segunda-feira, 22 de abril de 2013

14º PASSO - Sabedoria Discriminativa

Apego, apego meu...diz-me: quem é mais importante que eu? LUCIDEZ - APEGOS- CIÚMES ETC Apego, Apego meu...diz-me: quem é mais importante que eu? Apego é resposta que nosso eu individualizado encontra para tentar se proteger a partir do momento que percebe sua insegurança, fragilidade e se eminente final na morte. Apego é a resposta que nossa humanidade inventou para conviver com os sofrimentos das dores físicas, das perdas e das incoerências (aparentes) da vida. E como poderia ser diferente? Somos tão pequenos frente aos mistérios da vida!!!!! Quantas duvidas, quantos sustos, quantos caminhos...para os seres reflexivos a vida é uma sucessão de mistérios – da geração do Universo, ao sentido da vida. Assim nascem os apegos. Apego é a sensação de posse que pensamos ter sobre as pessoas por quem temos afeto, sobre a interpretação sobre as escolhas dos desafetos, sobre as coisas que conquistamos, sobre nossas opiniões, sobre o futuro etc. Cada emoção aflitiva é gerada por um apego; assim: Apego ao controle para tentar controlar os medos – tipo preocupação Apegos às próprias crenças para tentar não perder a razão – tipo teimosia Apego às seguranças para tentar driblar a falta de autonomia – tipo dependências Apego à própria imagem para tentar ser amado – tipo disfarces Apego às fronteiras do nosso mundinho para tentar evitar a solidão – tipo julgamento A Sabedoria Discriminativa é o resultado da inteligência da lucidez que transforma o auto-interesse e as distorções da visão pessoal pelo olhar às necessidades, confusões e fragilidades dos outros em volta. É a SABEDORIA que compreende além de entender. Exemplo ao ouvir: “ por favor, feche a porta”, você entende o que fazer; compreender fechar a porta implica em interpretar para que, o que está por trás desse pedido. E aí é que mora o perigo, na interpretação e numa possível distorção da realidade. Se for uma interpretação pessoal será filtrada pelo próprio ponto-de-vista e...não poderia ser diferente, somos o eixo de onde olhamos o mundo. A discriminação lúcida, se interessa em ouvir o outro para confirmar a interpretação. Exatamente por isso a ferramenta da Arte da Comunicação é a base da SABEDORIA DISCRIMINATIVA. 1-Saber ouvir “redondinho”, sem raiva, desapegado das próprias certezas e opiniões 2-Repetir o que ouviu para checar se foi exatamente o que o outro quis dizer 3-Ter interesse pelas escolhas dos outros, buscar compreender os para que do outro e aceitar as diferenças – tanto quanto possível. 4-Manter a curiosidade no surgimento dos fenômenos 5-Expressar-se evitando adjetivos, eu , minha, meu E...principalmente deletar A POBREZA DOS PRECONCEITOS E DAS CERTEZAS. Essa é a sabedoria que apóia a ação que transforma apego/posse egoísta em cuidado solidário. Essa é Sabedoria que caminha sempre com a indagação: como será na verdade? Sem expectativas.

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