sábado, 23 de outubro de 2021

Hora de fazer o luto

 


 

Bem curioso....escrevi o texto que você vai ler há 3 semanas; nem de longe imaginava que estava chegando a hora da próxima despedida e que se fez urgente... inesperada ... desavisada....da nossa amada salinha de encontros. Um luto...mais um treinamento.

No Budismo sempre brincamos quando falamos de Maharaja, dizendo que ele é aquele que nos traz a impermanência e as mudanças, despedidas inesperadas.

É de grande importância aproveitarmos esse movimento inevitável de Maharaja como caminho espiritual, ou seja, aproveitar as adversidades como caminho espiritual.

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 Quando a separação de uma pessoa querida é inevitável, corremos o risco de nos abandonar e partir junto com ela. Como resultado, nos sentiremos vazios e melancólicos, porque não temos a nós mesmos para nos fazer companhia.

É preciso aprender a manter o fogo de nossa casa interior aceso, para que encontremos o aconchego do calor interno quando retornarmos "para casa" contando apenas com nós mesmos. Assim como teremos que saber "voltar para casa" no momento de nossa morte.

Sogyal Rinpoche, Mestre tibetano, certa vez em seus ensinamentos disse: "Quando uma pessoa sente que recebeu tudo que gostaria de ter recebido de alguém, deixa-o ir".

Fazemos luto de pessoas e fazemos luto de nossos doces sonhos e de coisas queridas; para sofrer menos é bom se perguntar: o que é preciso morrer dentro de mim para nascer nesta nova fase com força e confiança?

 

 

 

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