Algo que não tem valor de troca nem de venda.
Algo que não dá para substituir e não é por seus predicados.
Algo que tem um “poder magico” que dá um prazer.
Que só cada um de nós sabe realmente explicar, ou pelo menos, tentar
explicar; uma sensação que não dá para transmitir.
Fetiche é aquele livro usado todo anotado e desfolhando.
Fetiche é aquela primeira roupinha amarelecida do bebe.
Fetiche é aquela caneta do hotel que não serve mais... mas
fica guardada cuidadosamente na gaveta.
Fetiche é aquele espelho ganho numa viagem de amor.
É o tapete que a mãe bordou e já desfia...mas continua no chão
ao lado da cama para não resfriar os pés.
É o caderno de receitas começado na adolescência e não vai
mais ser lido nem “cozinhado”.
A primeira pequena imagem de Buda ganha em homenagem ao fim da
jornada.
É a primeira escova de cabelo redonda comprada na lua-de-mel.
Objeto de Fetiche carrega a memória afetiva positiva e
prazerosa e carinhosa como um afago.
Por que esse objeto e não outro?
Em cada objeto fetiche desabrochou uma história.
Um amor singular.
Memórias de amor. O que essa coisa diz de mim? O que diz de
você com tuas coisas?
Assim se entende o que é a coemergência.
Uma saudade sem apego, sem medo de perder...apenas um espelho.