sexta-feira, 25 de abril de 2014

Modelos Sociais no olhar da Roda da Vida

Fechando a Roda da Vida: Encerrando o estudo da Roda da Vida, levamos o entendimento do encadeamento das ações para outros campos, sendo causa e efeito tanto do sofrimento através do apego ao Falso Eu, como se ele existisse sozinho, tivesse a concretude que “sentimos” quando nos sentimos ameaçados, tanto da serenidade quando as ações são de não violência e solidariedade pensando em termo de NÓS. O texto anexo transporta a visão da Roda da Vida para a visão dos sistemas sociais e suas implicações futuras. A prosperidade é o desejo de todos: bem estar quanto saúde, educação, moradia, apoio na velhice e aos portadores de necessidades especiais. Além de uma morte digna e pacífica. A riqueza de alguns só seria justificada quando todos tivessem o básico garantido e as oportunidades de maior crescimento fossem socializadas. Na revísta Bodísatva por HENRIQUE LEMES Batalhas, fronteiras, discriminação, dominação. Palavras que se repetem nos livros de história da humanidade estudados no Oci¬dente. Verdade? Mentira? Mais que isso: as consequências deste ponto de vista são, a exemplo dos modelos sociais até então criados, fracassadas, para não dizer avassaladoras. Muitos já tentaram apontar caminhos para a construção de uma vida social digna de ser denominada "humana". Socialistas, anarquistas e - acreditamos - até mesmo os liberais, tinham em mente a solução, ao invés da complicação. E por que até hoje estes modelos de convívio social não deram certo? Onde está o "furo"? * Henrique Lemes é estudante de Ciências Sociais - bolsista CNPQ do Departamento de Antropologia - UFRGS. Este artigo teve a colaboração da -historiadora Raquel Rech . Nesta semana o texto “ Modelos Sociais” faz um espelhamento das nossas relações e pincela como dar nascimento a uma sociedade de paz.para recebe-lo escreva para artesdecura@netguest.com

sábado, 19 de abril de 2014

Roda da Vida, elos interdependentes ( continuação final )

Seguindo o entendimento ( baseado nos ensinamentos do Mestre Tich Nhat Hanh) dos 12 Elos interdependentes: 9 - Upana– Apego , ligação que acontece quando as sensações são agradáveis e nos tornamos escravos do objeto; representado por uma pessoa colhendo frutos. Eu me deixo levar (Sagitário) ª10- Bhava – vir-a-ser como desejamos algo fortemente, atraímos; é representado por um encontro, homem/ mulher, adulto/ criança (pela 2ª vez, como no 6ºelo) Eu me determino (Capricornio) 11- Jati- nascimento, desejamos com apego, atraímos e realizamos;é representado pelo nascimento do ser do projeto, do desejo Eu compartilho (Aquario) 12- jaramarana – velhice, morte, finais; representado por um defunto sendo carregado decadências. Eu transcendo (Peixes) Na correspondência com as casas astrológicas: 1ª ignorância– áries 2ª condicionamentos – touro 3ª consciência – gêmeos 4ª mente e corpo – câncer 5ª percepções dos sentido – leão 6ª contato – virgem 7ª sensação – libra 8ª desejo - escorpião 9ª apego – sagitário 10ª- planejamento- capricornio 11ª- compartilhar – aquário 12ª- transcender – peixes Rodando a roda da vida, dos condicionamentos: “A ignorância condiciona ações intencionais ( impulsos).As ações intencionais(impulsos)condicionam a consciência.A consciência condiciona mente e corpo.e assim por diante. Tão logo a ignorância se faz presente, todos os outros elos, já estão presentes também.cada elo contém todos os outros elos.como há ignorância existe ações intencionais( impulsos).Como há ações intencionais há mente/corpo; e assim por diante.”Thich Nhat Hanh A Roda da Vida mostra como o sofrimento nasce a partir da ignorância, ou seja do pensamento egoísta, separado autocentrado. No entanto, se for possível criar intenções positivas e conquistar a lucidez que substituam a ignorância,e seguir nas criações a Roda da Vida também será um caminho da construção de sabedoria, paz e transformações pacíficas. Se somos seres de apego, que sejamos apegados a impulsos solidários e amigos. O objetivo do estudo da Roda da Vida é tomar consciência das nossas escolhas, para fazer o futuro, seja uma vida, seja um projeto: escolhas que privilegiam o eu e o meu - a chamada ignorância- são sementes egoístas, impulsos de resultados conflituosos, porque negam a verdadeira natureza de todos os fenômenos que é a interdependência, que nada, nem ninguém existe separadamente. Escolhas que privilegiam o nós e o nosso, nutrem a natureza primordial dos fenômenos e pela interdependência e apóiam a prosperidade, o conforto e os benefícios de todos os seres, inclusive o nosso. A entendimento do encadeamento dos elos Roda da Vida nos liberta do apego ao eu e devolve autonomia porque nos desperta para o poder da ignorância do egoísmo de nossas ações de corpo, palavra e mente. Para receber textos complementares de “Mestres exemplares” para o entendimento da Roda da Vida escreva para artesdecura@netuest.com

sábado, 12 de abril de 2014

Roda da Vida, elos interdependentes ( continuação)

Seguindo o entendimento ( baseado nos ensinamentos do Mestre Tich Nhat Hanh) dos 12 Elos interdependentes e seus respectivos aspectos nos signos: 5 - São os 6 Ayatanas = 6 orgãos dos sentidos - representado por uma casa com 6 janelas - ( olhos, ouvidos, nariz, língua, corpo e mente) acompanhados de seus objetos de contato ( respectivamente:formas, sons, odores, gostos, objetos táteis e objetos da mente). Estes 6 ayatanas não existem fora de mente/ corpo, que é 4º elo anterior, mas são listados separadamente para enxerga-los com mais clareza. Quando um dos órgãos dos sentidos entra em contato (que é o 6º elo) com seu objeto, o faz através de sua consciência sensorial ( que foi o 3º Elo) – isso mostra como os Elos são interdependentes e como cada um contém em si os outros. Eu apareço ( Leão) 6 – Sparsha - Contato entre os órgãos dos sentidos, representado por um casal se abraçando ( seus objetos e a consciência sensorial). Quando olhos e imagem, ouvidos e som, nariz e odores, língua e gosto, corpo e tato, mente e objeto entram em contato surge a consciência sensorial , respectivamente: visão, audição, olfato, paladar, tato e formações mentais. O contato é a base das sensações, que está em todas as formações mentais. Eu controlo ( Virgem) 7- Vedana- Sensações geradas pelo contato , representado por um homem sendo flechado no olho; as sensações podem ser agradáveis, desagradáveis ou indiferentes ( misturadas), pela 2ª vez a cegueira (ignorância) aparece na roda porque neste momento das experiências a sensação de posse é reforçada. Eu me relaciono (Libra) 8- Trishna – Ânsia ou desejo. Representado por um homem segurando um copo de vinho - compulsões - o desejo será seguido pelo apego, pelo desejo ilimitado não controlado. Eu quero ( Escorpião) Na correspondência com as casas astrológicas: 1ª ignorância– áries 2ª condicionamentos – touro 3ª consciência – gêmeos 4ª mente e corpo – câncer 5ª percepções dos sentido – leão 6ª contato – virgem 7ª sensação – libra 8ª desejo - escorpião

sábado, 5 de abril de 2014

Roda da Vida - 12 Elos interdependentes(1,2,3,4)

– Elos Interdependentes (1,2,3 e 4 nidanas) Quando nos tornamos capazes de ver as causas que estão presentes nos efeitos e os efeitos nas causas, começamos a compreender a origem interdependente,e essa é a Compreensão Correta: tudo tem causas e condições e tudo gera efeitos formando um incrível rede. Como diz Mestre Thich Nhat Hanh, hoje poderíamos até usar no lugar de interdependência, inter-existir ou inter-penetrar. Os ensinamentos abaixo sobre a interdependência dos Elos são baseados no seu livro “A Essência dos ensinamentos de Buda” Os Mestres Sábios vivem em busca das causas dos sofrimentos para curar na origem; como no caso das enfermidades, eles tentam encontrar qual foi o susto que antecedeu os sintomas. A Roda da Vida é o mapa da origem das adversidades da vida.À medida que entendemos as inter-relações, aprendemos a lidar e transformar nossas atitudes para escapar da teia das felicidades ilusórias. Todos os ensinamentos do Budismo são baseados na origem interdependente dos fenômenos. Buda disse que há 12 elos na “corrente” da origem interdependente. Na minha visão pessoal, consigo ver as os Elos semelhantes às casas astrológicas – parecem ter as mesmas características, s mesmas fixações, o que faz crescer o entendimento desse exercício. Esses 12 elos ou casas são aspectos interdependentes tanto nas paisagens ou reinos que vivemos , nas situações ou nos aspectos da nossa psique. No final de cada explicação a “palavra chave” de cada signo será colocada em cor diferente. Obs. curiosa: no Budismo comemora-se o primeiro ano de vida do bebê 3 meses depois do nascimento, ou 1 ano desde; naquele momento, o casal vivia sob uma determinada na influência planetária. Essa consciência estaria retornando para uma vida nesse campo de energia; como se o signo de concepção mostrasse a missão dessa alma. O primeiro é Avidya = ignorância. Vidya significa luz, compreender, enxergar ou estar na luz. Avidya , significa escuridão, não enxergar, não compreender, escuridão, cegueira. De Avidya ( ignorância) surgem todos os sofrimentos. Esse elo é simbolizado por uma pessoa cega com uma bengala. A ignorância é como vemos as coisas, fatos, seres e todos os outros fenômenos separados de nós; como se nós e tudo o que vemos tivesse uma existência independente. Até conseguimos pensar na hipótese da nossa união com coisas prazeirosas, mas com as desgraças......fica mais difícil; no entanto... somos um Corpo Único, tudo o que aconteceu, acontece e acontecerá está interligado. Quem eu sou (Áries) O segundo é Samskara= ação intencional representado por um homem oleiro fazendo um vaso de barro.O barro exsite para todos mas cada um constrói o vaso segundo suas preferências e tendências são as formações mentais, condicionamentos, marcas carmicas, apegos à existência, motivações que trazemos das experiências anteriores, marcas genéticas da família pela qual nos atraímos.Quando a ignorância não deixa compreender essas causas aparecem raiva, irritação e ódio. Eu tenho (Touro) O terceiro é Vijnana=consciência a consciência individual e a coletiva, tendências, impulsos representado por um macaco que pula de árvore em árvore, de galho em galho seguindo suas atrações que quando são produzidas pelas visões errôneas provocam as escolhas enganosas. Eu escolho (Gemeos) O quarto é nama-ripa=nome e forma mente e corpo, representado por seres num barco sendo guiados por um timoneiro.Nama é o elemento mental e ripa o elemento físico do nosso ser condicionados pela nossa consciência – são objetos produzidos pela consciência tanto quanto as emoções aflitivas.Quando a ignorância escolhe o timoneiro fraudulento ou fraco estamos numa “má viagem” = “bad trip”. Eu cuido (Cancer) para receber o texto dos primeiros quatro elos do Grupo Shunya escreva pra artesdecura@netguest.com