sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Vivemos num mundo de sonho?

Ou seja, vivemos na ignorância do que está por trás as realidade por isso muitas coisas da vida nos parecem incoerentes. O principal objetivo da psicologia budista é nos ajudar a ver com clareza, despertando a lucidez. Quando estamos perdidos na ignorância é difícil perceber até mesmo as verdades mais óbvias; imagine as coisas mais complicadas? As atitudes mais loucas? Vivemos na superfície e tomamos as ilusões superficiais como realidade. Nos fixamos às impressões dos sentidos – mas isso é apenas a primeira camada enganosa sobre a verdadeira natureza das coisas. Podemos embarcar numa ilusão e viver por aí durante um longo tempo. Quando conhecemos os mecanismos da mente, seus jogos e superamos as ilusões aparentes, nossa vida se transforma; os medos se dissolvem, a valentia surge. Sempre que nos sentimos incomodados e perturbados por raivas, ansiedades, inveja, confusões, culpas e outros medos estamos mergulhados na ignorância: à medida que investigamos a origem dessas situações com calma elas vão perdendo a força. A ignorância é responsável pelos sofrimentos. A ignorância nos enfeitiça. Esse exercício de busca de lucidez é libertador. O primeiro passo é olhar atentamente o que nos perturba, com curiosidade, as situações que nos perturbam. Qual medo está gerando isso? A vida nos distrai cada vez mais, na correria, nas solicitações, nas ofertas, nos perigos imaginários e reais além de todas a dependências a que vamos nos submetendo. Enquanto não aprendemos a sentar, silenciar e repousar na nossa consciência livre, as situações externas vão gerenciando nossas escolhas. Essa possibilidade de silenciar, se libertar e ficar nesse espaço livre, cria a possibilidade da lucidez, devolve a autonomia. Silenciar, ficar livre dos “tem que”, das opiniões, das obrigações, descansar nesse espaço livre, na espacialidade sem tempo e sem medos é experimentar viver sem stress e ganhar espaço mental para despertar lucidez.

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