quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
A verdadeira natureza
O que buscamos encontrar?
Quem buscamos encontrar?
Com certeza algo ou alguém que nos faça rir e que nos prometa a liberdade.
Difícil....
Na verdade penso que é preciso sermos nossa melhor companhia.
E para isso precisamos conhecer nossa verdadeira natureza. Nossa natureza livre e luminosa.
“Em tibetano chamamos a natureza essencial da mente Rigpa – primordial, pura, consciência intocada - que é ao mesmo tempo inteligente, consciente, radiante e sempre desperta.. essa natureza da mente, na sua essência mais íntima, é absolutamente e sempre intocável pelas mudanças ou pela morte.
No presente está escondida dentro de nossa própria mente, nossa SEM, envelopada e obscurecida por nossos pensamentos e emoções apressados.
Assim como nuvens podem ser deslocadas por rajadas de vento para revelar o sol brilhante e o céu aberto, assim, sob certas condições, algumas inspirações podem descobrir para nós vislumbres dessa natureza livre e luminosa da mente.
Esses vislumbres possuem diferentes profundidades e graus, mas todos poderão trazer alguma luz e compreensão, sentido e liberdade.
Isto acontece porque a natureza da mente é a verdadeira raiz para a compreensão.”palavras de Sogyal Rinpoche
Como encontrar esses vislumbres?
Nos ensinamentos de grandes Mestres e no silêncio quieto da meditação.
Desde que a consciência do momento presente é o Buda verdadeiro,
Na abertura e contentamento eu encontro o Lama no meu coração.
Quando percebemos essa mente natural infinita isso é a verdadeira natureza do Lama,
Então não há necessidade de apego, avidez ou preces chorosas ou queixas artificiais.
Simplesmente relaxando, no estado aberto, natural e descontraído,
Obtemos as bênçãos da auto-liberação sem objetivo aconteça o que acontecer.
Dudjom Rinpoche
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
O mar ensina
O oceano é um Mestre.
Olhamos a vida e vamos buscando respostas; algumas chegam, outras não vão chegar nunca.
Faz parte dos mistérios da vida... vamos nos acostumando com as decepções e expectativas frustradas. Porque na verdade queríamos viver um conto de fadas...uma mentira prometida quando éramos crianças ingênuas.
Com os anos deslizando vamos aceitando com mais delicadeza o correr do rio da vida; aprender a lidar com os finais e recomeços permanentes, na impermanência, é uma sabedoria reconfortante.
Todos os encontros e desencontros, todas as situações vividas, conflitos e vitorias, calmas e aflições, luares e solares, são apenas ondas no oceano da vida.
Quando as ondas nos pegam, importante é manter a calma e se deixar levar pela correnteza para sair pelo outro lado.
Quando capturei o ensinamento das ondas do mar, que o oceano é muito maior e mais calmo que suas ondas pequenas ou altas, encontrei uma reflexão aliada e uma amiga incondicional para os tempos de tempestades e calmarias:
“A onda no mar parece ter, de um lado, uma identidade distinta, um começo e um fim, um nascimento e uma morte; visto por outro lado a onda na verdade não existe, é simplesmente um comportamento da água, vazia de qualquer identidade separada mas cheia de água. Portanto quando você pensa sobre a onda, você compreende que foi algo que se formou possível temporariamente pelo vento e pela água e é dependente de uma serie de condições mutáveis constantemente. Você também percebe que cada onda está relacionada com cada uma das outras” Sogyal Rinpoche
E assim vamos remando, nadando e... boiando sempre que possível.
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