sábado, 8 de janeiro de 2011

Sofrimento no Budismo

A primeira nobre verdade que o Budismo estuda é:
“O sofrimento existe”

Mas por que o Budismo insiste tanto nesse tema?
Será que gosta de uma certa morbidez, ou é uma filosofia pessimista?
Por que será que Buda iniciou seus ensinamentos por esse tema?

A palavra soa diferente pra cada pessoa, em cada cultura porque nos reportamos aos nossos próprios sofrimentos.
Se perguntarem qual foi o maior sofrimento neste último ano, as respostas serão as mais variadas e, talvez,
nem fique claro no momento qual o fato mais marcante.

O que é sofrimento ficou mais nítido à medida que ouvi as definições dos Mestres :
Sofrimento mentais=
Confusão – desconforto – aflição – frustração- inadequação – insatisfação – alienação - sustos

Os sofrimentos físicos já são conseqüências das atitudes mentais que desorganizam os “ventos” internos.

Todos os seres, vegetais e animais, buscam soluções para sobreviver e sobreviver bem.
Isso parece ser uma boa definição para felicidade.
Mas...só o ser humano faz drama, nas sortes ou nos desastres .

Drama é aquele colorido forte que damos para colocar importância nas coisas, nas situações e nas realizações.

O drama causa o sofrimento.
As situações podem ser difíceis, doídas, amargas mas não precisam se transformar em sofrimento.
Fica muito mais fácil de resolver e ultrapassar.

O drama é a confusão do FALSO EU (Ego) que acredita na permanência dos sucessos e das dores.
Se não acreditasse nessa permanência, usaria seu tempo para preparar o futuro.
Tudo está se transformando, tudo está passando: as coisas ruins e as boas também.

O FALSO EU não percebe que tudo faz parte de um TODO; que tanto a parte ruim e a parte boa fazem parte da mesma história.
A ignorância do FALSO EU não percebe as coisas são interdependentes, nada existe por si só: tudo tem causas, tudo mesmo!

O FALSO EU cria fixações, crenças, certezas, hábitos, impulsos, condicionamentos que são causa do sofrimento.

Fixações: Medo e sua família:desconfiança, angustia, insegurança, ansiedade (presos no futuro ilusório)
Raiva e sua família: tristeza, vingança, depressão, frustração, decepção (presos no passado)
Duvida e sua família: dependências, submissão, vícios, desconsiderações, “engessamentos”(presos na opinião do outro)
Orgulho e sua família: culpa, vergonha, máscaras, mentiras(presos na própria imagem)
Preguiça e sua família: mimo, solidão, enclausura mento, preconceito, discriminação, julgamento(presos nos sues limites)

As fixações se transformam em prisões do FALSO EU.
Conhecer a causa dos sofrimentos e aprender a transformar é o que o Budismo propõe.

LIBERDADE É UM TESOURO VALIOSO.

Para saber o que é esse FALSO EU, o Ego, basta lembrar quando alguém te criticou, ou criticou uma obra tua, ou quando alguém te envergonhou. Essas respostas são humanas e comuns; o que causa o sofrimento é quando essas sensações “colam”.

Vamos descolar as fixações, reaprender a conviver com nossa humanidade e recriar o futuro no momento presente!

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