sexta-feira, 8 de novembro de 2013
O sentido da vida
Buscar um sentindo da vida acompanha a busca pela felicidade.
O que é exatamente um sentido para a vida?
O que é exatamente felicidade? Qual a diferença entre felicidade, prazer e serenidade?
Reflexões que mentes inquietas fazem em meio às confusões que cercam a vida.
O texto desta semana, Caminhando sobre Nuvens, é um comentário sobre o seriado Lost; mesmo que você não tenha assistido o texto vai poder inspirar reflexões.Se quiser recebe-lo envie e-mail para artesdecura@gmail.com
Para a filosofia budista esta vida que estamos vivendo é apenas uma parte do caminho de nossa existência,na busca pela expansão de consciência.
O viver é um dos 4bardos: bardo do viver, o do morrer, o do período intermediário e o do renascer. Ainda... o bardo do viver, em certas tradições é estudada em 2 subdivisões, o do sonhar e o do meditar.
Bardo= período intermediário, onde o velho não serve mais e o novo ainda não chegou. Assim é possível chamar os momentos de transição, de mudanças – eles também são bardos.
Este viver é um treinamento em direção à liberação.
Para alcançar essa conquista é preciso, na proposta budista, dissolver as marcas mentais ou marcas carmicas ( condicionamentos, fixações, apegos) .
Mas...como detectar nossas marcas carmicas?
É dito que os lamas são buscadores de marcas carmicas para nos oferecer oportunidades, fáceis ou difíceis, para dissolve-las.
Esse é o caminho na tradição do Budismo tibetano, encontrar a luminosidade da liberação nas situações, sejam elas de desafio, doloridas ou do grande alegria.
A marca carmica está onde nos sentimos fixados, onde tentamos exercer o controle, ou como exercemos o controle.
Descobrir a marca carmica é descobrir os jogos em que estamos envolvidos e como nos deixamos envolver.
Muitas vezes nossas ocupações e profissões, e como as exercemos, são grandes oportunidades para detectar e dissolver essas fixações.
A cada contrariedade, a cada vez que perdemos a serenidade, está aí uma marca carmica ou mental, um condicionamento ou fixação – não importa qual nome faça mais sentido para você, o que importa é perceber que cada contrariedade mostra o quanto gostaríamos que a vida fosse do nosso jeito – mostrando através dos dramas que criamos, nossos aspectos infantis e imaturos.
Por exemplo: uma chuva inesperada que te pega na rua, uma traição, um gasto ou um ganho inesperado, uma separação dolorida, uma premiação, a chegada de mais uma responsabilidade e por aí a fora....
Essas frustrações ou esses sustos, que nos acompanham é o que o Budismo chama de sofrimento, Duka. Essa é a primeira nobre verdade do Budismo: o sofrimento existe.
Ou seja o sofrimento é resultado da ignorância, Avidya: interpretamos o mundo através de nossas memórias e reagimos como se elas fossem a realidade total.....a compreensão do mundo acontece no nosso cérebro através dos dados que foram “salvos” nele, não exatamente através da realidade total. Por isso cada um percebe as situações à sua moda....no seu ponto-de-vista.
Bem....mas...para que serve esse trabalho de liberação das fixações? Qual o sentido disso?
_no conceito de que fazemos parte de um todo universal, o sentido seria à medida que conquistamos essa liberdade, cuidar dos outros seres para, através do conhecimento, dissolver os medos, se desarmar e promover o encontro interno com a verdadeira natureza de cada um, a Sabedoria Primordial, e.... todos juntos construirmos uma cultura de paz.
E como fazer para iniciar????
Treinar:
A cada vez que a alegria sumir, se perguntar o que fez perder a alegria?
Aí você vai descobrir um apego, uma fixação.
E então... uma breve meditação:
Pare,
Respire,
Relaxe,
Sorria.
Esse treinamento irá dissolvendo o poder das marcas mentais.
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