terça-feira, 8 de março de 2011

As dificeis relações familiares

Aproveitando que é carnaval vamos tratar das relações em família.

No discurso tudo vai fácil; nos conselhos também.
Nos livros de autoajuda então nem se fala.....

Mas as relações em família são realmente um teatro repleto de jogos, armadilhas que seqüestram as boas intenções.
Na verdade essas relações trazem à tona as sombras, os fantasmas de infância, traições, os sonhos desfeitos,
as limitações que fazem parte de nossa humanidade.

Somos todos seres bastante imperfeitos, querendo agradar e ser importante para quem é importante para nós.

Fazemos planos, organizamos a festa, ensaiamos telefonemas, traçamos discursos e....quando percebemos já estamos “ chutando a jaca”.
Ou será que é a jaca que quer um chute!

A intimidade tira a cerimônia e os impulsos e instintos falam mais alto que o bom senso.

Nos ensinamentos budistas encontramos a advertência que um momento de raiva dissolve todo o mérito ganho pela boa ação.
O que entendo dessa afirmação é que no momento da boa motivação, da intenção solidária, a mente está satisfeita, calma e
ao desestabilizar com a raiva ( nos seus vários graus) ela se desorganiza, fica tensa, fecha o foco, cega e
cria um campo venenoso de falta de lucidez na nossa história.

Esse é um dos treinos difíceis: manter a paciência quando a pessoa que ajudamos nos ataca ou desconsidera.

O primeiro passo é observar como essa dinâmica acontece.
Observar uma sessão dessas “baixarias” familiares, perceber o minuto que antecedeu o “show”, nesse instante tudo poderia ter
sido evitado; nem que fosse ter fugido, virado as costas, oferecido a vitória ou abaixado a cabeça.

Afinal o que resta de tempo para viver não é tanto assim que seja possível desperdiçar; viver essas questões familiares com mais fluidez
é a única coisa inteligente a fazer.
E.... será que ficar com a razão vai mesmo resolver a vida?

Aproveite esses feriados para desfilar as tuas historias e ensaiar respostas.
Aproveite os dias para investir na alegria.

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