domingo, 6 de janeiro de 2013

Retornando....primeiros passos.

Nas histórias que são contadas durante os ensinamentos ouvimos questões breves que podem se transformar em reflexões profundas sobre nossa essência, nossa natureza primordial: *Como dar oportunidade para uma gota de água não desaparecer? _ jogá-la no imenso mar. *Somos como a água dentro de uma garrafa tampada que bóia no mar, esperando que a garrafa se quebre e nos dissolvamos na imensidão do oceano; nesta situação o que nos aflige? _Ou é exatamente isso que dá a sensação de acolhimento e alivio? *se, como a ciência afirma, nossa galáxia será atraída e absorvida pelo sol, como será a paisagem da última gota a evaporar? _a água se dissolverá no calor do fogo, o fogo se dissolverá nos ventos e os ventos silenciarão no infinito espaço. Em busca de respostas e sentido para nossa breve existência, encontramos pelo caminho angustias e também muita coisa interessante ; entre essas descobertas, o encontro com o mágico silêncio interno. A meditação silenciosa, tanto com foco na respiração, tanto na concentração sobre as sensações oferecidas pelos órgãos dos sentidos ( tato, olfato, paladar, visão, audição, ondas de pensamentos) treina a calar a tagarelice da mente e ficar em contato o silêncio interno. O silêncio interno é o momento de maior intimidade pessoal que podemos alcançar, talvez por isso resistamos tanto a parar e silenciar. A mente é como um lago; os pensamentos que correm por ela, são como pedras atiradas formando inúmeros círculos que deformam os reflexos. Quando nos imobilizamos e silenciamos a mente, os pensamentos se aquietam, as ondas somem e é possível perceber com mais clareza a realidade. Que o contentamento pelas nossas descobertas se espalhe em todas as direções e toque a todos; que os Mestres tenham longa vida, que possamos sempre estar perto deles no caminho em direção à lucidez e à liberação da ignorância.

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