quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Causas e condições do destino




Se você quiser saber sobre teu passado, veja o que está acontecendo hoje.
Se quiser saber sobre teu futuro, veja o que está acontecendo hoje.
Assim disse Sidarta Gautama, o Buda, quando perguntado sobre o Carma.
As escolhas que fazemos são simultâneas aos resultados. Escolhas determinam resultados.
Na verdade, o que determina o resultado é a motivação através da qual fazemos as escolhas.
Os resultados chegam quando as condições propiciam as causas.
Por isso é que o Budismo afirma: tudo depende de causas e condições.
Somos responsáveis pelos resultados, nós e as condições que vamos escolhendo e encontrando.
Ninguém escolhe por nós.
 Não existe alguém fazendo nosso futuro, até se delegamos nossos caminhos a alguém foi porque permitimos isso, por comodismo; mas..... a conta é individual e chega sempre.
A construção da nossa história funciona como aqueles aplicativos tipo, WASE, GPS:
*na hora da escolha reconhecemos nossas limitações.
*”ouvimos” nossas motivações e escolhemos onde ir.
*ao colocar o destino, ele vai perguntar: de ônibus, a pé ou carro.
* no aplicativo, ele vai oferecer várias rotas e para cada uma o tempo que vai levar até chegar ao destino, você escolhe.
*se no caminho acontecerem desvios, o aplicativo oferecerá alternativas, mas o destino continuará o mesmo.
*durante o percurso o aplicativo dará avisos: ligue os faróis, buraco à frente, carro parado no acostamento, acidente à frente etc.
*educadamente perguntará: podemos ir agora?
Importante é observar que, como no aplicativo, o futuro é resultado de muitas escolhas que seguem o mesmo itinerário: motivação, escolha, decisão, início, rota, desvios e destino acontecem ao mesmo tempo.
O futuro está nas nossas mãos.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Um guia para viagem




Uma viagem que se aproveita bem o tempo disponível é aquela que compramos um bom guia atualizado das atividades que estão acontecendo naquele momento na cidade a ser visitada, alertas sobre cuidados, telefones de emergência, onde comer, local de conveniências, hábitos locais, farmácias e atendimentos médicos, endereços e principais atrações. É uma forma de otimizar o tempo e investir bem o dinheiro gasto.
Outra forma é contratar um guia experiente com referências.
No caminho espiritual, um guia vai ser muito útil; com sua experiência e pela empatia que sentirmos por ele vai oferecer as mesmas condições que descrevi.
Por isso não é tão fácil encontrar um guia espiritual; mas guias também podem ser temporários, tudo bem.
Encontro pessoas que dizem que querem autonomia que não precisam de um guia para dizer o que fazer....orgulho, total orgulho. Precisamos de professores para aprender de forma mais adequada. Ele ensina; ouvimos, refletimos e escolhemos agir ou não ou adiar.
O guia nunca pode ser uma ameaça.
O guia nos inspira com alegria, senão não é o nosso guia.
“Os guias espirituais são como um guia quando viajamos por região desconhecida, uma escolta aos atravessarmos lugares perigosos e um barqueiro na cruzada de um grande rio.”
Gampopa, filósofo tibetano do século XI.
Citação encontrada no livro “Tibet, no coração do Himalaia” de Claudia Proushan
Você já encontrou teu guia, ou guias?

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Para que meditar?




Há vários motivos para meditar: relaxar, diminuir o stress, aumentar o foco, diminuir a ansiedade, encontrar serenidade, render mais, até aumentar a possibilidade de alcançar objetivos. Tudo isso é possível com o que hoje tem o nome de mindfulness
Tudo bem, tá valendo.
No entanto na visão mais ampla, o propósito da meditação é despertar em nós a natureza da mente ampla como o céu e nos introduzir ao que realmente somos: consciência imutável além de vida e morte.
Gosto muito da inspiração que sinto quando ouço Lama Padma Samten citar que os ensinamentos levam a encontrar a natureza que não muda enquanto tudo muda.
Na calma e no silêncio da meditação é possível vislumbrar e retornar a natureza interior profunda perdida há tanto tempo por causa das confusões e distrações da mente atarefada.
Somos escravos do tempo e das mudanças. Nada é garantido totalmente. Tudo é incerto.
É essa insegurança que nos “mata e cansaço”.
Mas existe uma forma de escapar. Sente-se em quietude, em silêncio e na confiança da amplidão.
Calma de tudo resolvido.
O silêncio dos intervalos da fala e dos pensamentos.
A amplidão da queda dos muros.
E finalmente....o encontro com o lugar que não muda enquanto tudo muda.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Nas quedas da vida




“Todas as perdas e decepções da vida ensinam sobre impermanência, elas nos levam mais perto da verdade.
Quando você cai de uma altura grande, há apenas um lugar para aterrissar: o solo – o solo da verdade.
Se você tiver o entendimento que chega com a prática espiritual, a queda não é mais um desastre, é a descoberta do REFÚGIO INTERNO.”
Glimpse after Glimpse, ensinamento de 30 de agosto.