quinta-feira, 7 de maio de 2020

Vesak


Vesak


Este será o VESAK da pandemia, o Vesak 2020.

É uma comemoração realizada na Lua Cheia do mês de maio em que, na tradição do Budismo, Sidarta Gautama, o Buda, nasceu, se iluminou e morreu.
As práticas realizadas nessa Lua são bastante auspiciosas.
 Pensamentos, falas e ações se multiplicam muitas vezes.
Na tradição da escola Nigma do Budismo Tibetano todos os meses na Lua Cheia são feitas práticas de Prajnaparamita.

Prajanparamita quer dizer perfeição da sabedoria.

Assim ouvi e aprendi com Lama Padma Samten:
“Prajnaparamita é um treinamento para olhar de um novo jeito as experiencias que vivemos.
Consideramos as experiências físicas, mentais e emocionais como fixas, sólidas, pois nos relacionamos com as aparências e não com os substratos ( o que existe além das aparências).
Uma mesma experiência adquire muitas formas, por isso forma é vacuidade – não existe de forma independente, não existe por si só.
As Formas são mágicas. Onde quer que olhemos, nos relacionamos com formas, todas elas construídas, impermanentes, em permanente mudança.
Tudo é transitório. TUDO.
Nossa liberação ocorre pelo riso e não pela seriedade, não pela força; nós não temos que destruir o mundo.
Nós sorrimos para ele.
Como alguém que repentinamente se vê de forma mais ampla do que se via.
O Samsara não é negativo, o Samsara é lúdico. Nós sofremos dentro do Samsara como as crianças também sofrem, por coisas muito simples.
Samsara é a experiência circular de nascimentos, mortes e renascimentos dos seres sencientes – seres que migram de um nascimento a outro.
          Nossa dor no Samsara está ligada a energia, aos impulsos; nós não só não vemos essa energia como tomamos obediência a ela como nosso refúgio fundamental.
A única forma de superarmos isso é compreendermos este processo e sorrirmos!
Essa energia é o sangue do Samsara, é o que o movimenta.
Precisamos não só entender o Samsara, mas temos de absolver o Samsara, liberá-lo, iluminá-lo.
 Pensar, contemplar e repousar sobre formas, sensações, percepções, condicionamentos e identidades vendo todos eles como fenômenos sempre em transformação.
Assim geramos o olhar do Prajnaparamita.”


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