domingo, 25 de maio de 2014

Onde você se refugia?

Último capítulo Este é o 36º e último passo, dos 14 capítulos, que encerra o Ciclo de Estudos da filosofia budista em 2013/4. Este passo inclui o importante tema de Tomar refúgio e um “resumo da história” com a montagem de uma tabela prática nos anexos. Aproveito aqui para pedir desculpas por possíveis enganos, agradecer sua companhia, a oportunidade que tive durante os estudos para aprofundar os ensinamentos e dedicar a todas as direções, principalmente, nos lugares de conflitos, a energia positiva gerada por este trabalho de buscar atitudes de não violência e lucidez que fizemos durante 9 meses. Onde buscar refúgio As praticas budistas basicamente se compões de 4 etapas: *Refúgio *Concentração ( meditações) *Purificação (reconhecimento do engano, arrependimento, reorientação de compromisso pela reconexão com divino solidário) e gratidão. *Dedicação ( em todas as direções do esforço realizado através das ações de corpo, palavra e mente para que energia positiva não se perca) Vicktor Frankel ´, escritor e psicoterapeuta, é sobrevivente dos campos de concentração; ele conta que, pela sua observação, nos campos de concentração a maioria dos que escaparam da morte foram os que tinham uma razão de vida para eles e para outros. Nós também somos sobreviventes em meio a varias questões e desafios que vida nos coloca e ter uma razão pela qual viver nos apóia, impulsiona e, principalmente, orienta. Na psicologia budista esse procedimento tem o nome de “tomar refúgio”. “O Refúgio nos sustenta durante as alegrias e tristezas, perdas e ganhos; no refúgio reafirmamos nossa conexão com o sagrado do mundo”, diz o estudioso budista Kornifield é dele também, a explicação abaixo. O Refúgio orienta porque auxilia nas escolhas que apóiam as intenções e as causas. Existem pessoas que tomam Refúgio em propostas mais oportunistas, como um carro, a celebridade, a casa, os títulos, endereços, times, falsas crenças e que, com certeza, trarão profundas decepções. Tudo é uma escolha. Buda ensinava que o estudo começa por tomar Refúgio em: Buda ( modelo de liberação), no Dharma ( ensinamentos) e na Sangha ( a comunidade que busca junto) existem 3 níveis do Refúgio Budista, exterior, interior e secreto. Exterior: Buscar Refúgio na Buda Histórico, Sidarta Gautama, uma pessoa como nós que encontrou um caminho que o levou à compreensão dos fenômenos e à liberação. No Dharma, os ensinamentos sobre a compaixão, o esforço alegre, a paciência, a concentração, a sabedoria, a generosidade e a ética ( o bem comum). Na Sangha, a comunidade dos seres que despertaram ou buscam despertar seus potenciais, em busca da “iluminação”, da lucidez, da profunda compreensão. Interior: Buscar refúgio na natureza búdica (o potencial de se iluminar, de despertar) que existe em todos os seres, na verdadeira natureza de todas as coisas ( a interdepedência), no espaço vasto. com o refúgio interior passamos da comunidade budista para todos os outros seres que se consagram, dedicam-se ao despertar ( iluminação). Secreto: O mais íntimo, Tomar refúgio na consciência e na liberdade a temporais; Buda é atemporal, não nascido, não associado a um corpo. Buda é o fundamento de todos os seres é a realização da verdade espiritual imutável. Buda é nossa verdadeira moradia, nosso lugar eterno. O Dharma secreto é o refúgio silencioso que nos conecta à liberdade eterna onde reside a origem luminosa de tudo. Nossa verdadeira natureza nunca nos abandona, apenas adormece. Tomar refúgio na Sangha secreta, mais interna, reconhecemos as conexões inseparáveis de todas nossas vidas. O Ritual de Tomada de Refúgio pode transformar nossa consciência. “Em Buda, no Dahrma e na Sangha, tomo refúgio até a iluminação. Com a pratica da generosidade e das outras perfeições*, possa eu atingir o estado de Buda para o benefício de todos os seres” *generosidade, paciência, esforço constante, moralidade, concentração, sabedoria, compaixão, bondade amorosa, equanimidade, e alegria.

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