terça-feira, 10 de julho de 2012

Tudo bem? tudo bem.

Resposta: tudo bem ! Não. Nem sempre está tudo tão bem, mas a resposta sai automaticamente. E assim a vida acontece em ciclos: prazer, sustos, alegrias, despedidas, conquistas...e dores. Dores de perdas, de frustrações, decepções, dores dos outros, dores que até doem o peito, apertam a garganta, queimam o estômago, dores mais curtas e mais demoradas a curar. “A dor é uma ferida que precisa de atenção para ser curada. Atravessa-la e supera-la significa encarar nosso sentimentos honesta e abertamente, expressando-os e liberando-os por completo, tolerando-os e aceitando-os por quanto tempo for preciso, até que a ferida se cure. Temos medo de que a dor nos derrube se tomarmos conhecimento dela. A verdade é que a dor, quando nos permitimos experiência-la, se dissolve, passa. A dor não expressa é dor que dura indefinidamente.” Sogyal Rinpoche em seu livro “O livro tibetano do viver e morrer” Às vezes temos até vergonha das dores, disfarçamos como se a dor fosse nos deixar menores. Uma das formas de aliviar as dores que sentimos é procurar alguém que seja bom ouvinte: que não tenha pressa com os finais, que permita que você fale das tuas culpas, medos, dúvidas e raivas,que escute com interesse, que entenda que cada um tem seu tempo, que apóie a sensação que não somos incapazes e que nos diga que a dor vai passar, que ela se dissipará mesmo que demore, alguém que tenha calma até que voltemos ao normal, alguém que não aumente a solidão que as dores causam. Amigos ouvintes são preciosos. E aí.... quando as dores tiverem ido embora, poderemos nós mesmos nos tornar bons ouvintes para outros aflitos.

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