quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Estamos todos correndo atrás da felicidade

Acredito que estas reflexões do psiquiatra Gikovati(que mais uma vez me inspira) merecem ser compartilhadas. São reflexões sobre as nossas fixações que, equivocadamente,“cuidamos com tanto carinho” e causam tantas confusões nos nossos caminhos!!!! Perceber a necessidade de mudança já é importante mas...o que origina esses aspectos tidos como hábitos negativos, impulsos automáticos? Qual é o gatilho que aciona o mal hábito? O hábito fixado e automático é uma forma não muito saudável de relaxamento, uma forma temporária, porém...rouba a liberdade e sempre trás um efeito colateral negativo. Tenho o hábito de comer rápido, meio apressada. E sei como é difícil controlar esse mal hábito. Sei que talvez vá conviver com ele por mais tempo mas, com certeza, posso ter esse mal habito sob controle. Uma das formas é um bilhete na frente do prato:”coma devagar”. O cérebro leva 18 minutos para reconhecer que o corpo foi nutrido e basta! Então comer devagar também ajuda a manter um peso equilibrado. Bilhetes ajudam; relembrar do “lucro” depois de controlar o hábito também ajuda. Mas primeiro é preciso decidir realmente abandonar o comportamento – com firmeza e determinação. É difícil porque o mal hábito, como todas as compulsões, trás um benefício imediato e o malefício aparece só mais tarde. Não nascemos com esses condicionamentos, então podemos nos libertar. A cada sucesso nos fortalecemos. E o que pensar sobre os hábitos ( fixações) que nem percebemos que temos? Gikovate lançou, recentemente, "Mudar – Caminhos para a Transformação Verdadeira" (MG Editores), no qual aborda a dificuldade de abandonar hábitos –entre os quais aqueles que nos impedem de alcançar objetivos– e a importância do autoconhecimento para mudar atitudes e pensamentos. O medo da felicidade é, de fato, o medo de perder a felicidade", diz Gikovate O medo de errar é um dos piores medos? Gikovate: Sim. É muito ruim porque acovarda a pessoa e a impede de experimentar o que é novo. O risco de erro está presente em todo experimento, mas ele corresponde ao mesmo caminho que nos leva a acertar, a avançar e progredir. Aprendemos com os erros e com os acertos. Quem não arrisca, fica estagnado. A boa tolerância a frustrações e contrariedades, a chamada boa resiliência, é condição fundamental para o crescimento pessoal, profissional, sentimental e moral de todos nós. a felicidade pode incomodar a um bom número de pessoas que, por comparação, se sentirão por baixo, revoltadas com a hostilidade sutil típica da inveja. Porém, penso que os atos destrutivos que costumamos praticar são da nossa própria autoria e existiriam da mesma forma se não houvesse a inveja. E como ela coexiste com nossos bons momentos, podemos, facilmente, atribuir a ela um processo que nos pertence. Muitas pessoas não têm essa tolerância. Para elas, mudar é ainda mais difícil. É preciso se empenhar e conhecer o melhor possível a si mesmo, seus sentimentos e emoções, mesmo os nobres, e como funciona sua mente. Convém que saibamos quais os nossos pontos fracos e quais são nossos dons maiores. Depois de tudo, saber muito bem o que se quer mudar, para onde mudar. Aí, se faz um plano, um projeto e, o mais importante: temos que tratar de executá-lo. As mudanças só acontecem quando abandonamos a teoria e partimos para a ação. Ninguém se cura do medo de avião em um consultório; nele se conversa sobre porque ele surgiu e como enfrentá-lo. Mas a pessoa terá que entrar no avião, sofrer os medos correspondentes e, aos poucos, ir se livrando desse tipo de condicionamento psíquico nocivo. Tudo tem que acontecer aos poucos, com firmeza e paciência, porque esses processos podem durar mais do que gostaríamos. É muito raro que uma pessoa consiga mudar de um dia para o outro. UOL: Todo mundo é capaz de mudar? Gikovate: Quase todo mundo. Existem algumas pessoas por demais intolerantes a sofrimento e dor que não conseguem nem se imaginar em situações em que terão de enfrentar adversidades. Essas não mudam A intensidade do medo é, segundo acredito, um atributo inato, variável de pessoa para pessoa. Os pais têm que ajudar as crianças a desenvolver a coragem, ou seja, a força racional necessária para que os medos irracionais sejam enfrentados. Isso se consegue em parte pelo exemplo e, em parte, estimulando as crianças a vivenciarem dificuldades, dores, adversidades inerentes à nossa condição. Nada de superprotegê-las, pois isso as enfraquece. Todos têm de aprender a lidar com docilidade com as contrariedades e frustrações próprias da vida. Isso é mais fácil para os que já nascem mais condescendentes e mais difícil para os mais revoltados. Porém, todos têm de chegar lá, pois a vida não irá poupar uma pessoa apenas porque ela blasfema e grita quando contrariada. http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2014/12/11/todos-tem-medo-da-felicidade-diz-psiquiatra-flavio-gikovate.htm

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