domingo, 30 de agosto de 2020

Sagrada Família

 


 

Será?

Convivemos com parentes que “escolhemos”.

Mas também convivemos com parentes que chegaram, aqueles que encontramos pelo caminho.

Alguns “são”, outros “estão”. Uns permanentes, outros temporários.

Não é uma questão de disputa; muitas vezes sentimos mais afeto pelos temporários.

Você “escolheu” uma célula familiar para nascer; todos que habitam nessa célula, com afinidade ou não, perto ou distantes, serão sempre tua família.

No caminho, você foi encontrando outros que foram somando: cunhados, maridos, sogros, enteados, ex disso, ex daquilo. Todos temporários.

Superando as fronteiras do sangue, na verdade somos todos uma grande família.

Porém a questão é a expectativa criada em cima de cada personagem.

Nenhum problema esperar que a mãe do teu marido faça o papel de sogra, mas esperar sentir com ela o que sentia por tua mãe....essa é a pegadinha.

Casar e esperar que o companheiro seja um verdadeiro pai, pode ser uma grande frustração.

Expectativas são sempre uma roubada, uma aposta fatal na casa da decepção.

Dar funções maquiladas faz parte do tratado do autoengano. Até confortável...mas a verdade organiza as emoções e sentimentos.

Cada um na sua função:sem culpas, sem cobranças, levando com alegria.

Assim como é vital aprender a dar nome às emoções, usar a função real com quem convivemos e conviver verdadeiramente com a função de cada um ....pode ser uma probabilidade forte de bandeira branca, de paz e harmonia.

O afeto pelos que chegam pode ser até bem maior, mas:

Pai é pai, padrasto é padrasto.

Sogro é sogro até deixar de ser.

Enteado é enteado, filho é filho.

 

Essa regra só não vale para filhos adotados!!!!!!! Que estão e serão sempre filhos!!!!!!!

 

Sogra é sogra, até deixar de ser, mas será sempre avó.

A mãe do teu namorado, tem um nome, agora ela é apenas (talvez) a futura sogra.

Eu sou sogra, não mãe.

Eu sou cunhada, não irmã.

Netos serão sempre netos; netos do coração tomara fiquem sempre perto.

Sou avódrasta, não avó.

Sou bisadrasta, não bisavó.

Sou madrasta, não mãe.

E amo todos muito, com cada um vivo alegrias.

......

Cada um no seu quadrado e todos sagrados.

 

 

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