quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Estamos num áquario

Algum tempo atrás ouvi de um dos personagens do filme “Magia ao Luar”a frase: “ o peixe nem imagina quem muda a água do aquárioem que vive”. Nem nós do nosso “aquário”. O que sabemos é que somos todos e tudo feitos do mesmo pó de que as estrelas foram feitas. Da mesma forma que a formiga que está ajudando a construir seu formigueiro no jardim do prédio onde moro, nunca poderá imaginar que está molhando o terreno a sua volta. É por isso que observo com grandes duvidas os chamados fenômenos mediúnicos. Isso aconteceu quando passei por pesquisas no Instituto Mens Sana– não seriam os resultados, os "efeitos especiais", apenas operações neurológicas? Com nossas limitações cerebrais como poderíamos conhecer as realidades além da vida, da morte e do multiverso, se mal conseguimos descobrir como controlar os impulsos automáticos da mente? Acredito que a maioria dos fenômenos mediúnicos sejam uma forma de confortar nossas angustias, conflitos, duvidas e solidões; e, como são emoções perturbadoras, podemos estar deformando gravemente as percepções. Ou....nos deixando ser manipulados por oportunistas.... Será que esses enganos que muitas vezes trazem alívio às dores humanas são apenas inocentes mentiras piedosas? Será bom nos deixar envolver por essas ilusões? O que me parece certo é que existe algo, leis universais, inteligências transformadoras, sabedorias universais, energias que criam e transformam nosso mundo desde tempos sem início. A esses movimentos damos ou queremos dar formas humanas conhecidas para poder interagir a partir das nossas limitações. Nossa fragilidade nos consola com os autoenganos; queremos acreditar que as vacas podem voar, queremos acreditar em milagres para diminuir a solidão da ignorância. Prefiro me sentir conectada com a inteligência de grandes Mestres com quem convivi e de quem recebi ensinamentos que compartilharam caminhos claros para que as relações sejam mais alegres e solidarias. No Budismo o que é chamado de sobrenatural é tratado de uma forma não misteriosa, é algo que faz parte de uma energia contínua da qual somos uma das expressões. Reverencio e tomo refugio na linhagem de Budas e Bodisatvas que conheço, desejando lucidez e bondade para que eu me torne fonte de alívio e um ser útil a muitos seres. Acredito que assim eu esteja me enganando menos.....

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