quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Nas tempestades da vida

“No meio da tempestade da vida, encontre refúgio em si mesmo” Thich Nhat Hanh A morte é uma realidade que tira a estabilidade; principalmente quando ela é repentina. Quando ela é uma escolha. Um susto. Nessa hora é preciso encontrar um refugio e o lugar mais seguro deveria ser dentro de si mesmo.Deveria... A vida é como um oceano e vez por outra, o mar fica turbulento, ondas se levantam; as águas mudam de cor. Mas depois, vai se acalmar novamente. Encontrar esse lugar seguro muitas vezes é difícil porque a dor turva a vista e fica difícil encontrar a porta; nessa hora o caminho da espiritualidade é o melhor aliado, como disse a amiga Leia abraçada a mim enquanto eu chorava: que bom ter um caminho espiritual para se apoiar. Isto não estava nos planos; aliás...a morte “prematura”, nos nossos planos ( mesmo na terceira idade) nunca está nos planos. Na verdade eu chorava o choro que estava segurando há dias ou... anos; chorava pela falta de dialogo, pelos desencontros, pelos mistérios, pelo que não foi possível. Penso que chorava de cansaço de uma estrada que tinha tido vários buracos inesperados, encontros e desencontros. Uma estrada que finalmente tinha chegado ao seu final inesperadamente. Mas chorava também de gratidão pelas descobertas e experiências importantes que um casamento sempre oferece. Quinze dias já passaram; apoiada por varias sessões de Reiki , mantras e pelas “poções mágicas de Sabedoria ( Sophia)” , a serenidade está voltando, o susto se acomodando , silenciosamente, já me faço boa companhia e vou “voltando para casa”. Não há mais explicações para esperar, nada a reclamar e nada a desculpar. Realmente, o melhor refúgio é dentro da casa que construo e reconstruo a cada episódio em mim mesma. Como disse o neto Thiago: vida que segue! Tudo é um fluxo constante.

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