quinta-feira, 25 de julho de 2013

O ótimo é inimigo do bom e outros pensamentos

O ótimo é inimigo do bom, Quem afirmou isso foi Voltaire, escritor e filósofo do sec. XVIII e cai bem para nossos acessos de perfeccionismo ou a neurose de esperar que os outros façam tudo certo, ou melhor, como nós achamos que seria o correto. E há outras idéias interessantes para refletir: ****Frases lidas no facebook: “Sou responsável pelo que digo, não pelo que você entende” para quando temos certeza que entendemos o que ouvimos “O que os olhos não vêem, a paranóia inventa”. Para quando criamos hipóteses e vivemos nas hipóteses “Nossos sonhos são à prova de balas” Para quando não percebemos como é cruel destruir os sonhos de alguém “O melhor indicador do caráter de uma pessoa é como ela trata pessoas que não vão trazer-lhe benefício algum” Para quando não seguimos a regra básica de que respeito é a única forma lícita de convivência E outras... “Sua visão se tornará clara somente quando você olhar para dentro do seu coração. Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, acorda.” ―Carl Jung Para quando colocamos a felicidade em objetos externos e na responsabilidade dos outros “No ciúmes há mais amor-próprio do que amor” Rochefoucauld Nas cenas ridículas dos nossos ciúmes “Quando você ama alguém, não pode esperar que essa pessoa faça as coisas da maneira que lhe agrada. Isso seria o equivalente a amar a si mesmo”Swami Prajnanpad Quando deixamos nossa criança interna mimada tomar conta da cena E para quando a preguiça bate à porta....... “Sucesso é poder dar a si mesmo tempo para fazer o que se quer” Ambrose Bierce “Dicionário é o único lugar que o sucesso vem antes do trabalho” Ambrose Bierce “Cerca de 80% do sucesso é dar as caras” Woody Allen E para quando temos medo de “estragar” alguém com muita generosidade... “Aquilo que se faz por amor está sempre muito além do bem e do mal” Friederich Nietzsch ........................ E.... que seja uma inspiração para que percebamos nossas preocupações, conquistas e todas as experiência tão insubstanciais como os tecidos dos sonhos durante a noite... “ Manifestei um corpo de sonho para beneficio de seres de sonho imersos em sofrimentos de sonho, eu não vim, eu não vou” Buda Sakyamuni

sábado, 20 de julho de 2013

No outro da medalha tinha uma estrela

Nada é totalmente bom nem ruim. A emoções também. Descobrir o lado positivo das situações é uma forma inteligente de viver ou pelo menos, mais otimista. Transformar emoções aflitivas em operantes = catalizadores É uma questão de como lidar com as emoções. A raiva pode envenenar, mas também é uma força que pode levar à ação para superar obstáculos. A raiva também na mesma medida que cria alvos, também como desperta urgência, pode criar foco, clareza e eficácia. O desejo ilimitado é “escravizante” porque é irmão da ganância e primo da posse, mas o desejo por si só é motivador e a mola das descobertas. O orgulho pode obrigar o uso dos disfarces mas também pode ser uma forma de criar auto-confiança e firmeza. A inveja pode deixar de ser um índice de incompetência e insatisfação para ser um sinalizador de soluções, uma fonte de inspiração. A percepção da ignorância e dos preconceitos pode deixar de ser um fator limitante para ser um trampolim para uma caminho de flexibilização, aprendizado e expansão de consciência. É possível superar o lado tóxico das emoções e utilizar as facetas positivas desses movimentos internos dos condicionamentos mentais. Porque as emoções são condicionamentos mentais aprendidos. O que é negativo nas emoções é o papel ocupado pela auto-importância de um Ego mal construído – um eu ilusório, que se acredita importante. A emoções aflitivas são filhas dos medos e quando provocam fixações criam dependências como garantias de importância. Assim as emoções pode ser limitantes ou libertadoras, é uma escolha e uma decisão – basta mudar de ponto-de-vista. Uma das técnicas é olhar as situações com bom-humor e fazer dessa troca – emoções aflitivas por catalizadores – um jogo. Experimente “pegar” raivas, invejas, culpas, insatisfações, certezas e descobrir o lado positivo delas - pode ser divertido e uma porta para a liberdade.

sábado, 13 de julho de 2013

Quando a coceira incomoda

Às vezes até dá uma preguiça de tentar se transformar.... Parece que o tema “ deixa a vida me levar” parece tão mais fácil.... Mas...quando não fazemos escolhas e mudanças, alguém ( ou a própria natureza) faz por nós. A sensação é que o caminho do prazer prece tão mais interessante: Dizer o que vem na cabeça Comprar o que der vontade Evitar os medos Tomar todas, comer tudo Fazer parte do grupo preguiçosos.com Etc etc Como dizia uma amiga: se o Ibama aparecer em casa minha família vai ser presa por manter um bicho preguiça em extinção ( eu) em casa... Crescer, transformar-se dá trabalho, parece tão complicado ! Mas também ser escravo dos desejos tem conseqüências tão desastrosas !!!! É uma situação, tanto de uma lado como de outro atormentadora. O projeto de auto-reconstrução, auto-regeneração começa por exercícios de auto-controle. Ou seja, de comando e controle em cima do Ego dominador. Sabe.. aquela historinha do anjo bom e do anjo mal? O desejo ilimitado escraviza porque dá trabalho realizá-lo, mais trabalho ainda mante-lo e aumentá-lo ( na tentativa de garanti-lo)torna-se uma obstinação. Como o poder: difícil chegar lá, mais difícil ,ainda é mante-lo e para garanti-lo ...quantas concessões é preciso fazer???? Prazer de conquistar não é felicidade; felicidade é serenidade. Isso é vida???? O Lama Mathieu Richard dá um bom exemplo sobre a perda da liberdade produzida pelos desejos ilimitados: Um exemplo clássico é a coceira. Queremos instintivamente aliviá-la, coçando-nos. Esse coçar é certamente agradável no instante em que o fazemos, mas a coceira não tarda a voltar. Mais irresistível do que nunca, e acabamos por voltar a nos coçar – até sangrar. Confundimos coçar com curar. Quando decidimos não nos coçar mais, apesar do forte anseio que persiste, não é porque a vontade não esteja presente, mas porque aprendemos com a experiência que isso leva à dor e que se deixarmos acalmar o fogo da coceira, o tormento logo passará. Não se trata de uma repressão doentia, nem de uma questão moral ou de princípios, mas de uma ação inteligente em que preferimos um bem-estar durável à alternância entre alívio e dor. Trata-se de uma medida prática, baseada na análise e o bom senso. O filósofo indiano do sec. II Nagarjuna, resume esse processo: “é bom coçar-se quando vem a coceira, mas é melhor quando ela não vem. É bom satisfazermos nosso desejos, mas é melhor quando nos livramos deles”. O principal obstáculo a essa liberdade é nossa resistência a toda forma de mudança interior que acarrete esforço. Preferimos declarar corajosamente: “ Quanto a mim, escolhi me coçar.”

domingo, 7 de julho de 2013

Quando nos fechamos em clausuras

Em momentos de grandes decepções ou desesperança muitas vezes entramos em clausuras. São momentos de tristeza profunda, em que precisamos de silêncio e solitude. Tudo bem; mas cuidado!!! tem que ter dia para terminar e sair. Lembro de uma tia avó farmacêutica, mulher muito bonita e de personalidade forte,que sendo noiva, foi traída, se fechou na clausura de um convento do interior de São Paulo e lá morreu tuberculosa aos 33 anos. E seu noivo? Casou, teve filhos e teve uma boa vida. Há vários tipos de clausuras, além dos claustros. Clausuras de se fechar para o amor, dos vícios ( drogas, compras, sexo fácil, trabalho demais, esportes etc), de moradias retiradas, de longos silêncios – sempre emoldurados por desculpas e explicações. Clausuras que se transformam em prisões. Na clausura convivemos com nosso fantasmas sem ninguém pra incomodar, mas também ficamos reféns do passado. É até cômodo, porque aparentemente, nada é cobrado, até também, aparentemente, é um caminho heróico. Mas não tem nada de cômodo, muito menos de heróico porque a vida anda, a vida continua ...“apesar de você amanhã há de ser outro dia”. Nessas clausuras intolerantes e prolongadas há uma boa dose de mimo: “ eu não merecia isto!!!”. Por que ? porque você é especial? Uma grão de areia mais destacado no deserto? É, isto sim, um momento regredido da criança interior desamada. A verdade é que somos fundamentalmente interdependentes das outras pessoas e do ambiente; fugir não resolve nosso conflitos. A saída como sempre, é reconstruir a auto-confiança, valorizar-se e seguir em frente. A vida é assim mesmo, encontros, desencontros, conquistas, perdas. Abaixo a auto-piedade!!!!