quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O que é real, o que é ilusão

O Budismo afirma que tudo é uma ilusão. Bem... não é bem assim. A ilusão é como percebemos a realidade. Vemos a realidade de acordo com as informações mentais que existem na nossa mente. Vemos a realidade como nos ensinaram em criança, com as nossas tendências, os valores da cultura de cada um, de acordo com a capacidade dos nossos 5 sentidos, das capacidades mentais e dos condicionamentos. Cada um percebe a realidade externa de acordo com sua realidade interna. É injusto dividir o justo do injusto, o bem do mal, o correto do incorreto; tudo depende da bagagem de cada um. Essa bagagem cria as bolhas que nos envolvem e onde nos relacionamos. Aí vem a vida estoura a bolha, as coisas mudam e aparecem outras bolhas que refletem nossos outros condicionamentos. Uma forma de treinar olhar a realidade na sua essência é observar o que acontece mas... evitando usar adjetivos. Adjetivos são interpretações pessoais – tipo: ruim, bom, pequeno, grande, certo, errado, largo, estreito, rápido, vagaroso, bonito, feio, negativo, positivo, dentro, fora etc etc etc Além disso...sem eu, meu, minha, teu , tua. O véu dos dramas se dissolvem quando riscamos os adjetivos. Sabe por que? Porque as fronteiras desaparecem e não mais nos ameaçam. Experimente olhar para uma situação, descreva, se possível escreva o que você está vivendo com adjetivos e, depois, sem adjetivos e vai entender o que estou dizendo. exemplo: Estou comprando um carro maravilhoso! Estou comprando um carro. Estou despedindo com medo minha faxineira Rosa. Estou despedindo a faxineira que trabalha em casa. Olhar uma situação difícil sem usar adjetivos dá até para entender o quanto posso ser útil ou.... não ser. Aí... dá até para acreditar que a paz é possível.

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