segunda-feira, 18 de junho de 2012

No fim do pacote das bolachinhas

As expressões variam: Última bolachinha recheada do pacote A última coca-cola do deserto Ararinha azul em extinção A gente “se achando” os insubstituíveis.... E você deve conhecer ainda outras... E quantas vezes essa é a sensação quando nos sentimos atacados ou “feridos”. Aqueles momentos em que vem aquela idéia ridícula: “ como ele(a) acha que tem o direito de me tratar assim?!!!!!” Como o motorista de trás tem a coragem de buzinar no amarelo???? Ou aquela vontade de alertar:”sabe com quem está falando?” Aqueles momentos em que o mundo deveria girar a nossa volta; de nós e de do astro rei Sol...... Quando será que começamos a criar o auto-engano ridículo que somos o centro do mundo????? Como será que os pais ensinam isso a seus filhos?????como será que os filhos aprendem isso de seus pais????? Aprender que não somos, nem nunca fomos o centro do mundo, alivia bastante a necessidade de fazer o papel de ser o centro do mundo. Pensar que todos estão me olhando, dando importância à minha vida ou me sentindo mais importante do que realmente sou é bem pesado: como se o mundo me devesse a felicidade e a tranqüilidade. Precisar acompanhar ansiosamente todas as novidades, ter opinião sobre tudo, conhecer os lugares descolados, saber lidar com andróides, nuvens, I-pads, I-pods da Terra, ver todos os últimos lançamentos de filmes e sorrir.....sorrir sempre como se fossemos viver para sempre jovens e brilhantes. E.... como ninguém consegue....que solidão, quanto drama.....inútil. Acredito que já bem bastaria viver cada dia no seu dia, cada coisa desse dia no seu tempo. Domingo o violonista menino-genio Iamandú Costa no encerramento do Jazz Festival de Santos começou seu show avisando: “mais uma vez vamos fazer lindamente este espetáculo como se fosse o último” E assim deveria ser viver cada dia: como se fosse o último e quiséssemos deixar boas lembranças. Apenas isso.... sem precisar se sentir especial, porque.....não somos.

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