quinta-feira, 18 de junho de 2015

E... se o corpo não colaborar?

Tudo programado para o dia seguinte e aí você acorda e o mundo gira.... Vai passar: água gelada, respira, fixa o olhar num ponto e... nada... A cabeça continua a girar e não basta a vontade de seguir em frente, de vencer o desconforto falta de equilíbrio. Apenas uma crise de labirintite. E aí não tem como, as necessidades do corpo te colocam para parar. Ligar para todos e avisar (com certa vergonha): “preciso parar, não vai dar para cumprir a agenda.” Ficar sem fazer nada, sem estudar, sem ler, sem ver televisão, baixar os sons, calar, comer nem pensar. Se dar um tempo... Percebo que não sei o que é pior, o desconforto de não estar com equilíbrio físico ou ter que ficar em casa quieta...sem conseguir me defender do mal estar. Apenas...seguindo um dos conselhos do Lama de procurar entender a origem das doenças. Na orientação da medicina tibetana é sugerido lembrar qual a situação que assustou um pouco antes de adoecer. Isso já descobri. Mas não basta. Só entendo que ainda me deixo arrastar por certos tipos de medos. De onde será que vem a falta de permissão (interna) de me deixar curar descansando? De onde vem a imposição de nunca falhar aos compromissos? Será que você imagina a quem eu estaria agradando ou evitando decepcionar? .............................................................. Já há 2 anos separados fisicamente, meu pai continua mais vivo que nunca na minha mente-coração!!! O pai que só vi ficar na cama doente 2 vezes em 62 anos: quando operado do coração e, anos depois, no seu final. e...volta sua voz: “filha, não me decepcione!” ............................................................. Então...vamos deixar a criança mimada de lado e brincar de ser adulta: *Não sou eu que estou doente, é meu corpo que precisa de cuidados e descanso para continuar a seguir como um bom suporte. *Posso sim parar, todos podem ! *ficar doente não torna ninguém melhor ou pior. * tirar o poder da situação: será que daqui a 50 anos alguém vai se lembrar deste episódio? *as vontades bem intencionadas das autoridades de infância que eu admirava, como meu pai, eram deles – apenas deles. *eu sou minha própria autoridade porque vivendo comigo 24 horas por dia, eu sei de mim. Ou...pelo menos deveria.

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