Fui morar num prédio que os vizinhos do andar de cima eram
super barulhentos na madrugada: moveis arrastando, Big Brother em alto volume,
discussões acaloradas etc.
Como nessa situação praticar a paciência, a generosidade, a alegria
e o desapego?
Essa é uma situação com vizinhos que também pode acontecer na
família, entre amigos, no trabalho. Como praticar?
O trecho a seguir sobre como entender melhor o que é desapego
foi inspirado no livro de Barry Magid “Mente comum”.
Segundo a visão budista os apegos (desejos ilimitados) são a
causa da insatisfação.
Apegos ao controle, às crenças pessoais, às dependências, à
própria imagem, às fronteiras materiais e afetivas – este é o resumo da origem
das inquietações.
Reflita um pouco sobre tuas questões aflitivas e tente
encaixa-las nesses 5 tipos de apegos.
Às vezes está num só, às vezes em mais de um aspecto dos
apegos.
Entender o desapego é entender a impermanência.
Desapego não significa abandonar as coisas da vida, mas
aceitar que elas se vão.
A tentativa não é se desapegar das emoções, sentimentos e de
outras pessoas; mas sim das tentativas neuróticas e egocentradas de tornar as
coisas e relacionamentos permanentes ou de fazer com que sejam da maneira como
desejamos por nossos motivos egoístas.
Desapego também não aceitar passivamente o que está
acontecendo.
Não conseguir dormir e aceitar não é paciência, é masoquismo;
isto não é prática espiritual.
Tolerar além do viável uma pessoa caótica, não é prática
espiritual se você não tiver meios hábeis para ajuda-la a se organizar e a não
prejudicar outras pessoas. Ela, com certeza, precisa de um especialista (quando
e se ele quiser). O melhor é mesmo manter-se afastado(a).
Desapego é responder às situações de modo não egocentrado.
Reconhecer que a vida não está sob controle e tomar as medidas
apropriadas: conversar, procurar um mediador ou... mudar-se....ou se
distanciar.
O verdadeiro desapego é evitar aumentar as confusões mentais e
físicas dos outros e minimizar as suas próprias.
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