Quando descobri que a preocupação que tinha com as pessoas
mostrava que não confiava na capacidade delas... me envergonhei.
Tive vergonha porque era um tipo de cuidado que me colocava
acima desse ser; um cuidado tipo bondoso, mas que disfarçava a desconfiança da
capacidade desse ser.
Por que não tinha a mesma preocupação com outros afetos?
Porque, exatamente, confiava na capacidade delas.
E essa desconfiança falava muito sobre minha arrogância e
prepotência e falta de fé na essência pura de vida que TODOS carregamos.
Acreditar na capacidade que TODO SER carrega para procurar e
encontrar seu caminho do seu jeito foi um dos momentos em que a humildade
ganhou da minha soberba; as coisas ficaram mais leves e muiiiiiiito mais
simples.
Como teria sido mais fácil criar meus filhos se tivesse
aprendido isso antes de me tornar mãe.
Basta manter a disponibilidade de estar junto e, apenas, saber
ouvir e tentar deixar exemplos bondosos e sensatos.... e a porta sempre aberta.
Lembrei desse aprendizado lendo frases atribuídas a Lao Tsé,
filósofo que viveu na China na mesma época de Buda na Índia, 5 séculos antes de
Jesus.:
“Se eu deixar de interferir nas pessoas, elas se encarregam
de si mesmas.
Se eu deixar de comandar as pessoas, elas se
comportam por si mesmas.
Se eu deixar de pregar às pessoas, elas se
aperfeiçoam por si mesmas.
Se eu deixar de me impor às pessoas, elas se
tornam elas mesmas.”
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