A saudade é....

Anos atrás, durante uma entrevista, o Psicanalista Pi abordou sensações que viveu depois do grave acidente sofrido por seu filho.
Tentando entender que dor era aquela que o fazia chorar tanto, percebeu que era pelo desespero do que não poderia viver no futuro com seu filho.
O desespero da saudade do futuro que não teria.
Saudade de um possível futuro?????

Em seguida teve a lucidez de transformar essa dor.
Como?
Transformou a dor em gratidão pelo que já tinha sido possível viver com ele.

Esse ensinamento pode também ser transferido para outras situações.
Por exemplo: como aquela que surge quando voltamos de uma viagem bastante prazeirosa:

fizemos um esforço significativo para atender a um sonho
planejamos tudo
cansamos para cumprir todas as vontades e agarrar as oportunidades que iam surgindo
nos encantamos com paisagens, pessoas, corremos, esperamos,
compramos, comemos, desfrutamos, comemoramos, aprendemos, nos assustamos, nos divertimos, fotografamos etc etc etc

e

chega a hora do retorno
para a mesma vida, a mesma casa, as mesmas dificuldades, a mesma janela, o mesmo fogão,as mesmas gavetas, os mesmos programas de televisão....

dá um vazio, dá uma saudade das emoções,

e aí?

É só transformar essas sensações em gratidão;

gratidão pela oportunidade do que foi possível viver,

pelas pessoas envolvidas, pelo lugar que nos recebeu, pela nossa saúde etc.

Saudades são como fotos, acontecem só com coisas boas.
Sendo assim é a mania de fazer drama que faz receber as sensações como sofrimento.
No momento em que desenvolvemos um olhar positivo, imediatamente isso se transforma em gratidão.
Experimente fazer isso com todas as outras saudades; super divertido dizer obrigada do que ou de que sentimos saudades.

Obrigada, obrigada, obrigada por ter vivido.....

A gratidão preenche vazios e funciona como um dar e receber.

O Budismo opera efeitos, principalmente porque pratica a psicologia do positivo.