domingo, 7 de julho de 2013

Quando nos fechamos em clausuras

Em momentos de grandes decepções ou desesperança muitas vezes entramos em clausuras. São momentos de tristeza profunda, em que precisamos de silêncio e solitude. Tudo bem; mas cuidado!!! tem que ter dia para terminar e sair. Lembro de uma tia avó farmacêutica, mulher muito bonita e de personalidade forte,que sendo noiva, foi traída, se fechou na clausura de um convento do interior de São Paulo e lá morreu tuberculosa aos 33 anos. E seu noivo? Casou, teve filhos e teve uma boa vida. Há vários tipos de clausuras, além dos claustros. Clausuras de se fechar para o amor, dos vícios ( drogas, compras, sexo fácil, trabalho demais, esportes etc), de moradias retiradas, de longos silêncios – sempre emoldurados por desculpas e explicações. Clausuras que se transformam em prisões. Na clausura convivemos com nosso fantasmas sem ninguém pra incomodar, mas também ficamos reféns do passado. É até cômodo, porque aparentemente, nada é cobrado, até também, aparentemente, é um caminho heróico. Mas não tem nada de cômodo, muito menos de heróico porque a vida anda, a vida continua ...“apesar de você amanhã há de ser outro dia”. Nessas clausuras intolerantes e prolongadas há uma boa dose de mimo: “ eu não merecia isto!!!”. Por que ? porque você é especial? Uma grão de areia mais destacado no deserto? É, isto sim, um momento regredido da criança interior desamada. A verdade é que somos fundamentalmente interdependentes das outras pessoas e do ambiente; fugir não resolve nosso conflitos. A saída como sempre, é reconstruir a auto-confiança, valorizar-se e seguir em frente. A vida é assim mesmo, encontros, desencontros, conquistas, perdas. Abaixo a auto-piedade!!!!

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