sábado, 25 de setembro de 2021

Objeto de fetiche é .....


 

Algo que não tem valor de troca nem de venda.

Algo que não dá para substituir e não é por seus predicados.

Algo que tem um “poder magico” que dá um prazer.

Que só cada um de nós sabe realmente explicar, ou pelo menos, tentar explicar; uma sensação que não dá para transmitir.

Fetiche é aquele livro usado todo anotado e desfolhando.

Fetiche é aquela primeira roupinha amarelecida do bebe.

Fetiche é aquela caneta do hotel que não serve mais... mas fica guardada cuidadosamente na gaveta.

Fetiche é aquele espelho ganho numa viagem de amor.

É o tapete que a mãe bordou e já desfia...mas continua no chão ao lado da cama para não resfriar os pés.

É o caderno de receitas começado na adolescência e não vai mais ser lido nem “cozinhado”.

A primeira pequena imagem de Buda ganha em homenagem ao fim da jornada.

É a primeira escova de cabelo redonda comprada na lua-de-mel.

Objeto de Fetiche carrega a memória afetiva positiva e prazerosa e carinhosa como um afago.

Por que esse objeto e não outro?

Em cada objeto fetiche desabrochou uma história.

Um amor singular.

Memórias de amor. O que essa coisa diz de mim? O que diz de você com tuas coisas?

Assim se entende o que é a coemergência.

Uma saudade sem apego, sem medo de perder...apenas um espelho.

 

 

sábado, 18 de setembro de 2021

Angustia do vazio

 


As lições e a vida ensinam que os apegos fazem sofrer; especialmente quando nos separamos ou queremos mantê-los permanentes, apego aos objetos, às pessoas, animais, casas etc.

Mas evitar apegos sem dor parece impossível.

Se você se entrega, não resiste e encara as sensações provocadas por um determinado apego vai descobrir que o que angustia é o medo do vazio.

Esse apego veio preencher de prazer um triste “vazio interno” ou.... ainda está preenchendo.....

Não brigue com as emoções e apegos que te afligem, você vai perder.

Acolher as sensações aflitivas pode clarear sobre as realizações que você adia.

Quando estamos envolvidos em um projeto que nos dá alegria, os desapegos doem e passam...dando lugar a outros apegos....rsrsrsrs....esta é a saga a que estamos presos...sorria e deixe passar....divirta-se com novos projetos simples.

 

sábado, 11 de setembro de 2021

Ponto final.

 


 

Hora de ir embora.

Terminar situações é uma arte. Terminar com auto-admiração.

Relacionamentos, trabalhos, empregos, crenças, voluntariados, endereços, romances.

Ou encontra uma desculpa (esfarrapada), ou foge, ou vai sumindo, ou encara com dignidade.

Regozijei e aprendi ouvindo a realização da amiga Graziela.

Voluntaria mega dedicada durante anos, cumpriu com elegância a missão de coordenar o CVV Santos e terminou sua missão e saiu e se despediu...sem deixar rabichos...encerrou o ciclo....agradecendo acertos e erros e encontros.

O maior ensinamento foi sua capacidade de manter a autonomia e o auto - reconhecimento, o que verdadeiramente importa.

Tudo isso para comentar quantas vezes estiquei as despedidas com medo de perder a importância do título, do lugar em que pensava ser indispensável, do medo do cancelamento, medo de ir embora .....esticando o mal-estar até não poder mais....fazendo-de-conta que está tudo bem.

E aí tentando entender o que tinha acontecido e lembrando a insistência nas situações....assistindo a postura da Grazi....percebi que tinham sido momentos em que me deixava escravizar pelo medo do abandono.

E me perdoei.

Atenção aos sinais de confusão porque os fatos decepcionantes são amigos!

Fim da alegria. Hora de agradecer e partir. Sem olhar para trás porque novo está chegando.

Parabéns Grazi!

 

sábado, 4 de setembro de 2021

De novo...?!

 


Você repete histórias?

Alguém do teu lado repete as mesmas histórias?

Com meus filhos quando repito, ouço: ”mãe você já contou isso...”

Por que será que repito?

Porque não sou escutada?

Ou...porque ainda não encontrei o sentido, a explicação e não ressignifiquei...

Uma coisa é certa, porque ainda não tomei a coragem de enfrentar minha parte de responsabilidade nessas histórias....e vou tentando me defender recontando de novo e de novo... tentando encontrar no outro a minha salvação.

Hora de deixar de ser covarde e encarar com carinho e delicadeza a verdade.

Moral da história: qual foi minha responsabilidade no que ainda me dói?

Que bom poder mudar o passado a partir do presente...e aprender para o futuro.

Até talvez... dar um toque leve em quem fica só repetindo suas mesmas histórias... encontrar um novo olhar...um novo passado.