sexta-feira, 13 de junho de 2014

Meditação...pra que?

Sentamos, imobilizamos, atenção...e...nada acontece.... A questão é que a meditação não é um fim nela mesmo; a meditação é uma parte do caminho. Vamos para o início: Vivemos seduzidos, indiferentes ou com aversão às situações, às relações etc; esses objetos vão conseguindo poder sobre nossas escolhas e orientações. Ouvimos criticas e nos aborrecemos: alguém fala e nos sentimos atingidos – mas é apenas uma boca falando, se tivesse falado numa língua estranha nada aconteceria dentro de nós... As coisas surgem na nossa mente, interpretamos e damos vida a elas. Vida e poder;mas... esse poder é ilusório. Nossa energia anda de acordo com esses impulsos automáticos; esse automatismo que rouba nossa liberdade. Não queria comer e...comi, não queria ir...e fui, não queria desejar...mas cai na armadilha da carência, não queria sentir raiva...mas fiquei a revolta tomou conta de mim, queria calar...mas falei, queria sorrir...mas a insatisfação me afundou...queria aceitar as incoerências...mas as duvidas me tiraram a segurança ...enfim ... sem estabilidade, aprisionados. São nossas respostas automáticas, os impulsos automáticos, a responsividade. São eles os responsáveis pela falta de lucidez. São impulsos automáticos gerados pelos obscurecimentos mentais (ignorância), fixações (desejo/apego), emoções perturbadoras e marcas mentais dos condicionamentos. Quero minha liberdade de volta!!!!! Pra isso meditamos; imobilizando, com atenção à respiração, apenas observando os ruídos, sentindo o peso do corpo, o relaxamento, o calor e ao mesmo tempo mantendo a vivacidade pela oportunidade desse momento SILENCIOSO. Nesse exercício de meditação no SILÊNCIO, na imobilidade de ações, de respostas, de pensamentos treinamos criar espaço entre as situações e nossas reações automáticas. Nesse espaço criado será possível colocar as inteligências,as Sabedorias para se relacionar com as pessoas e com o mundo e.. nos tornarmos verdadeiramente agentes de nosso próprio caminho na vida para conseguir conviver com as contradições do Samsara. Nesse espaço silencioso, livre existe um princípio ativo inteligente. Sabedorias para lidar com a vida: acolher as pessoas no seu mundo (sabedoria do espelho), nos alegrarmos pelas realizações dos outros (sabedoria da igualdade), capacidade de transformar o negativo em positivo (sabedoria da causalidade), compaixão com lucidez (sabedoria discriminativa)e a liberação (sabedoria de darmata).

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