quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Amar é oferecer a oportunidade da liberdade

E tantas coisas roubam a liberdade... Uma das coisas que mais roubam essa tal liberdade é a necessidade (mania) de consumir . Numa das palestras ouvi de uma participante, professora de matemática, que durante uma fase de desemprego, sua época de maior “dureza” financeira, para não se sentir tão pobre, ela entrava nas lojas de 1,99 e comprava rolha de garrafa. O se sentir pobre significava sem capacidade de consumir; então valia até uma inutilidade!!! Triste...grave... A medida do próprio valor, de sua felicidade, pela sua capacidade de comprar ou não. As coisas são tão atraentes, divertidas e nos caçam de tal maneira que é preciso atenção para não cair em armadilhas. Escrevo isto nas vésperas do Black Friday, bombardeada por cartazes e comentários na TV. Sei que nos EUA é uma loucura – loucura mesmo; uma competição de quem consome mais, chegam a se estapear e dormir nas filas. Parece um manicômio, ou não? Com tantos milhões sem comida, sem medicamentos, sem um teto onde se abrigar... É a máquina selvagem do lucro a qualquer preço. Liberdade é um direito de todos. E a liberdade começa por poder ter acesso ao básico. E como diz Lama Michel: falar de espiritualidade, tempo para praticar e estudar... só depois ter comida, um teto e trabalho. Ou o consumo se humaniza ou nos tornaremos cada vez mais escravos desse sistema. Se cada um mudar seu pensamento e seu olhar para o que é realmente necessário e o que é supérfluo, a humanidade mudará por oferecer oportunidade a todos. E aí sim... será como o Dalai Lama fala: dar a quem amamos asas para voar, raízes para voltar e motivos para ficar. "Give the ones you love wings to fly, roots to come back and reasons to stay." Long live Gyalwang Tenzin Gyatso...

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