Egoísta ou generoso
Relendo a biografia de Flavio Gikovati reencontrei sua proposta
de olhar os papeis que as pessoas praticam nas relações; relações divididas em
2 blocos:
os generosos e os egoístas.
Relações são experiências desafiadoras.
É um jogo.
E esse jogo é mediado por véus carmicos, marcas mentais
impulsivas.
O generoso quer agradar, se esforça por agradar, sente a
necessidade de estar disponível, se sente culpado por não agradar totalmente.
Sente necessidade do reconhecimento, é carente.
O egoísta, é acomodado, se sente importante, insatisfeito, pouco
interessado em conhecer o outro, reclama sempre que não recebe atenção,
demonstra insatisfação e críticas constantemente. Carente, nunca quer estar só.
Diferente do individualista, que curte viver só.
Nessa relação, generoso/egoísta, a neurose dita as regras.
A lucidez do autoconhecimento nos libera desse jogo, o
reconhecimento das nossas carências e dos complexos de inferioridade e
dependência que nos afligem consegue reconstruir nossa autonomia.
Essa autonomia nos coloca numa posição adulta nas relações.
Entender o jogo promete a sensação de liberdade interior.
"Pouco importa o julgamento dos outros. Os seres são tão
contraditórios que é impossível atender às suas demandas, satisfazê-los. Tenha
em mente simplesmente ser autêntico e verdadeiro..."
Dalai Lama.
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