Bem curioso....escrevi o texto
que você vai ler há 3 semanas; nem de longe imaginava que estava chegando a
hora da próxima despedida e que se fez urgente... inesperada ...
desavisada....da nossa amada salinha de encontros. Um luto...mais um
treinamento.
No Budismo sempre brincamos
quando falamos de Maharaja, dizendo que ele é aquele que nos traz a
impermanência e as mudanças, despedidas inesperadas.
É de grande importância
aproveitarmos esse movimento inevitável de Maharaja como caminho espiritual, ou
seja, aproveitar as adversidades como caminho espiritual.
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Quando a separação de uma pessoa querida é
inevitável, corremos o risco de nos abandonar e partir junto com ela. Como
resultado, nos sentiremos vazios e melancólicos, porque não temos a nós mesmos
para nos fazer companhia.
É preciso aprender a manter o
fogo de nossa casa interior aceso, para que encontremos o aconchego do calor
interno quando retornarmos "para casa" contando apenas com nós
mesmos. Assim como teremos que saber "voltar para casa" no momento de
nossa morte.
Sogyal Rinpoche, Mestre tibetano, certa vez em seus
ensinamentos disse: "Quando uma pessoa sente que recebeu tudo que gostaria
de ter recebido de alguém, deixa-o ir".
Fazemos luto de pessoas e fazemos luto de nossos doces sonhos
e de coisas queridas; para sofrer menos é bom se perguntar: o que é preciso
morrer dentro de mim para nascer nesta nova fase com força e confiança?