Hora de ir embora.
Terminar situações é uma arte. Terminar com auto-admiração.
Relacionamentos, trabalhos, empregos, crenças, voluntariados,
endereços, romances.
Ou encontra uma desculpa (esfarrapada), ou foge, ou vai
sumindo, ou encara com dignidade.
Regozijei e aprendi ouvindo a realização da amiga Graziela.
Voluntaria mega dedicada durante anos, cumpriu com elegância a
missão de coordenar o CVV Santos e terminou sua missão e saiu e se despediu...sem
deixar rabichos...encerrou o ciclo....agradecendo acertos e erros e encontros.
O maior ensinamento foi sua capacidade de manter a autonomia e
o auto - reconhecimento, o que verdadeiramente importa.
Tudo isso para comentar quantas vezes estiquei as despedidas
com medo de perder a importância do título, do lugar em que pensava ser
indispensável, do medo do cancelamento, medo de ir embora .....esticando o
mal-estar até não poder mais....fazendo-de-conta que está tudo bem.
E aí tentando entender o que tinha acontecido e lembrando a
insistência nas situações....assistindo a postura da Grazi....percebi que
tinham sido momentos em que me deixava escravizar pelo medo do abandono.
E me perdoei.
Atenção aos sinais de confusão porque os fatos decepcionantes
são amigos!
Fim da alegria. Hora de agradecer e partir. Sem olhar para
trás porque novo está chegando.
Parabéns Grazi!
Como despir-se de uma vestimenta querida mas que não é adequada para o evento atual. Um abraço Maria Helena.
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