quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Por falar em depressão


Por falar em depressão

Nos mais variados lugares a gente encontra alguém sofrendo com depressão.
Você já passou por esse sofrimento?
O final do ano é o momento do ano preferido para várias crises desse sofrimento; às vezes, também, nos aniversários.
Mal do século.....????
Fica sempre a questão: depressão, vai do corpo para mente ou da mente para o corpo?
Existem tantos quadros quantas pessoas com depressão.
Às vezes alguém que até parece alegre e animado é depressivo; nem sempre o depressivo segue a estereotipia dos ombros curvados, lábios inclinados para baixo, deitado, choroso etc
Depressão é um transtorno que não tem idade para surgir e há necessidade do acompanhamento de profissionais qualificados porque existem vários tipos de tratamento.
O sintoma mais comum é desânimo sem fim resultado de desequilíbrio bioquímico do cérebro, a diminuição de neurotransmissores como a Serotonina, responsável pela sensação de bem-estar e alegria. Mas também pode aparecer como cansaço extremo, irritabilidade, angústia, ansiedade, baixa autoestima, insônia, desinteresse por coisas que antes davam prazer, pensamentos pessimistas ou recorrentes sobre morte, suicídio, doenças, dificuldade para se concentrar, comportamentos compulsivos, dificuldades sexuais, sensação de incapacidade para realizar as tarefas diárias comuns.
Mas o sintoma também pode ser a preguiça. Preguiça de vários tipos. Tipo torpor, apatia.
Aliás a preguiça é irmã gêmea da depressão.
*Preguiça de deixar para amanhã e acumular tarefas, adiar arrumar a bagunça, guardar coisas desnecessárias para resolver depois.
*Preguiça de se desculpar com falta de competência pela idade, desconhecimento, força etc...desculpas, desculpas, desculpas. Uma eterna auto desconsideração.
*Preguiça tipo autoengano e esperar que outro faça as tarefas ou...fazer malfeito.
*Preguiça de buscar um “monte” de ocupações, se sentir sobrecarregado, estressado, usando o tempo para se distrair do essencial. Ou preenchendo o tempo com atividades, pensamentos e falas inúteis, tipo comer demais além da fome.
A preguiça é, principalmente, falta de generosidade.
A generosidade pode ser o primeiro passo para cura: pensar na necessidade do outro, ser útil, nem que seja ajudá-lo a levantar de um tombo.
Mas nem sempre é fácil fazer surgir essa vontade altruísta.
E isso é grave!
Não é tão simples escolher não ficar triste; não basta “um tanque de roupa para lavar” ou um “mundo” de gente passando mal, ou o meio ambiente sendo atacado mortalmente, ou um parente próximo precisando de atenção....
Não é tão simples escapar da infelicidade crônica.
A depressão também pode incitar modificações fisiológicas provocando a diminuição da imunidade e aumento de processos inflamatórios, fatores de riscos para outras doenças.
Sem contar que a companhia de uma pessoa sofrendo de depressão é bem difícil!!!!
Existem vários meios para tratar a depressão, mas o fundamental é que a pessoa reconheça seu estado.
A primeira Nobre Verdade ensinada por Sidarta Gautama, o Buda é que o sofrimento e as dificuldades fazem parte da vida.
A segunda Nobre Verdade é que o sofrimento tem causas.
A terceira Nobre Verdade avisa que isso pode ser mudado.
A quarta Nobre Verdade avisa que existe um caminho
Claro que melhorar o a forma de cuidar do corpo e procurar ambientes mais saudáveis é básico..
O grande desafio e mais profundo é superar os 3 venenos :
1 – as duvidas
2 – o autocentramento
3 –  desejo ilimitado
Mas existe também, na visão budista, a influência do carma.
Carma é o resultado das ações positivas ou negativas.
Positivas =solidarias.        
Negativas = egoístas.
Mas a boa notícia é que o carma pode ser mudado mudando a atitude mental; existem vários grupos de estudo para treinar  a visão apreciativa.
Se conhece alguém com depressão ajude essa pessoa não se render....tente!
E....é bom acreditar que tudo passa...... é bom lembrar a certeza que “o inverno nunca falha em trazer a primavera”.
Agradeço Fabiola do canal “Fabi por aí” a inspiração para escrever este texto através de seu depoimento.



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