quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Morreu meu primeiro amor



Luís morreu aos 90 anos, de causas naturais.
Mas isso aconteceu há muiiiiitos anos; isso..... o encontro com o amor.
Na verdade, o que pensava que era amor; um amor adolescente, platônico.
Era aquela sensação nova que não era amizade, era além; era uma sensação quentinha que fazia sonhar.
Naquela época eu pensava que era uma história; não sabia que era algo que só existia em mim.
Não sabia que amor é uma sensação que alguém, humano ou animal, ou vegetal, ou sagrado faz brotar dentro da gente.
Não sabia que a gente não ama alguém ou algo; a gente ama a sensação que esse ser nos faz sentir. Durante um tempo ou por muito tempo.
Afeto, amor, raiva, saudade, medo não existem em nada, nem em ninguém....existe em mim.
Amar, ou outra sensação, positiva ou negativa, existe dentro de nós e pode ser despertada por uma lembrança, por uma visão, por um pensamento. E...pode ser compartilhada.
Mas há 55 anos atrás eu não sabia disso e cada vez que Luís Vieira cantava, declamava, poemava, ria ou chorava ou contava suas histórias de uma terra desconhecida, o sertão...eu me encantava.
Luís Vieira foi meu primeiro amor; ele me ensinou o que é ternura. A ternura que existe em mim.....
O que teu primeiro amor te ensinou?
Se você não conhece, abaixo compartilho 2 de suas músicas.
Paz do meu amor
Você é isso: Uma beleza imensa.
Toda recompensa de um amor sem fim.
Você é isso: Uma nuvem calma
No céu de minh'alma; é ternura em mim.
Você é isso: Estrela matutina,
Luz que descortina um mundo encantador.
Você é isso: Parto de ternura,
lágrima que é pura; paz do meu amor.
Você é isso: Parto de ternura,
lágrima que é pura; paz do meu amor.
Prelúdio Para Ninar Gente Grande

Quando estou nos braços teus
Sinto o mundo bocejar
Quando estás nos braços meus
Sinto a vida descansar
No calor do teu carinho
Sou menino passarinho
Com vontade de voar
Sou menino passarinho
Com vontade de voar


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