sábado, 23 de novembro de 2013

Resumo dos passos dados no Ciclo de Estudos Budistas

1.*As 4 faixas de respostas às circunstâncias *Tudo tem seu tempo certo; ansiedade cria atalhos perigosos *fundamento do Budismo = compreensão da natureza básica dos fenômenos; todos os seres possuem o potencial para lucidez total (iluminação) *tudo está condicionado a mudanças, nada contém a verdade absoluta *a causa do sofrimento não é apenas externa; necessidade de conhecer a origem interna dos sofrimentos; sofrimento das dores do corpo, das mudanças e perdas, das vicissitudes da vida, das emoções negativas. *sofrimento depende de quanto nos deixamos afetar pelas circunstâncias *sofrimento, basicamente, é causado pela defesa do Ego *tomamos atitudes baseados nas nossas confusões. 2*confusão é a sensação de sentir-se preso às circunstâncias: às crenças, posses, relações, limitações, doenças etc *serenidade é sentir-se liberto, independente das circunstâncias externas *A filosofia Budista oferece ensinamentos de como foram criadas nossas prisões mentais *prisões mentais nascem com os condicionamentos, marcas mentais que nos iludem e nos envolvem em “jogos” *os “jogos” que vivemos são bolhas, e não percebemos que estão prestes a estourar e ver surgir outras – isto é o Samsara - uma forma de operar a mente no mundo *podemos escolher jogar ou não jogar os jogos, a questão é não se fixar, não se deixar colar. * meditação é a ferramenta básica do Budismo para enxergar além das bolhas *o início 3A.* o início do caminho em busca da serenidade é orientado pela motivação bondosa semelhante ao surgimento de um Lotus *História de Sidarta Gautama até tornar-se Buda 3B. *O sentido da vida é recuperar a alegria e devolver a alegria aos outros:”o que posso oferecer?” Sorrir, brilhar e ajudar os outros a brilhar. * o sentido da nossa vida nasce sempre em conexão com outra vida *Os 4 bardos *Avidya ( ignorância) e Duka ( sofrimento) *Interesse pela memória dos outros, suas histórias, coerências e ações na vida. 4ª. *As 4 nobres verdades *1º passo é a motivação bondosa, 2º passo é renunciar ao hábito de sofrer *estudos se norteiam pela: verdade( dissolver as ilusões, os enganos) coragem ( para seguir sempre em frente) paciência ( sem pressa) persistência (esforço constante ) No Budismo, Tomar Refúgio é tornar-se Budista. O Budista toma refúgio, se refugia, encontra proteção em : Buda - como símbolo de um Mestre verdadeiro, representando o aspecto sutil que todos portam Dharma – ensinamentos para um caminho verdadeiro Sangha – a comunidade que tem a mesma motivação de despertar a bodicita Bodicita= coração bondoso, compaixão ou mente altruísta. Na verdade, tomamos refúgio na natureza budica interna a todos nós, essa natureza capaz de enxergar todos os fenômenos por uma forma luminosa e livre – na esperança que um dia essa natureza se realize plenamente e possamos viver e conviver em paz em todas as dimensões e direções. O texto desta semana “Um caminho simples” é uma tradução de ensinamento de SS Dalai Lama sobre o Refúgio e sobre 2 princípios básicos no Budismo: a interdependência ( originação dependente de todos os fenômenos) e a não-violência. para receber o texto escreva para artesdecura@netguest.com

sábado, 16 de novembro de 2013

O sofrimento existe?

Conta a história que Sidarta Gautama após perceber que ascetismo apenas maltratava seu corpo e promovia confusão mental, sentou-se em silêncio para observar e compreender o que estava além das ilusões da realidade, além das percepções dos 5 sentidos do corpo. Silenciando a mente e com todo o conhecimento que havia obtido em suas buscas e estudos, ele obteve a compreensão dos fenômenos. Então, nesse momento, ele permite ser chamado de Buda = o desperto, o iluminado, aquele que alcançou a lucidez. O primeiro ensinamento dado por Buda depois de sua iluminação, ou seja, da compreensão dos fenômenos da existência, foi as “As 4 nobres verdades”: o sofrimento faz parte da vida, os sofrimentos têm causas, é possível dissolver essas causas e para isto existem métodos. Para os sofrimentos, cada Filosofia oferece uma explicação e uma solução. Na Filosofia Budista esse é o ponto de partida. Existem muitos textos com ensinamentos e cada vez que relemos sobre esse tema é possível captar um pouco mais de sua essência , fazer conexões e encontrar explicações para nossa história pessoal. No entanto para abrir espaço interno para iniciar verdadeiramente os estudos é necessário, antes de partir na aventura, tomar a decisão de renunciar ao habito de sofrer. Sentir-se merecedor de viver em serenidade. Hábitos são aprendidos na infância e reforçados ao longo da vida. Existem hábitos saudáveis, outros que nos manipulam, outros que dão medo. Às vezes sofremos mais do que o preciso, porque o sofrimento parece dar um certo colorido e importância à vida; Às vezes também, quando estamos em sofrimento, recebemos a atenção que nos falta ....... Mas será que vale-à-pena entrar nesses jogos? Esses jogos enfraquecem e escravizam; liberdade é parte essencial de sentir-se confortável na vida. Liberdade interna. As mudanças acontecem quando tomamos a decisão de resolver por nossos próprios esforços, tanto quanto seja possível; milagres não existem, esperar simplesmente que algo ou alguém faça interferências e resolva nossos desafios é alienação, esse comportamento é oportunista e não cria méritos para que as mudanças sejam bem enraizadas. O que facilita a transformação é fazer escolhas de caminhos solidários (ou pelo menos que não causem prejuízo a outros seres), busca pela verdade, coragem, paciência e persistência, como coloca Lama Padma Samten no seu “Roteiro de 21 itens”. A conexão com Mestres pode nos inspirar e expandir a percepção, mas as decisões serão sempre nossas. Decidir renunciar ao sofrimento é um ato de autonomia! O texto desta semana é sobre o sofrimento e foi escrito por Bel Cezar, psicóloga, estudiosa do Budismo e mãe de Lama Michel, está no seu livro “Emoções”, bem interessante e inspirador!!!!( para recebe-lo enviei e-mail para artesdecura@netguest.com É possível conviver pacificamente com preocupações, frustrações, duvidas, dívidas, compromissos, desencontros e solidões....sem armas.... sem raivas. É possível conviver pacificamente com sucessos, afetos, descobertas, verdades, encontros e amizades com generosidade.... sem aflições de perder.... sem medos. Não é exatamente negar as situações; é não dar mais poder do que possuem – tanto às ruins quanto às boas.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O sentido da vida

Buscar um sentindo da vida acompanha a busca pela felicidade. O que é exatamente um sentido para a vida? O que é exatamente felicidade? Qual a diferença entre felicidade, prazer e serenidade? Reflexões que mentes inquietas fazem em meio às confusões que cercam a vida. O texto desta semana, Caminhando sobre Nuvens, é um comentário sobre o seriado Lost; mesmo que você não tenha assistido o texto vai poder inspirar reflexões.Se quiser recebe-lo envie e-mail para artesdecura@gmail.com Para a filosofia budista esta vida que estamos vivendo é apenas uma parte do caminho de nossa existência,na busca pela expansão de consciência. O viver é um dos 4bardos: bardo do viver, o do morrer, o do período intermediário e o do renascer. Ainda... o bardo do viver, em certas tradições é estudada em 2 subdivisões, o do sonhar e o do meditar. Bardo= período intermediário, onde o velho não serve mais e o novo ainda não chegou. Assim é possível chamar os momentos de transição, de mudanças – eles também são bardos. Este viver é um treinamento em direção à liberação. Para alcançar essa conquista é preciso, na proposta budista, dissolver as marcas mentais ou marcas carmicas ( condicionamentos, fixações, apegos) . Mas...como detectar nossas marcas carmicas? É dito que os lamas são buscadores de marcas carmicas para nos oferecer oportunidades, fáceis ou difíceis, para dissolve-las. Esse é o caminho na tradição do Budismo tibetano, encontrar a luminosidade da liberação nas situações, sejam elas de desafio, doloridas ou do grande alegria. A marca carmica está onde nos sentimos fixados, onde tentamos exercer o controle, ou como exercemos o controle. Descobrir a marca carmica é descobrir os jogos em que estamos envolvidos e como nos deixamos envolver. Muitas vezes nossas ocupações e profissões, e como as exercemos, são grandes oportunidades para detectar e dissolver essas fixações. A cada contrariedade, a cada vez que perdemos a serenidade, está aí uma marca carmica ou mental, um condicionamento ou fixação – não importa qual nome faça mais sentido para você, o que importa é perceber que cada contrariedade mostra o quanto gostaríamos que a vida fosse do nosso jeito – mostrando através dos dramas que criamos, nossos aspectos infantis e imaturos. Por exemplo: uma chuva inesperada que te pega na rua, uma traição, um gasto ou um ganho inesperado, uma separação dolorida, uma premiação, a chegada de mais uma responsabilidade e por aí a fora.... Essas frustrações ou esses sustos, que nos acompanham é o que o Budismo chama de sofrimento, Duka. Essa é a primeira nobre verdade do Budismo: o sofrimento existe. Ou seja o sofrimento é resultado da ignorância, Avidya: interpretamos o mundo através de nossas memórias e reagimos como se elas fossem a realidade total.....a compreensão do mundo acontece no nosso cérebro através dos dados que foram “salvos” nele, não exatamente através da realidade total. Por isso cada um percebe as situações à sua moda....no seu ponto-de-vista. Bem....mas...para que serve esse trabalho de liberação das fixações? Qual o sentido disso? _no conceito de que fazemos parte de um todo universal, o sentido seria à medida que conquistamos essa liberdade, cuidar dos outros seres para, através do conhecimento, dissolver os medos, se desarmar e promover o encontro interno com a verdadeira natureza de cada um, a Sabedoria Primordial, e.... todos juntos construirmos uma cultura de paz. E como fazer para iniciar???? Treinar: A cada vez que a alegria sumir, se perguntar o que fez perder a alegria? Aí você vai descobrir um apego, uma fixação. E então... uma breve meditação: Pare, Respire, Relaxe, Sorria. Esse treinamento irá dissolvendo o poder das marcas mentais.