quinta-feira, 30 de abril de 2015
Quando os desastres acontecem
Voltei com a noticia do terremoto no Nepal.
Ouvi comentários do tipo: “mas num país tão espiritualizado, como isso aconteceu?”
“ e o Dalai Lama ? como explicou essa catástrofe ?”
Nessas horas, como é dito no Budismo, que Maharaja se manifesta ficamos sem respostas.
Da mesma forma que a morte de uma pessoa famosa torna-se notícia nas manchetes ; por que?
Porque na nossa ingenuidade nos lugares e com as pessoas que conseguiram realizações importantes (espirituais e/ou financeiras) o sofrimento não chega, ou chega pouco.
É isso que assusta: verificar que nada é garantido, que ninguém escapa dos sustos da vida.
A vida é preciosa e pode acabar de repente; então...importante é fazer de cada dia um dia com novos aprendizados e que sejamos , a cada dia, uma ponte para fazer sorrir, pelo menos, uma pessoa.
Falando da viagem: encontrei muito forte nos EUA, tanto no Texas quanto em Nova York, o movimento para manter a cultura tibetana e o Budismo vivos.
Nas livrarias inúmeros livros na tradição do Dalai Lama que eu desconhecia, vários centros de Dharma, espaço para meditação e museus.
O Museu em NY que mais impressionou fica perto da Tibet’s House, o Rubin Museum of Art, um belo espaço dedicado à Arte Himalaia. Comprei até uma pulseira feita numa ONG por mulheres do Nepal....
http://rubinmuseum.org/
Encontrei nesse espaço vários grupos de crianças com seus professores leigos estudando o significado do altar, das imagens e das mascaras assustadoras. Estavam se divertindo , depois de compreender que as mascaras funcionam como nossos próprios reflexos no espelho, reflexos das emoções perturbadoras e estavam criando suas próprias mascaras!!!!!! Aproveitei a aula também.....
Fiz compras na loja “The Land o Budha” e conversei com o proprietário Nepalês sobre a situação do Nepal; ele comentou alguns aspectos e estava feliz com a situação prospera de seu país que havia deixado há 15 anos.....
Numa sociedade, com a americana, tão, mas tão assustadoramente consumista!!!!!, consegui encontrar nas sangas budistas ilhas de simplicidade, sorrisos desinteressados e propósitos altruístas.
Estava com saudade do Brasil, de Santos, dos nossos encontros, da simplicidade em que vivo, sem a obrigação de gratificar cada gesto, podendo até olhar nos olhos de desconhecidos, de tocar as pessoas sem ameaças, de ter espaço para oferecer a ajuda quando alguém precisa.
Foi bom observar uma parte os trabalhos no Budismo que estão sendo feitos fora daqui e sentir o movimento que estão tomando.
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