sábado, 26 de outubro de 2013

Objetivo do Ciclo de Estudos

O objetivo dos estudos da Filosofia Budista encontrar a serenidade, dissolvendo as confusões ( sofrimentos), isto é, buscar algo que faça sentido para a vida – isso vai além da busca pela felicidade e dos prazeres do momento. Confusão é a sensação de sentir-se preso; preso a crenças, posses, doenças, limitações financeiras ou físicas. Sentir-se sereno é sentir-se livre. _”O que está te prendendo agora?” _”Pelo que você está se sentindo preso?” _” como fazer essa liberação?” _compreendendo os mecanismos da mente, de como foram sendo criadas essas prisões e como desativar essas armadilhas. Pela visão budista é possível reconstruir a lucidez e a bondade da verdadeira natureza da mente. Todos, todos mesmo, até o mais cruel ser, possuem uma mente búdica luminosa que pode estar mais ou menos nublada, confusa. O despertar dessa luminosidade, dessa lucidez, amplia a visão e a compreensão dos fenômenos da vida. A bondade ( compaixão) e a lucidez ( sabedoria) são 2 asas do mesmo pássaro; na vida ( samsara) não existe vôo sem uma delas. Como não vivemos sós e não somos auto-suficientes é bom lembrar as palavras de G.Dokhampa em seu livro “A Lua no Espelho” “Se praticar apenas compaixão pode poderá fica muito feliz e calmo dentro do samsara, mas jamais atingirá a liberação, porque não possui sabedoria para perceber o samsara como ele realmente é. Por outro lado, se possuir apenas sabedoria, você poderá se liberar, mas isso só servirá para você mesmo e não para o benefício dos outros seres. Colocando em termos bem claros: se você não tiver compaixão, não terá interesse em ajudar ninguém. Estará interessado apenas em si mesmo. Por outro lado, se não tiver sabedoria, não saberá como ajudar os outros mesmo que tenha intenção. Isso porque você está sofrendo e não possui sabedoria para oferecer o tipo de ajuda de que os outros necessitam. A maior ajuda que você possa dar talvez seja dinheiro e comida; mas indo além disso, se alguém estiver mentalmente infeliz, você não poderá ajudar. Isso porque você não sabe lidar consigo mesmo e com suas emoções. Você não consegue entender a verdadeira natureza dos fenômenos e a verdadeira natureza de sua mente.” O mergulho interno para encontrarmos a verdadeira natureza, a natureza búdica, possibilita dialogarmos de forma mais harmoniosa com a realidade externa. Nossa vida, nossas relações são laboratórios nesse mergulho passa por superar o auto-centramento e os ensinamentos dos Mestres são instruções de como fazer esse mergulho. A linhagem dos Mestres tem a responsabilidade de revisitar os textos das tradições e atualiza-los segundo a demanda de cada momento e de cada cultura; daí importância das orientações. A natureza Primordial, a verdadeira natureza está além das ilusões – a forma que percebemos a realidade através dos sentidos físicos e dos condicionamentos ( marcas mentais). Segundo os ensinamentos de Lama Padma Samten, as ilusões criam bolhas, “jogos”, que parecem sólidos e nos prendemos a eles e neles. As mudanças da vida estouram essas bolhas, desmontam os jogos e surgem outras bolhas e outros jogos. Essa sensação limitadora, a sensação de estreiteza de visão é a ignorância. Vivemos rodeados por medos, principalmente pelo medo da morte, tido como o fracasso final; criamos apegos, fixações numa tentativa de nos sentirmos imortais, nos mantermos vivos. Estudar, dialoga com nosso Mestre interno. “Ouça”os ensinamentos, observe se fazem sentido, repouse e deixe que banhem com naturalidade tuas ações no mundo. para receber os textos escreva para artesdecura@netguest.com

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