambientes mais saudáveis é básico..
O grande desafio e mais profundo é superar os 3 venenos :
1 – as duvidas
2 – o autocentramento
3 –  desejo ilimitado
Mas existe também, na visão budista, a influência do carma.
Carma é o resultado das ações positivas ou negativas.
Positivas =solidarias.        
Negativas = egoístas.
Mas a boa notícia é que o carma pode ser mudado mudando a atitude mental; existem vários grupos de estudo para treinar  a visão apreciativa.
Se conhece alguém com depressão ajude essa pessoa não se render....tente!
E....é bom acreditar que tudo passa...... é bom lembrar a certeza que “o inverno nunca falha em trazer a primavera”.
Agradeço Fabiola do canal “Fabi por aí” a inspiração para escrever este texto através de seu depoimento.



quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Espelho, espelho meu...

Espelho, espelho meu...
Diga quem sou eu....
Alguns professores ficam importantes na vida; alguns permanecem outros são temporários.
Professores importantes inspiram soluções, esclarecem mistérios ....o que parece ser um mistério.
Oferecem hipóteses, modos de fazer.
Esse encanto é pessoal.
Já encontrei vários professores importantes e espero ainda encontrar outros.
Porque tudo na existência é temporário. E vamos aprendendo, mudando, descobrindo, aprendendo, mudando....e vamos nos reconhecendo e descobrindo nossa Verdadeira Natureza.
Os professores externos são os espelhos onde nos descobrimos.
Há 2 dias, entre os textos diários, encontrei :
“Quem é o professor externo? Ninguém mais do que a corporificação e a voz e o representante do nosso professor interno.
O Mestre que com sua forma humana com sua voz humana com sua sabedoria acabamos tendo afeto mais que a outros é ninguém mais do que a manifestação externa dos mistérios da nossa verdade interna.
O que poderia explicar melhor essa forte conexão com ele ou ela?”(Glimpse after Glimpse)
http://www.cer-reiki.com.br/espelho-espelho-meu/

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Quando invadem tua casa




Sabe aquela sensação de você ter recebido a visita errada?
Aquela sensação quando será que a visita vai embora?
A visita entra e o conforto sai pela porta?
Por que a visita fica indesejada?
Porque essa visita vem com perguntas, indiretas, olhares, críticas, dúvidas e ...COBRANÇAS.
Ou melhor, por que você se deixou invadir?
Por que você abriu a porta?
Bem, já que abriu a porta ....aproveite para transformar isso positivamente.
No momento que o bom humor voltar, essa visita pode se transformar em espelho e oferecer dicas sobre o que está acontecendo na mente.
O que pode aparecer:
Dificuldade em se defender
Dificuldade em dizer não
Medo de desagradar
Carência
Curiosidade, fofoca
Vinganças
Complexo de inferioridade/ superioridade
Prepotência
Incompatibilidade de princípios
E outras “cositas mas”, outras surpresas podem aparecer.....
Mas , na verdade, bastava não ter aberto a porta!!!!!
Da próxima vez, tente não abrir!

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Se os afetos se transformarem em desafetos




Imagine, apenas imagine, que você está tendo dificuldades com alguém que você gosta.
Ou, alguém que você gosta está tendo dificuldades com você.
Pode ser mãe, pai, irmão, irmã, vizinho(a), marido ou esposa, amante, professor(a), chefe etc
Imagine esse ser “especial” sem o papel que cumpre na tua vida, sem a identidade com a qual você se relaciona com ele.
Imagine esse ser simplesmente como um ser humano sem vínculos com você; um ser que sente medo, raiva, ciúme, inveja, culpa, vergonha, complexos etc
Um ser exatamente com os mesmos sentimentos que você, a mesma vontade de sentir feliz, o mesmo medo de sofrer.
Pensar no outro apenas como uma pessoa real, exatamente como você pode abrir teu coração e te inspirar como resolver a situação.
 Como falar com essa pessoa, ou não falar.
Como encontrar essa pessoa ou se afastar dela.
Caso decida falar ou se encontrar, tente 3 vezes.
Primeira vez, para demonstrar teu interesse; a segunda para confirmar teu interesse, a terceira para devolver a responsabilidade.
Depois dê um tempo...e siga tua vida.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

E por falar em finais...




Vamos vivendo vários finais...ou...mortes.
Na verdade, queria falar de mortes...mas isso assusta.
Uma amiga vai se aposentar e parece um sofrimento como se fosse uma morte.
Como se fosse, não. É uma morte.
Mas não precisaria ser doída; é apenas o fim de um contrato.
Como é também uma despedida, uma mudança, uma doença, uma separação.
Como também são as decepções, as frustrações, os falsos sonhos românticos, as expectativas falsificadas, os ciclos interrompidos, as traições.
Só resta fazer o luto, chorar, fazer o enterro e descobrir a sensação da liberdade para descobrir os novos momentos e aos poucos, deixar o bom humor retornar e sorrir para as novidades .
“Pense no momento da morte como uma fronteira estranha da mente, uma terra de ninguém; a natureza ilusória da mente que mostra tudo como provavelmente estável.
As mortes podem ser um trauma, mas também podem ser uma liberdade infinita; uma liberdade exatamente pela ausência do que foi perdido. Agora...tudo pode ser possível.
O que acontece entre uma morte e um renascimento, seja qual for o tipo de morte, é o intervalo fértil de muitas possibilidades.
Desnudada do que passou, a mente revela o que sempre foi: a arquiteta da vida.”(Glimpse after Glimpse)
Vida que segue!

sexta-feira, 21 de junho de 2019

quem te faz chorar?


Nestas últimas semanas tenho seguido o conselho de Lama Michel e me obrigado a colocar as dificuldades em fila indiana e ir atendo aos poucos: marido, sala de estudos, notebook, filho, filhas, netos, neta, atendimentos, dentes, estudos, saúde, praticas....mas a fila termina e recomeça....porque ainda não estão resolvidas.....kkkk ....
Essas fases fazem parte da história de todos nós: às vezes elas acontecem juntas outras em prestações...mas elas chegam....
Aí toca a relembrar as 2 frases milagrosas:
“Tudo é transitório!”
“Cada dia é um dia mais perto da solução”
Mas..sempre tem um mas...a gente fica vulnerável nessas fases, eu fiquei; sensível, mais frágil.
Se sentir vulnerável é perigoso! Vemos ameaças e fantasmas que não existem, acreditamos em noticias falsas ou deformadas, seguimos pessoas falsas etc... momentos que ficamos distantes da realidade.
E aí mora o perigo!
Um comentário irônico, azedo, deselegante, agressivo, ameaçador... faz a gente se sentir assustado, com 10 anos...
Aí tem outra situação: ver uma amiga ser desconsiderada por outra e não conseguir se defender...e relembrar das circunstâncias que também não consegui me defender.
Era dependência financeira? Medo de ser excluída? Medo de perder? Falta de fé em mim?
Que absurdo me desrespeitar assim!!!!! Mas eram meus limites....
Meu filho também; encontrou um médico, que na tentativa de lucrar mais rápido, fez um terrorismo com sua saúde. Abalou sim! Mas no dia seguinte veio entendimento da jogada, voltou a lucidez, voltou o sorriso, o auto respeito e a determinação de seguir o tratamento sem drama.
Por que acontece isso? Porque passamos para as pessoas o poder de nos fazer “chorar” e balançar a autoestima.
Ninguém é tão poderoso nem tem o poder de nos fazer “chorar”! essas pessoas com comentários “maldosos” estão na ignorância, precisam da nossa compaixão não de nossa crítica, mas cuidado: elas são manipuladoras!!!!
Não se deixe afetar pelo desequilíbrio do outro!
Se não conseguir sozinho, procure alguém que tenha um olhar apreciativo para a vida.
Como diz Tadashi Kadamoto: “nada melhor que derrubar com um sorriso quem nos derrubou com uma lagrima!”

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Termômetro da vida


Até onde descobri a alegria é o melhor termômetro das escolhas.
Esta semana assistindo a entrevista com o neurocientista Sidarta Ribeiro no programa Milênio, ele repetiu o mesmo: o caminho da pesquisa é determinação com alegria.
É assim...em tudo na vida, na Arte de viver: esforço constante + alegria, SEMPRE.
Quando a alegria some de um relacionamento, terminou.
Também chegou a hora de mudar quando a alegria acabou no ambiente de trabalho, no projeto, na filosofia de vida, no jogo, na busca, na amizade, no endereço, na viagem.....
Acabou quando a alegria sumiu (ou está sumindo) em qualquer uma das “viagens” que você decidiu fazer.
Não é por acaso que nas 4 MEDITAÇÕES ILIMITADAS do Budismo a alegria ocupa seu lugar de importância:
Bondade amorosa
Compaixão
Equanimidade
Alegria
Que nota – de 1 a 10 - você daria para a alegria nas 8 áreas da tua vida: trabalho, amizades, conhecimento, relacionamentos, realização pessoal, dinheiro, família, saúde/espiritualidade.
Se a nota não atingir média 7, é hora de mudança....

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Saida de emergência




Conhece aquelas situações em que procuramos uma saída de emergência?
Existem tantas situações aflitivas de que tentamos escapar….
Sabe aquela alegria quando o dentista desmarca ou o professor falta no dia da prova para qual não está preparado?
Já sentiu a necessidade de ensaiar bem para evitar o erro?
Necessidade de pensar várias possibilidades para tentar garantir o sucesso do projeto?
Ouvindo o relato do velejador Almir Klink ele contava sobre o conselho que recebeu do engenheiro quando tentava construir um barco que não virasse:
“você está tentando fugir do problema. Abrace o problema para resolvê-lo!  O projeto tem que construir um barco que consiga desvirar depois de virar!”
Exatamente isso!
Não adianta fugir, a melhor saída é desvirar a ansiedade e acolher o desafio.
Acolher o diagnostico de uma doença, fazer amizade desvirar o desafio e procurar o tratamento amorosamente.
Aceitar a raiva, fazer amizade, desvirar essa dor e procurar como dissolvê-la.
Sorrir para limitações, desvirar as frustrações e procurar ajuda.
Abençoar os boletos e desvirar as dívidas.
Não adianta fingir ou crer em milagres ou acreditar que é possível driblar a vida.
Coragem! Aceitação! Devoção às tuas qualidades! E sorrisos!
Viver é uma aventura repleta de limoeiros ou, como diria uma prima: viver é a arte de pegar os limões e fazer a limonada a mais docinha possível!
E, quando não der, tomar pura mesmo…faz bem para saúde.
É assim:
Quando o barco da vida virar, desvire, se seque e continue remando!




ência

quinta-feira, 30 de maio de 2019

Gratidão, uma boa comapnheira.



Estamos em mais um novo endereço!
Mudanças provocam uma certa vulnerabilidade...o que falta pensar, como vai ser no novo local, na nova relação, na nova situação...?????
Mudanças trazem sempre novidades, sempre!
Mas nem sempre a gente está disposto a repensar velhos hábitos.
Tudo é transitório! mas não aprendemos isso na escola.
É bem confortável pensar que as coisas estão seguras, mas isso é alucinação: tudo, TUDO, aparece, permanece e se dissolve e se reconstrói num novo e inesperado modo.
Pensar que tudo está bem, está seguro é, como meu irmão brinca, quando surgem essas ideias: “olha as vacas voando!”
Nas mudanças, manter a gratidão pelo que vivemos e gratidão por novas oportunidades, garante que o sorriso permaneça presente.
E o sorriso.....é a ferramenta que não pode faltar...em qualquer situação, em qualquer relação, em qualquer lugar.
😊 😊 😊

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Parabéns!


Parabéns !

Quase completando 68 anos (amanhã), olho a colcha da vida já com bastante bordado.
Outro dia comparei nascer, viver e partir com viajar – entrar e sair do hotel.
Hoje, revendo o script da vida como faço todos os anos , parece que olho uma colcha: recebemos um tecido branco, com um possível desenho já marcado ou apenas sugerido....e lá vamos nós bordando o desenho, escolhendo cores, fazendo mudanças, descobrindo pontos novos....
Vejo as flores do desenho e seus brotos, também vejo as folhas, os galhos secos e as folhas caídas.
Sim... a colcha que escolhi para esta vida tem cheiro de montanha, perfume de flores e pinheiros.
Como as colchas de todas as pessoas às vezes ficou difícil acertar no tom das flores e das matas. Às vezes parecia que não ia dar certo ou que eu não conseguiria continuar...
Às vezes o ponto saia errado....varias vezes saiu errado... e só depois que o desenho desequilibrava, descobria o erro.
Mas nesse tipo de bordado não dá para desmanchar; a imperfeição faz parte. É só na próxima vez ficar mais atenta!
A colcha já tem 68 anos! Está bem grande, mas não sei que tamanho vai ficar...
Mas acredito que já vai servir para tirar o frio de alguém, enfeitar uma cama ou ficar no álbum das lembranças.
O que ajudou bastante foi o caminho que escolhi : receber cada dia com curiosidade e gratidão, APRENDER e sorrir SEMPRE, com todas as pessoas, em todos os lugares , em qualquer situação.
Este ano ganhei um presentão: mais um novo espaço em Santos – Sala Gratidão -  a oportunidade de um novo lugar para encontrar amigos e treinar ser livre. Estamos te esperando!
Obrigada por você fazer parte deste bordado!



sexta-feira, 17 de maio de 2019

Liberdade antes tarde que nunca




O melhor entendimento que encontro para felicidade é liberdade.
Cada vez que sentimos liberdade encontramos junto a serenidade.
Mas como encontrar a liberdade?
R.:Quando desapegamos....das pessoas, situações, expectativas e lugares.
Impossível??????
Possível!!!!!!
Na verdade, nos apegamos às SENSAÇÕES que pessoas, lugares, situações, expectativas causam dentro de nós.
O que gostamos ou não gostamos é das sensações.
Isto é coemergência: o que está externo surge no concreto ou no pensamento e internamente acontece uma sensação de apego ou aversão, gosto / não gosto, quero/ não quero.
Tudo bem sentir assim, é humano.
Mas...sempre tem um mas....tudo muda, tudo nasce, permanece e se dissolve: pessoas, lugares, situações, expectativas...
É a impermanência.
O grande aprendizado é aprender a prescindir de tudo.
Conviver, conviver com intensidade, com amorosidade e bondade, com as pessoas, situações, lugares, sonhos; mas não tentar segurar...é impossível e causa sofrimento.
Se você lembrar de qualquer sofrimento ou aflição vai descobrir por que machuca; descubra o que está tentando segurar.
Uma das causas mais serias de sofrimento é o apego às próprias crenças: tinha que ter sido do meu jeito.
É bem possível que a vida tenha um plano melhor do que você imagina; não é possível ver todos os aspectos das situações.
Liberdade é um estado interno. Precisa ser interno.
Confie !!!!!!

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Viver é viajar




Quando nascemos é como estivéssemos chegando num hotel.
Fazemos o check-in, vamos para o quarto, descobrimos quais as qualidades e desconfortos do quarto.
Vamos arrumando nossas coisas e saímos para descobertas, experiências, encontros e desencontros.
Todos os dias voltamos ao hotel com novos aprendizados; todos os dias!
Fazemos visitas, às vezes temos que passar pela farmácia, às vezes vamos ao cinema, às vezes levamos sustos.
Andamos a pé, de carro, ônibus, bicicleta, de carona etc
Às vezes temos companhias, às vezes estamos sós.
Vamos levando para o quarto compras, lembretes, revistas, livros e, pasmem!!!!! às vezes até decoramos o quarto de hotel ...kkkk
Usamos roupas novas e as compradas em brechós.
Compramos sapatos novos confortáveis e outros que doem.
Um tempo repleto de distrações, muiiiiitas distrações. Às vezes até erramos os caminhos ou nos enganamos de endereço e de pessoas.
Mas sempre chega o dia de fazer o check-out (com aviso ou sem aviso) e voltar para casa; a verdadeira casa.
Assim é nascer,  morrer e renascer.
Simples assim....