segunda-feira, 30 de julho de 2012
Na vida não basta rezar
Foi o que ouvi da Monja Coen www.monjacoen.com.br na semana que terminou no encontro das terças-feiras em seu templo em São Paulo.
O caminho da filosofia budista é, essencialmente, despertar nossa capacidade de ter compaixão lúcida.
Compaixão lúcida por nós mesmos, pelos que estão próximos e nas comunidades por onde andamos.
Compaixão é compreender a dificuldade e fazer algo.
Lúcida é que seja pelo bem que o outro necessita, não o que acreditamos ser importante para ele.
Compaixão lúcida implica em permitir e incentivar a liberdade para que cada um siga com lucidez seu aprendizado no seu tempo.
Apenas sentir compaixão não resolve problema de ninguém; é só fachada.
Agir com compaixão é realmente fazer algo.
Rezar, meditar, serve para tranqüilizar a mente e transforma-la num espelho que reflete sem julgar para que as coisas fiquem mais claras.Isso é chamada no Budismo de visão correta.
Mas meditar tem tempo para terminar e partir para ação no social.
Não basta criticar, apontar corrupção, desmascarar; é preciso agir, sem violência, mas agir.
Milagre é simplesmente o nome que damos aos fenômenos para os quais não temos explicação; os chamados “milagres” dependem do esforço das ações de varias pessoas.
Todos nós podemos ser úteis para a sociedade; todos nós podemos ensinar pelos nossos atos e exemplos. Podemos tornar claro preconceitos, descriminações e corrupções. Podemos demonstrar enganos, alertar para interpretações equivocadas etc.
Monja Coem dizia que a palavra corrupção quer dizer cor-rupto = coração rompido. E o contrario é coração (mente) íntegro.
E completava: o principal trabalho conosco e com os outros é manter a mente íntegra através dos 5 preceitos budistas: não matar, não roubar, não praticar sexo impróprio, não mentir e não se intoxicar nem incentivar outros a se intoxicar (usar substancias que tirem a lucidez).
E....como você está cooperando para que esta sociedade se liberte da corrupção e seja uma sociedade de mente íntegra?
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