sexta-feira, 29 de abril de 2016

Contentamento é uma boa direção

Vivemos momentos ou épocas de satisfação e outras de insatisfação. Na satisfação, a inquietação pode ser medo de perder essa condição. Na insatisfação, a inquietação pode ser aversão e expectativa por momentos melhores. Medo e expectativa: mães perfeitas do stress. Nos dois casos, uma corda bamba; e assim a vida vai: momentos de grande alegria e sucessos lá no pico, momentos de decepção e frustração lá embaixo. Um sobe e desce contínuo, as incoerências do Samsara diria o Budismo. Mas existe um terceiro lugar: o contentamento. O contentamento não é forte alegria, nem neutralidade; contentamento é cultivar um olhar de interesse pela situação, observando suas mudanças, tentando se tornar um detetive em busca da positividade da situação. Gosto da ideia de admitir que os momentos difíceis são resultados do que plantei e que, se estão se manifestando, também está sendo uma oportunidade dessa semente terminar seu ciclo. Pode ser complicado viver a dificuldade mas cada dia é um dia mais perto do final desse ciclo e o contentamento vem da curiosidade pelo que virá. Aí, a morte dessa semente vai abrir espaço para novidades. Depois dos finais chegam as novidades. Fico imaginando que o susto de cada dia é como uma casca ruim que vai soltando e se dissolvendo pelo caminho e a garantia de momentos melhores vai depender das intenções e ações solidarias do que se semeia a cada momento.

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