Entre os comentários pela morte do interessante escritor português José Saramago na semana passada, foi publicada sua fala sobre quando ganhou o prêmio Nobel de Literatura em 1998:
"Estava no aeroporto prestes a embarcar quando chegou a notícia de que tinha ganho o Prêmio Nobel. Houve um momento de alegria, os meus editores de Madrid, que estavam comigo, abraçaram-me. Depois encaminhei-me na direção da saída e, por mais estranho que pareça, era um corredor muito comprido e deserto. Eu com a minha malinha de mão, com a minha gabardina no braço, passei de repente da alegria enormíssima da notícia que tinha recebido, para a solidão mais completa. Naquele momento a sensação que tive, claro que eu dava por mim numa grande alegria, era uma espécie de serenidade: pronto aconteceu", afirmou o escritor sobre o prêmio.
Metas alcançadas - provas, casamento, festas, chegadas e partidas, defesa de teses, conquistas,viagens etc..., então: o esforço para a conquista diminui consideravelmente, essa “reduzida” junto com o alívio da ansiedade, mais a alegria do sucesso e a expectativa da comemoração
provocam uma resposta de proteção e defesa que se assemelha a um vácuo de descanso – “o descanso do guerreiro”.
É uma sensação de estranhamento que até parece depressão.
Por que será confundimos depressão, solidão, descanso e serenidade ?
Talvez porque aprendemos que para ter uma existência significativa ela precisa ser bem movimentada ....
Talvez por ser a serenidade, uma sensação bastante pessoal e que não dá para ser compartilhada.
Serenidade é muito bom..... um profundo encontro consigo mesmo.
Aproveitar , curtir e valorizar esses momentos é bastante sábio.
Como sempre, depende principalmente do nosso esforço pessoal fazer acontecer as mudanças na vida
domingo, 27 de junho de 2010
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