segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O tempo que resta

Acordar todos os dias não é tão óbvio.
Um dia isso não acontecerá.
A gratidão pela permissão de mais um dia em direção às soluções é um bom início de jornada; deveria ser sempre o primeiro pensamento.
No Budismo a sugestão de pensar todos os dias pelo menos 3 vezes na nossa morte não é uma atitude mórbida; é um alerta para
aproveitar cada dia para aprender mais e aliviar as dúvidas; faz parte da filosofia entender que entre os 6 Reinos(estados mentais) onde é possível renascer,
o reino dos homens é o único que oferece a possibilidade da verdadeira expansão de consciência em direção à compreensão dos fenômenos.

A música de Serge Reggiani, “ Le temps qui reste” pode ser também um hino a nossa valiosa vida humana.
Sugiro que leia o poema com o coração:

Le temps qui reste (récit)
Serge Reggiani

O tempo que resta




Le temps qui reste (récit)
Serge Reggiani

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O tempo que resta

Quanto tempo?
Quanto tempo ainda?
Anos, dias, horas?
Quanto?
Quando penso nisso, como me bate o coração.
Meu país é a vida.
Quanto tempo ainda?
Quanto?
Eu amo tanto o tempo que me resta.
Quero rir, correr, chorar, falar,
e ver e crer, e beber, dançar,
gritar, comer, nadar, saltar, desobedecer.
Eu não acabei, eu não acabei.
Voar, cantar, partir, voltar a partir.
Sofrer, amar, eu amo tanto o tempo que me resta.
Já não sei mais onde nasci, nem quando.
Sei que não foi há muito tempo… e que meu país é a vida.
Eu também sei que meu pai dizia…
“O tempo é como o seu pão,
Guarde um pouco para amanhã”.
Ainda tenho o pão,
Ainda tenho tempo, mas, quanto?
Quero brincar ainda, quero rir às gargalhadas.
Quero chorar rios de lágrimas.
Quero beber barcos inteiros de vinho, de Bordeaux e da Itália
Quero dançar, gritar, voar, nadar em todos os oceanos.
Eu não acabei, eu não acabei.
Quero cantar.
Quero falar até ficar sem voz.
Eu amo tanto o tempo que me resta.
Quanto tempo?
Quanto tempo ainda?
Anos, dias, horas, quanto?
Quero as histórias, as viagens.
Tenho tanta gente a ver, tantas imagens, de crianças, de mulheres,
de grandes homens, de pequenos homens, engraçados, tristes, muito inteligentes, bobos.
Que engraçado, os bobos me rodeiam,
Como as folhas entre as rosas.
Quanto tempo?
Quanto tempo ainda?
Anos, dias, horas, quanto?
Não me importo, meu amor.
Quando a orquestra parar, continuarei dançando,
Quando os aviões não mais voarem, eu voarei sozinho.
Quando o tempo parar, eu a amarei ainda.
Eu não sei onde, eu não sei como,
mas eu ainda a amarei.
Está bem?



Somos os autores da nossa vida

Como sempre, depende principalmente do nosso esforço pessoal fazer acontecer as mudanças na vida

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Moderno-contemporâneo-global

Existe algo mais moderno, contemporâneo do que ser global ?
Global nos sentimentos e motivações, solidário e ecológico sem alienação?

Existe algo mais global do que amizade?

A primeira das quatro meditações ilimitadas no Budismo é:

Que todos possamos estar livres do sofrimento e de suas causas!

Em outras palavras:

Que todos possamos viver com bondade amorosa e em amizade!

Uma forma interessante de fazer amizade, apreender as mudanças é nutrir interesse e participar do que outros pensam e fazem.

Seguir blogs: ler e escrever comentários, rever posições, manter a curiosidade sobre as realizações dos outros é abrir-se para o novo.

Os blogs impulsionam sair do nosso mundinho e expandir o conhecimento rapidamente.
Defrontar-se com o diferente é um exercício de tornar a mente mais flexível, livre de preconceitos e de fronteiras.

O texto abaixo de Marcelle Esteves está no blog do site www.comquebolsa.com.br onde, além de ser um passeio por uma galeria das mais elegantes, mulheres e homens viajam através do tema BOLSAS.
Participe também com seu comentário; ele ”dará voz” a um pensamento que,com certeza, coincide com o pensamento de varias pessoas.
Não há necessidade de ser escritor nem jornalista é simplesmente uma brincadeira “seria” de adultos.

Unindo vozes criamos consonâncias que fazem as mudanças e transformações porque de nada adianta só ficar reclamando.
Fazer rodas de amizades é abrir um caminho para a PAZ .

Parabéns à equipe do COM QUE BOLSA pela generosidade de nos presentear com momentos de satisfação e atualização.

Tijolos de vidro

Julio Cortázar, um ícone da literatura hispano-americana, traduz, em seu conto “Manual de Instruções”, seu estilo renovador, de quem quer se libertar do tijolo de vidro. Tijolo esse, representando as convenções, que são tão cimentadas na nossa vida, na nossa personalidade, como se fosse um chip implantado em nossa pele, sem mesmo percebermos. É na insatisfação de sabermos que há um outro olhar, por trás do vidro, que podemos contemplar.
Como no conto “Veneno antimonotonia” de Martha Medeiros, que nos chama atenção para a poesia da cow’s parade, as 150 vacas espalhadas por São Paulo em suas mais estranhas estampas e estilos tirando-nos um sorriso embutido (O que essa vaca tá fazendo na esquina dessa rua, gente?) e nos figurinos da Lady Gaga (Gente, óculos de cigarro aceso? Chapéu de telefone, roupa de bolhas?)
Tem também a coleção de bolsas da marca SAAD, inspirada nos Contos de Fada de Hanz Christian Andersen e dos Irmãos Grimm para a coleção Inverno 2010, que nos remete a nossa infância, onde todos esses valores e convenções nos foram ensinados ou aprendidos, como num brainwash mesmo.
Tento me lembrar das principais personagens dos contos de fada e seus figurinos. Na maioria das vezes, lembro-me de cestinhas, palha talvez.
Mas não li ou vi nenhum príncipe de bolsa. Tô errada? Tem o Robin Hood, mas a dele é de flechas. E de qualquer modo ele é um antipríncipe!
Será que é por isso que homem não usa bolsa?
Precisamos quebrar esses tijolos de vidro e inovar.
Marcelle Esteves

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Além do medo

Lendo um texto do livro “Emoções” da Bel César ( mãe de Lama Michel), encontrei a explicação que SS Dalai Lama dá para nirvana, nyang-de em tibetano:
“além da mágoa” que no contexto dos estudos da filosofia budista seria ir além do que provoca aflições da mente.

As aflições da mente provocam o estado de angustia; esse estado se caracteriza pelos medos que atormentam permanentemente.
Então alcançar o nirvana, estado de felicidade que todos almejam, seria ir para além dos medos.

Medo é a sensação de uma hipótese de desastre.
Sentir medo é comum a todo ser humano saudável; mas se deixar paralisar por eles é o que precisa ser transformado.
Cada vez que nos deixamos aprisionar pelos medos, nos defendemos das ameaças, mas também perdemos oportunidades
de experiências interessantes e reais que enriquecem o dia-a-dia.

Que medos sentimos?

Medo do fracasso
Medo de fazer coisas erradas
Medo da incerteza do futuro
Medo das punições
Medo das despedidas
Medo das criticas
Medo dos desafio
Medo da morte
Medo de perder
Medo de desagradar
Medo da mudança
Medo da imperfeição
Medo da solidão
Medo da pobreza
Medo da doença
Medo do corpo
Medo das ameaças
Medo de não sentir prazer
Medo da impotência
Medo da opinião dos outros
Medo de ter ou não ter filhos
Medo de se mostrar
Medo das pessoas
Etc etc etc

E o pior:
Medo de sentir medo.

Então... veja que bonito este trecho do mesmo livro:

“Cada vez que formos capaz de interiorizar e escutar nosso medo estaremos amadurecendo nosso potencial de coragem.
Ao reconhecer o medo diga a si mesmo:
_ Eu já te conheço e sei para onde você me leva, não quero mais te seguir.
Concentre-se, então, na intenção de expressar sua vocação(para o que você veio).E finalmente lembre-se: nem tudo que é aflitivo acontece –
90% dos nossos medos são hábitos, idéias preconcebidas. Mova-se para o futuro e confie nele!”



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terça-feira, 7 de setembro de 2010

De quem é a culpa?

*quem me fez passar por isso?
*quem é o culpado do meu problema?
*como posso mostrar que sou uma vítima injustiçada?
*ajudei tanto, por que agora estou sozinha(o)?
*como posso punir quem me traiu?
*por que os culpados parecem não receber castigos?
*por que comigo?
*por que não recebo o amor e a compreensão que mereço?
.....................................
Assim os tolos indagam.

Seria muito mais fácil encontrar os culpados.
Culpar os outros pelas frustrações é cômodo, muito cômodo, mas não resolve; só mascara ou deforma a realidade.

Essas perguntas disfarçam a verdadeira origem da dificuldade.
Somos co-responsaveis por tudo que vivemos, porque tudo que vivemos foi resultado de uma escolha pessoal.
Nem que tenha sido de escolher não mudar, de não escolher ou de aceitar a orientação do outro.
Isso vale pela escolha de uma refeição, um médico, uma viagem, uma decisão, uma filosofia de vida, um estilo etc.


Perguntas mais inteligentes e que realmente levam a solução, são peguntas corajosas:

*O que posso fazer para me livrar dessa aflição ?
*O que tenho feito para evitar aumentar o problema?
*Quem pode me ajudar?
*Qual minha responsabilidade no estou passando?
*Será que foi meu comportamento que provocou essa reação das pessoas?
*Como será que incentivei exatamente a forma como estou vivendo?
*Quais sementes plantei nos outros para que a vida chegasse desta forma?

Chegando perto das respostas fica mais fácil fazer as mudanças.

Sabe porque?
Porque é possível perceber como provocamos as sementes negativas nos outros;
ninguém gosta de ser permanentemente:

esnobado
criticado
testado
ameaçado
comparado
julgado
seduzido

A vida nos trata como nós a tratamos.
Nunca é tarde para perceber isso!

Sabe aquele velho ditado?

trate bem as pessoas na ida porque as encontrará quando voltar!!!!!!!!!!!!!!!É toda a verdade.


Como sempre, depende principalmente do nosso esforço pessoal fazer acontecer as mudanças na vida