Todos sentem vergonha.
A vergonha é um monstrinho que diz que você não é bom o
suficiente e a opinião dos outros é muito importante para que você seja feliz.
O que muda é como cada
um guarda suas vergonhas, como cada um as enfrenta ou esconde.
Vergonha do corpo, do trabalho, da casa, dos filhos, da falta
de cultura, da família, da doença, dos vícios, dos romances, do envelhecimento
de pouco ou muito dinheiro....é que sentir vergonha é humano.
Vergonha nos afasta da nossa verdadeira natureza, do nosso
valor pessoal, nos afasta da nossa história, cria uma farsa para provocar uma
boa avaliação dos outros.
Vergonha é a mãe do auto engano.
A vergonha nos afunda.
A vergonha é o pântano da alma, ela
machuca nossa verdadeira natureza livre; a vergonha nega nossa verdadeira
história.
Aí você silencia.... ou mente, ou agride, ou chora, ou
disfarça, ou sua, ou treme, ou a boca seca, ou sorri com aflição.
De nada adianta anestesiar as vergonhas com comida, compras,
drogas, bebidas, trabalhando demais, cuidando demais dos outros, da casa, com
escolhas arriscadas etc
É preciso coragem para dissolver as vergonhas.
A vergonha não gosta de ser contada, ela gosta de sigilo e
disfarces.
A vergonha não contada
se alastra e controla cada vez mais.
A vergonha adora os perfeccionistas, aqueles que foram criados
aguardando e se esforçando por elogios ansiosamente.
O perfeccionismo é auto destrutivo porque nada é perfeito.
*Um bom caminho é encontrar alguém para falar sobre a
vergonha; mas.... escolher a pessoa certa, que saiba ouvir sem julgar, que seja
flexível, alguém que te valorize, alguém que também saiba lidar com as próprias
sombras e que possa acolher tuas fraquezas e forças.
Falar sobre as vergonhas com a pessoa certa tira o poder delas
e devolve alegria.
*Cultivar refúgio na Fé, num credo na força da natureza:
um lugar de
mistério em que encontramos Coragem para acreditar no que não podemos ver e
Forças para nos libertarmos de nossos medos e incertezas.
*Cultivar o mantra pessoal: tudo bem ser quem sou! Tudo é
transitório!
*Respirar e expirar coragem: assumir nossa história pode ser
difícil mas nada é mais perigoso e triste do que desistir das descobertas, dos
encontros e da alegria.
*E repetir sempre a oração da serenidade:
“Que eu possa ter serenidade para aceitar o que
não é possível mudar.
Coragem para mudar as que podem ser transformadas.
E Sabedoria para entender as diferenças.”
Gratidão a Brené Brown pela inspiração para este
texto