quinta-feira, 2 de março de 2017
Ciclo vicioso ou virtuoso
Somos seres de desejo.
Nascemos de um desejo e vivemos desejando; faz parte da natureza humana.
Desejo, apego, fazem partem da caminhada em busca de soluções para o conforto, para a saúde, para o conhecimento.
A questão é quando isso se transforma em desejo ilimitado, em ganância, que escraviza e cega num ciclo vicioso de alcançar, garantir e aumentar.
Buda acusou esse apego exagerado como o culpado pelos sofrimentos e Schopenhauer seguiu o mesmo caminho. Ele foi o filósofo que introduziu o pensamento indiano e alguns dos conceitos budistas na metafísica alemã. Foi a filosofia de Schopenhauer que serviu de base para toda a obra psicanalítica de Sigmund Freud.
“ A ganância é a fonte de todos os nossos problemas. Desde que impermanência que para nós se traduz em angustia, a gente se agarra nas coisas desesperadamente, mesmo sabendo que todas as coisas mudam. Somos aterrorizados por deixar ir, aterrorizados na verdade de viver totalmente, desde que aprender a viver é aprender a deixar ir. E essa é a tragédia e a ironia da nossa luta para segurar: não só isso é impossível, mas nos trás as dores que estamos querendo evitar.
A intenção por trás do apego não é por si mesma ruim; não há nada de errado com a vontade de ser feliz, mas o que estamos tentando agarrar é por natureza “não agarrável”.
Os tibetanos dizem que não podemos lavar duas vezes as mãos sujas na mesma água do rio que corre e não importa quanto se aperte um punhado de areia, será impossível conseguir tirar óleo dele.”palavras de Sogyal Rinpoche
Viver e conviver sem apego, desejo ilimitado, ganância e viver com cuidado, altruísmo e atenção, é transformar esse ciclo vicioso em ciclo virtuoso.
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