sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Rcomeçando depois do tsunami

Depois do tsunami, recomeçando Era uma sexta comum; mas, o relógio não despertou na hora marcada, esqueci o celular em casa, estiquei o horário da musculação e....ao chegar em casa o tsunami já tinha começado. Minha mãe teve um grave AVC Isquêmico que a deixou sem fala, sem deglutição, sem movimentos, confusa e presa dentro de um pequeno corpo, sem conseguir se comunicar. Depois de uma semana internada, voltamos pra casa com uma equipe de enfermagem 24h, equipamentos, fios, sondas, profissionais de varias áreas – e vou aprendendo, descobrindo, inventando e encontrando as soluções possíveis. Como aqui em Santos, somos apenas nós duas, a saída foi me mudar para sua casa, parar todas as atividades, pintar e alugar meu apartamento, além de, ao mesmo tempo, gerenciar finanças e decisões. Nosso pai continua piorando a cada dia e seu quadro no CTI em Manaus é devastador.... temos tentado que essa tristeza não nos abata. Tudo tem sua explicação, mas tudo isso me deixa perplexa. O que realmente essas 2 consciências estão apreendendo, purificando e transformando? Será que esse sofrimento resulta realmente em aprendizado? Ou será, como no hipótese budista, simplesmente o resultado das escolhas que fizeram, das intenções, certezas e motivações a que se apegaram como certezas? O que fica é a reflexão: Aproveitar cada dia precioso da vida. Não desperdiçar energia em pensamentos, palavras e ações negativas. Sorrir e “pegar leve” nos sustos. Acordar e sobreviver todos os dias, não é assim tão óbvio. A gente só sabe como acorda, depois.... O que teria sido de mim, neste momento tão difícil, se não fosse o refugio dos ensinamentos budistas, das preces de Metabavana para todos nós. A cada momento, dedico nossos esforços, a possibilidade dos tratamentos, o trabalho incansável das enfermeiras, médicos e funcionarias a todas as pessoas que estão presas em seus corpos que sofrem. O lema tem que ser: manter a serenidade, concentrar a mente e tentar enxergar o que está por trás da desordem.

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