Com a passagem do tempo tudo no corpo vai mudando, se
dissolvendo (morrendo): células, neurônios, glândulas, pele, ossos...até as
expressões do rosto e opiniões mudam dependendo da nossa “lua”.
O que chamamos da nossa verdadeira essência básica é um
“continuum” de vida, é o que resta, é a base onde as aparências dançam, nada
além. Essa a explicação da filosofia budista.
Hoje as coisas estão bem, amanhã um susto, no outro momento a
solução, o humor vai mudando e assim vai a vida. De onde veem e para onde vão
essas mudanças, o que elas representam?
O que pode ser mais imprevisível do que nossos pensamentos e
emoções?
Você tem alguma ideia do que vai sentir ou pensar no próximo
minuto?
A mente pensante é tanto vazia quanto impermanente, é
transitória como um sonho.
Observe um pensamento: ele vem, fica e vai.
O passado é passado, o futuro ainda não surgiu, até o que você
está pensando agora já é passado. A única coisa que realmente temos é o AGORA.
Prestar atenção à respiração, observar os pensamentos passando
na mente e nas sensações dos sentidos SEM CONSTRUIR HISTÓRIAS e sem se deixar
arrastar por eles, é estabilizar na verdadeira natureza livre.
Isso é um meditação também.
(
seguindo ensinamentos de Sogyal Rinpoche)